SEMPRE REDENTORISTAS: FORBECI E MOACYR FACHINELLO

ONLINE

Partilhe esta Página

SEMPRE REDENTORISTAS: FORBECI E MOACYR FACHINELLO

Eles falam do encontro em Encarnación, no Paraguai

2024-09-02 às 09:37:29) Em novembro, do dia 15 a 17, acontecerá em Encarnación, no Paraguai, o 12º Encontro Internacional dos Amigos que foram estudantes no Seminário Santíssimo Redentor, em Ponta Grossa, local em que hoje está a Universidade Tecnológica do Paraná, na saída para Castro. Sobre o evento, o Oberekando traz as histórias da vida real de José Ramos Forbeci e Moacyr Fachinello, que lá estarão! Ambos, que também têm legado na continuidade desta bonita amizade entre os sempre amigos que tinham o mesmo intuito: ser padre! Eles residem em Curitiba.

O panorama da entrevista já tem como plano de fundo, um majestoso pinheiro, plantado por Forbeci, em 1972.

“Por ocasião destes encontros a gente fica muito alegre e satisfeito, pois vamos se encontrar com aqueles amigos, com aquelas pessoas, com as quais a gente conviveu por tantos anos, como uma grande família, na alegria, nos estudos, nos esportes, nas orações, no ideal, e tudo isso faz com que a gente recarregue as baterias daquele sonho, daquela vida que nós pretendíamos levar, mas hoje nós continuamos com aquele sonho, que nunca morreu, pois nós somos unidos, estamos sempre ligados àquele ambiente saudoso, alegre, que nos fez, que nos formou à vida para a sociedade”, disse Forbi, conforme as vezes é carinhosamente chamado, José.

MOACYR

À ele, iniciando a perguntar se há a alegria e expectativas do encontro, e em espanhol dito por este jornalista, respondeu ele: “por supuesto que sí!”, e continuou: “É bacana. É um encontro de antigos amigos, e novos amigos também. Tiveram alguns que a gente conviveu, e se reencontrou, e alguns que a gente passou a conhecer depois, e é sempre bom voltar a contar as histórias... as vezes a gente repete a contar as histórias... coisa de ‘véinho’... repete as mesmas mentiras, as mesmas histórias, mas o encontro, o abraço, saber que a grande maioria é gente do bem... saber que muita gente nesse período mudou de cidade, mudou de trabalho, mudou as vezes até de religião, mas no fundo permanece gente do bem, e isso que é importante. E o respeito que a gente aprendeu, nas nossas famílias, nos ensinamentos do seminário, permite conviver com diferenças, com desigualdades, mas com coisas em comum, então é sempre uma fé a gente se encontrar, bater papo, e fazer brincadeiras, gozações, etc..., e com isso a gente volta ao tempo de adolescência, juventude e se sente um pouco mais jovem e a velhice demora um pouquinho mais pra chegar. Estou muito contente e faço de tudo para não perder estes encontros! Vamos lá, conhecer uma cidade nova, e estou bem animado para esta viagem”.

Devido ao delay (O atraso no recebimento da fala do outro, devido a conexão), Fachinello havia dito e fora somente posteriormente entendido, - pedimos perdão -, que eles são em sete irmãos: “São quatro homens e três meninas”: Iniciando pelo primogênito, o Geraldo, Moacyr (o entrevistado), Cláudio, Reginaldo e Regina (gêmeos), Márcia e Dirlei.

Além dele, fora também ao Ssmo Redentor, seu irmão Reginaldo. Moacyr foi em 1974 para o seminário Diocesano, em Palmas (PR), e com 12 anos, tendo ficado lá, por três, e após é que fora à Ponta Grossa. Seu irmão é seis anos mais novo que Ele, e adentrara aos Redentoristas quando Moacyr já estava fazendo Filosofia, em Curitiba. Explicou que quando criança, veio aquela velha pergunta entre família do que iria ser quando crescesse. Disse com bom humor, que ao ver o irmão mais velho dizer que iria ser padre e ser muito aplaudido... ‘opa... também quero ser’, e aí quando foi na hora de ir para o seminário ele caiu fora... ‘não... não é isso que eu quero’”, falou com doçura, do irmão primogênito Geraldo. Segundo ele, possa ser que a ida de Reginaldo tenha sido por influência dele, com as boas histórias que ele contava, da vida de estudos no seminário. Percebe-se sua emoção, tentando ser segurada, ao falar de Reginaldo: “Eu não convivi com Reginaldo no seminário, e sim em épocas diferentes, e a história dele é diferente da minha, mas muita coisa semelhante também. Ele é um grande companheiro que eu tenho, e além de irmão, é um amigo! Nem todos os irmãos são amigos (em diversas famílias), mas ele, além de irmão, é um grande amigo!”

JOSÉ FORBECI

Forbeci, afirmado por ele e por Fachinello, estava lá quando fora planejada a pedra fundamental da Basílica Nova de Aparecida!

Em 1953, aos 11 anos, “resultado de Missões Redentoristas no povoado de Alexandra, próximo de Paranaguá, o padre Moacir Bossay me levou para o seminário, por causa que eu levantei a mão quando ele perguntou, fazendo umas orientações no Grupo Escolar Tiradentes” e depois, na capelinha local, ele citando dentre outras coisas, que no Seminário Santo Afonso, de Aparecida, tinha campo de futebol, piscina, dentre outros atrativos. “Padre Moacir não me largou mais, durante dez dias de missão!”. Foi para o seminário dia 22 de julho de 1953. Chegou à noite, e como todos os seminaristas do Sto Afonso estavam passando férias na casa de férias de Pedrinhas, no pé da Serra da Mantiqueira, lá foi ele. Lá ele ajudou a construir a piscina do seminário São Clemente, de Pedrinhas. Em outubro de 53 ele foi na inauguração do Sto Afonso. Em 1955, reformaram a Pedrinha, e ele estava lá aonde se inaugurava o Juniorato (para seminaristas que estavam iniciando). “Aí, em 57, nós viemos do seminário de Aparecida (Sto Afonso), à Ponta Grossa, para fundar o seminário de vocês”. Eram 23 alunos, sendo um paraguaio e os demais, mato-grossenses e paranaenses. “O paraguaio chamava-se Diego Gimenez”. Antes no entanto, de se ir em definitivo à Ponta Grossa, ficaram em Tibagi, até que as obras do Ssmo Redentor ficassem prontas, e isso, de fevereiro à julho. Já eram quase 60, pois se juntaram mais estudantes, também vários que vieram de Asunción. A inauguração fora em fevereiro de 1958, e a cerimônia contou com três bispos, sendo um de Nova Iorque (EUA); D. Mazaroto, de Ponta Grossa; e o bispo de Asunción. Ele ficou até 1962, quando foi, com a turma, para o Noviciado, em Pindamonhangaba. Eram em 28 noviços, informou Forbeci: 4 de Manaus, 4 da Província de Campo Grande da qual os paranaenses faziam parte, 3 do Chile, e os demais, de Porto Alegre, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, e Goiás. Em 1964, outro seminário aonde ele participou da inauguração: Tratava-se de Suffield, no estado de Connecticut, e de Filosofia: “Uma semana de inauguração, em abril de 64. Imagine... eu, 4 seminários eu inaugurei... a minha turma, claro, não fui eu!”.

FAMÍLIAS CONSOLIDADAS

Moacyr, nascido em 18/04/1962, é esposo de Dona Martha, e tem os filhos, a Juliana (29) e o André (26).

De 1942, Forbeci é esposo de Dona Erci, e eles tem a primogênita, Josiane, além de Gustavo José, e Juliana.

Bonito ver a afirmação de Fachinello, que seus filhos reconhecem e respeitam sua história e formação do período de seminário, e os aconselha sempre, a fazer amigos.

Já, assim sendo também Forbeci, faz uma linda confidência: “Eu não perdi o foco. Para mim, eu sou um sacerdote. Eu me considero!”. Ele desenvolve um trabalho missionário de suma importância numa comunidade rural da serra do Litoral Paranaense, na Mata Atlântica, em Guaraqueçaba.

Ao encerrar a entrevista, José convidou a quem queira, pois ainda restam quatro lugares no ônibus que sai de Curitiba, aonde ambos os entrevistados estarão, e que faz parada na rodoviária de Ponta Grossa, ir ao encontro em Encarnación. Já, além de reforçar isto, Moacyr fez questão de lembrar os amigos-irmãos paraguaios, e os agradeceu, por estarem coordenando o evento vindouro, e destacou que um os grandes adjetivos os portenhos, é como recebem os convidados com tanto amor. Este ano o esforço deles é redobrado, pois na cidade, não existe nenhum dos membros ex-seminaristas, que lá reside. Blás Rolon, Zé Maria, Bernardino Portillo e Narciso Torres, Irmão Cuttiers, e José Ramirez, dentre outros, têm feito esta ponte. “No Brasil, Ricardo Ardele e João Torres têm esta incumbência, ao qual declaramos muita gratidão!”

Importante agradecer ao Padre Lee, Redentorista e também amigo de seminário, que por inúmeras vezes, recepciona em Curitiba, os ex-seminaristas quando vão reforçar a união que será feita nos encontros.