Paraguaio, sempre presente nos encontros com os amigos ex-seminaristas
2023-10-25 às 18:18:37) Natural de Bella Vista, no Paraguai, Francisco Cuttier Cabrera nasceu no dia 04 de outubro de 1942. Ele, não só esteve em Pontal do Paraná, cidade brasileira, paranaense, na Praia de Leste, como de suma importância e alegria a todos, que assim foi, pela referência de pessoa e família, que ele é, assim também, por ter feito parte da primeira turma de seminaristas a estudar e, inaugurar, o Seminário Santíssimo Redentor, em Ponta Grossa. Não diferente, o esforço de todos os seus conterrâneos, que se deslocaram de ônibus, até o XI Encontro Internacional dos Ex-seminaristas Redentoristas.
TRAJETÓRIA ALMEJANDO O SACERDÓCIO
“É um prazer estar aqui. Eu estou muito feliz por isto. Estou aqui porque sou feliz. Sempre estou pensando nos amigos do seminário. Tem um bichinho aqui dentro (sinalizando o coração) que falava... ‘vamos lá, vamos lá! Vamos lá ver os amigos!’, e eu falava ‘é longe’, mas eu vou! Eu vou ver lá os amigos que são queridos para todos nós. Eu gostei muito do seminário, passei dez anos. Seis anos em Ponta Grossa, um ano no Noviciado em Pindamonhangaba, e ai eu recebi a batina em Aparecida e ai eu fui para os Estados Unidos. Ele explicou que antes, os paraguaios e argentinos estudavam em Buenos-Aires, e aqueles do Mato Grosso e Paraná, iam para Aparecida, até que com a criação da vice-província de Campo Grande, eles começaram a vir para o Brasil, como exemplo, à Ponta Grossa, quando ao seminário menor. Foram 3 anos e meio de Filosofia em Suffield, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, até que em uma das férias que fora para sua casa e paróquia, em Bella Vista, fora convidado pelo pároco para conhecer as casas Redentoristas de Mato Grosso e até o seminário, e algo que não o deixou satisfeito, foram algumas situações corriqueiras que poderiam ser mais comunitárias, entre os confrades, e isso o fez decidir sair do seminário.
A FAMÍLIA, E O CASAMENTO COM GLADYS GLADYS SOLER DE CUTTIER
“Eu casei no ano 72 com a Gladys, e até agora nós estamos felizes casados, 51 anos. E temos três filhos e sete netos.
A primeira filha, Francis Eliana, com formação universitária, trabalha com sua mãe, na Peluquería Bellisima, um importante salão de beleza da capital paraguaia.
Também Christian. Ele é empresário na área esportiva e há cerca de um mês, foi ao Azerbaijão levar um jogador.
Francis tem os filhos Renato, Enzo e Maia, e o esposo chama-se Fernando.
Já, Christian, a esposa é Maria Laura, e os três filhos são Sebastian, Atiana Maria e Nícolas.
De Edgar, é esposa, Maria José, e o filho do casal chama-se Jovani.
Perguntado algo, entre os netos, - que ele ama a todos -, mas, marcante, lembrou de Jovani! Francisco teve câncer, e na queda de cabelos pela quimioterapia: “Ele montava em cima de mim e um dia ele estava tocando minha cabeça e falava ‘olha, lolo (abuelo, é avó em espanhol) está crescendo os pelinhos (cabelinhos)’. Mas ele estava sempre comigo, me abraçando, subindo em cima de mim quando estava na cama, no hospital, ele sempre estava comigo”. Até hoje o entrevistado o busca na escola. “Eu me sinto muito feliz com meus netos. Todos quando chegam em casa, abraços, beijos, e conversamos!”. Sebastian gosta de jogar xadrez com o avô. Ele até colocou o aplicativo do jogo, no celular de Francisco, para mesmo longe, ambos jogarem.
Na pergunta que não quer calar, se ele torce para o Cerro Portenho ou Olímpia, rivalidade idêntica a Corinthians e Palmeiras, no Brasil, sem nenhum problema, disse ser o primeiro.
Ele sempre levou os filhos para a escola e era uma anglicana, e não ocorria dos amiguinhos de colégio perguntarem a eles, se o pai deles estudou para ser padre, ou como acontece em muitos casos, e numa situação muito bem humorada, de perguntarem se eles eram filhos de padres.
TER ESTADO NO SEMINÁRIO, O QUE AJUDOU EM SUA VIDA?
“Eu nasci em uma família muito pobre, em uma cidade muito pobre, Bella Vista, um fim de mundo. Mas tinham os padres Redentoristas e eles construíram uma igreja muito bonita, uma paróquia muito bonita, que eu era coroinha”. Um dos padres o convidou se não queria ir ao seminário, e ele tinha 13 anos. Com 14 anos, foi à Ponta Grossa. Neste período não haviam férias e conheceu Vila Velha, e foram a praia, com o padre Geraldo, que trabalhou em Telêmaco e amava música. Os meninos, seminaristas, tinham que entrar de mãos dadas no mar, no primeiro dia, uma precaução dele, mas já do segundo dia em diante, uma guerrinha de água viva, que Geraldo já não conseguia controlar! Quando decidiu vir ao seminário, o Santíssimo Redentor de Ponta Grossa (Hoje, no prédio, a Universidade Tecnológica do Paraná) ainda não estava concluído com as obras, e veio à Tibagi, e uma grande surpresa: “Eu nadei no Rio Tibagi”, quando foi perguntado se usufruiu da piscina do seminário, que era sempre, um grande chamariz.
Nos primeiros anos de Ponta Grossa, “não tínhamos rádio, não tínhamos televisão, mas tinham umas músicas lá que a gente podia escutar”, lembrando que quando o Brasil foi Campeão da Copa em 1958, era por rádio que eles escutavam os jogos. Neste dia que o Brasil foi campeão, uma passagem inesquecível, que ele foi testemunha ocular, protagonizada pelo padre Cláudio Araújo, que trabalhou por anos em Telêmaco: “Ele escutou Gol do Brasil e deu uma patada assim, que o sapato dele rompeu o vidro, o quebrando na janela”.
E EM SUA PROFISSÃO, AJUDOU TAMBÉM?
Ele voltou dos Estados Unidos, com 26 anos, aonde estava no seminário. Procurou trabalho: “Caminhei, gastei meus sapatos, até que um dia achei um lugar para ensinar Inglês. Ensinei Inglês num colégio por dois anos, até que eu consegui outro (emprego) na Associação Paraguaio-Americana. Ai melhorou, melhor salário e um dia destes (naquele período), o diretor me chamou e perguntou: ‘Você não quer trabalhar na Embaixada?’”. Naquele momento ele explicou que estava indo aos Estados Unidos fazer uma graduação, e o diretor disse que ele podia, e que ao voltar, sua vaga continuaria garantida, e assim aconteceu. A universidade americana que fez, foi em Petersburg, na Pensilvânia. Voltando a Asunción, já estava casado e teve sua primeira filha, Francis. Foram 23 anos de serviços prestados na capital paraguaia, à Embaixada dos Estados Unidos.
A PEDIDO DO OBEREKANDO, UM CONSELHO QUE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, ESTUDEM INGLÊS!
Este fato de Cuttier, fez com que o Oberekando pedisse a ele, que desse, e pela idade e experiência de vida, tem autoridade para tal, um conselho as crianças, adolescentes e jovens, que aproveitem quando acessarem a internet, para aprender Inglês, pois ao saber o idioma universal, abrem-se inúmeras oportunidades! “Com meu Inglês eu cheguei a ir a muitos lugares, e meus filhos aprenderam a falar Inglês nas escolas aonde eles iam. Meu filho maior (mais velho) foi lá para Washington, estudar Inglês também. O segundo filho foi lá para San Diego, Califórnia, também estudar Inglês. A minha filha maior foi para Nova Iorque. Todos falam Inglês muito bem. E o meu filho, que eu falei, ele conseguiu entrevistar gente, pelo seu Inglês, lá no Azerbaijão”.
AOS NOVOS CASAIS, DICAS DE UM PAI AMOROSO
Habilitado, pelo lindo matrimônio com Gladys, foi pedido a ele, um conselho aos novos casais, e porque não, aos noivos e namorados, que pensem em se unir: “Primeira coisa, é ser muito agradecido. Gratidão à Deus... uma gratidão que é necessária! Se Deus está com a gente, não precisa mais nada! Se você não está com Deus, não está com ninguém! Tem que acreditar em Deus, tem que orar! Nós, com minha família, sempre oramos! E uma vez na semana, rezamos o rosário! Isso é importante para toda a família, para mantê-la unida. Por isso que há muita separação atualmente, porque não tem unidade. Os pais vão para um lado trabalhar e as mães, de outro lado para trabalhar, e conversam com outras pessoas, depois chegam em casa, o marido não presta atenção, e a esposa a mesma coisa, e cada um vai para seu lado. Se tem união, a família vai estar mais forte!”.
Ao finalizar a entrevista, e deixando sua mensagem, Francisco lembrou do amor com que encontra os amigos, e de como de fato, eram AMIGOS, os amigos de seminário e ainda são, e sempre serão! Que foi com alegria que ajudaram a abrir, por exemplo, o poço que abrigaria a piscina, dentre outros locais e deixar preparado o prédio do seminário de PG.
Disse, que no primeiro encontro de ex-seminaristas em Campo Grande, da retomada dos encontros, ligou para um amigo de turma e da cidade dele, para a reunião pré- encontro, uns 15 dias antes, e eis que quem atende, era sua filha: “Uma semana antes eu liguei, e o telefone tocava, tocava, e nada, e depois de uma terceira tentativa, escutei uma voz feminina. ‘E o Alfredo (Vargas)?... E ela falou... o meu pai faleceu!’”. Completou, com voz embargada: “Grande amigo! Foi a primeira sensação muito terrível que eu senti”. Após isso, convidou o ex-seminarista, Roque Campos, e veio a primeira reunião, e desde Campo Grande, não faltou a nenhuma: “Em todas estive, e espero estar em todas as outras”.
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RELEMBRE OS ENCONTROS DOS EX-SEMINARISTAS:
2023: A ALEGRIA DOS SEMPRE REDENTORISTAS NO PONTAL DO PR. XI Encontro Internacional já teve anunciado que Asunción recepcionará a edição 12