Único astronauta profissional do Hemisfério Sul veio ministrar aula inaugural do curso Técnico em Celulose e Papel
(11-07-2014 - 06:26:15) O Curso Técnico em Celulose e Papel teve uma aula inaugural de gala na noite desta quinta-feira (10), sendo ministrada pelo único astronauta profissional brasileiro, o tenente-coronel Marcos Pontes. Na verdade, o único dentro do Hemisfério Sul, porque aqueles que foram de países pertencentes a esta faixa do planeta, antes se tornaram cidadãos americanos e só depois, compuseram tais equipes.
Motivação foi o tópico principal da apresentação, na qual usou sua experiência pessoal e persistência no confiar em seu potencial, para chegar aonde chegou, mas acima de tudo, baseado nos princípios que norteiam o respeito ao ser humano e de muita luta.
O tema da noite foi “É possível! Como transformar seus sonhos em realidade”. O objetivo de Marcos era ‘simples’, com essa aula, mas segundo ele, de suma importância. “Ascender dentro de vocês àquela chama. Para os mais velhos, tirar a poeira dos sonhos”, disse, e pediu que essas situações trouxessem lembranças e esperanças.
O astronauta disse que quando era menino, não marcou pra ele o ‘meio salário’ registrado em sua carteira profissional, mas sim em seu interior o que aquilo representava, de que ele já era capaz de correr atrás de seus sonhos e com seu próprio esforço.
De tudo, ele comenta que a mais difícil tarefa de seu voo aconteceu na noite anterior do mesmo, quando teve um determinado tempo para se despedir de sua família, especialmente porque já havia sido instruído de que, por mais precauções que tivessem sido tomadas, tinha-se risco de vida. “Cada vez que eu tinha medo, eu colocava a mão na bandeira brasileira que tinha eu meu uniforme (que após a missão ele tirou e deixou no Santuário de Aparecida) e dizia ‘não estou sozinho!”
Ao falar de patriotismo, Pontes lembrou que a bandeira representa tantas coisas, tanta coisa errada, tanta corrupção e que a gente precisa fazer algo para parar. Em vez de protestos como os que estão acontecendo, ele comentou que o melhor protesto será o apertar a tecla verde em outubro e o fazer isso de forma correta. “A melhor forma de se ajudar o País não é com protesto e sim apertar a tecla confirma”. Ele desaconselhou também o fato de anular o voto, ou deixá-lo em branco.
Ao estar no espaço, Marcos contemplou a beleza da terra que vivemos, e no azul, a primeira coisa que lembrou foi que olhava a mesma cor dos olhos de sua mãe. “Ela não teve tempo de ver seu filho na missão, ainda em vida, mas viu, de algum lugar!” O astronauta, que com inúmeras e importantes incumbências em níveis mundial e nacional, e que hoje também é professor, se divide entre Houston e São Paulo.
Pontes disse que foi questionado por amigos e cientistas se acreditava em Deus, e ao responder sim, ainda afirmou: “Depois do voo acredito ainda mais! Se nossas autoridades pudessem ir para esse lado do planeta, certamente voltariam diferentes”, disse.
Marcos, quase ao encerrar suas palavras, disse: “Um país não se faz num campo de futebol, a não ser para os jogadores!”.
Importante se observar: pessoa totalmente acessível, Marcos fez questão de pousar para fotos com todos os que desejassem, um a um, e autografou as suas obras, cuja parte do montante arrecadado é convertido à Fundação Marcos Pontes.
Estiveram na oportunidade, além de autoridades e os alunos do curso técnico em Celulose e Papel da Klabin, os prefeitos Luiz Carlos Gibson de Telêmaco, Miro Viera de Imbaú e Lourdes Banach, de Ortigueira, além do vice-prefeito Dã Cortez e o presidente da Câmara, Carlos Roberto Ramos, respectivamente de Telêmaco.
O Site Oberekando, graças à gentileza e compreensão da assessoria de imprensa da Klabin, teve uma entrevista exclusiva com Marcos Pontes. Confira: