ONLINE
28




Partilhe esta Página

ACITEL

sr

OBEREKANDO

S

AWEF

ds


PROFESSORES: DONA ELFI É NOSSA HOMENAGEM
PROFESSORES: DONA ELFI É NOSSA HOMENAGEM

Se permitem a esse jornalista, “ela foi minha professora no Costa e Silva, lá pelos meus oito anos! Dia 20, chegarei aos 60!”

d

15/10/25 às 07:04:32) Em homenagem ao Dia dos Professores, o Oberekando traz hoje, uma entrevista especial com a professora Elfi Heil, que inclusive no sábado, completou 75 anos. Ela, diga-se de passagem, foi a segunda professora deste que aqui escreve, na Escola Municipal Marechal Arthur da Costa e Silva quando este tinha oito anos... e neste dia 20 de outubro, chega aos 60! Como é bordão de um certo canal do Youtube... senta aí, que lá vem história! Através deste bate-papo, que se sintam homenageadas, todas as professoras, e professores!

“Eu era alfabetizadora, eu me especializei em Alfabetização. Fiz cursos e fui me especializando. Então os 25 anos que eu dei aula, foram só primeiros e segundos anos.  Só trabalhei com os pequenininhos!”.

Ela nasceu em Reserva, e “em 1968 eu vim para Telêmaco Borba, direto para dar aulas no Costa e Silva. Eu tinha 17 anos! Eu cheguei num dia, e já no dia seguinte, enfrentei uma sala de aula!”. Ela lembra: 18 de agosto de 1968!

Para este que aqui escreve, e foi aluno da entrevistada, lá pela segunda série primária, é cristalina a lembrança de vê-la, algumas vezes, com os olhos disfarçadamente marejados, num cantinho ao lado da cortina da janela envidraçada, e perguntado a ela, se se lembrou disso, respondeu, se eram, as vezes, pelo desafio em tenra idade, de uma sala de aula: “Com certeza! Porque eu fora da casa dos meus pais... então eu sentia muita falta da minha casa, da casa dos meus pais! Depois eu vim, fui morar com minha irmã! Aí eu sai da casa da minha irmã, não estava dando muito certo, fui morar numa república, e dava alguns problemas!”.

 

DESDE CRIANÇA, SEMPRE QUIS SER PROFESSORA!

“O meu sonho sempre, desde criança, foi ser professora! Nós éramos 10 irmãos, eu brincava de escolinha, e eu era a professora! Formulava até provinha pra eles... tudo! Então, nossa, quando eu fui chamada para trabalhar no Costa e Silva, foi maravilhoso! Foi difícil, foi muito difícil, porque sair da casa dos pais com 17 anos, e ir direto para uma sala de aula, não foi fácil... não foi fácil! Eu não fiz Ginásio, que naquela época era ginásio! Eu fiz Escola Normal de Grau Ginasial. Já tinha Didática, tinha Psicologia, então eu já tinha uma base!”. Hoje, seria equivalente ao Magistério!

Entre os irmãos, vivos, estão em três, que além dela, a Glaci, “que mora em Curitiba, é a mãezona! Ela é a mais velha do que eu, mas tinha uma mais velha que ela! A Adi, que mora em Califórnia, no norte do Paraná!

Ela lembra que na época, a Reserva de sua infância, tinha apenas uma rua principal, e o pai dela era dono de um comércio, “armazém, como falavam naquela época! Inclusive, com 14 anos, meu pai já me levou para cuidar do armazém!”. O Armazém do Seu Artur, era o refúgio a ela, que confessou não era muito fã dos afazeres domésticos, à época! Quanto ao que foi falado anteriormente, que a Elfi era muitíssimo bela (e continua, nos dias de hoje, e a idade chega a todos nós), confessou que seu pai tinha muito ciúme, quando este jornalista fez a provocação de que certamente muitos fingiam que queriam comprar algo, apenas para ver aquela moça tão linda! “Chegava alguém lá para conversar com ele, ficava de olho em mim, ele mandava... achava alguma coisa para eu fazer, para eu sair do armazém!”. A mãe dela, Dona Irene, costurava, mas, pelo fato de ser uma família numerosa, e isso era facilitado, porque os armazéns daquela época também recebiam tecidos. Era uma família então, com 12 pessoas!

 

OS TRÊS MENINOS E AS SETE MENINAS, E MORANDO AO LADO DO CLUBE DA CIDADE

Não era ainda o Reservense, mas a entrevistada com familiares, moravam ao lado do Clube do Seu Albino. Eram entre irmãos, três meninos e sete meninas! Eles eram as companhias das irmãs, quando iam ao baile, “e tinham que se comportar, senão tiravam do baile”. Era um mais velho que ela, e dois mais novos. “Eles tinham ciúmes, mas se arrumasse um namoradinho, eles não se importavam!”.

 

SAUDADES!

Além de dizer da saudade dos pais, disse também o mesmo, “dos meus aluninhos! Eu não sinto saudades daquela burocracia da escola! Aquele plano de aula, aquele livro de chamada tão complicado, aquele fichário das crianças... Isso eu não sinto saudades! Mas das crianças eu sinto muita saudade... Muita saudade!”.

Depois de muito tempo, sem nunca mais a ter visto, este jornalista encontrou a professora num evento no CCI – Centro de Convivência do Idoso, em Telêmaco... foi uma ótima alegria, e surpresa!

De momentos engraçados na carreira, disse que após aplicação de provas, e que os alunos eram dispensados ao terminar, as professoras se reuniam em uma sala para a correção dessas!  Num momento de descontração, era divertido que entre o ofício, também piadas, sorrisos e encontro entre as amigas de sala de aula, as docentes!

Um fato triste se deu, quando ela lecionava no Bairro Santa Rita, quando um aluninho faleceu. “Ele tinha problema do coração, e um dia eu cheguei lá para dar aula, e a notícia que ele tinha falecido. Isso aí me entristeceu demais... demais! É uma coisa que me marcou, que eu lembro até hoje! Um aluninho muito comportado!”. Disse, sentida: “E aí fica aquela lacuna na sala de aula, aquela lacuna! O materialzinho dele a mãe não foi buscar! Ficou lá no armário!”.

As festinhas das crianças a deixavam muito feliz! Os elogios recebidos! As cartinhas das crianças... “a gente recebia muitas cartinhas! Eu tenho cartinhas até hoje guardadas!”.

 

AS ESCOLAS QUE ELA LECIONOU

Elfi começou no Costa e Silva, e ao filho nascer, deu uma pausa, e retornou no Santa Rita, e em seguida foi transferida para a Conselheiro Zacarias. Nova parada, quando a filha nasceu, e quando voltou, foi para a Castro Alves, no São Francisco. Retornou ao Conselheiro, novamente, com uma medida que deixavam os professores trabalhando mais próximos de seus domicílios! Aí vieram aulas nos dois períodos, aonde de manhã continuava na Conselheiro, e à tarde, na Marinha. “Teve uma época que eu fiquei só lá na Regente Feijó, na Marinha, e daí eu me aposentei!”.

 

FILHOS

O primogênito é o Cláudio, com 49 anos, e é casado com Priscila. Inclusive, parabéns, mesmo que atrasado, para ela, que fez aniversário no dia 12. A filha, Carla Cristina, é policial militar, e tem 47 anos. Ela tem os filhos Matheus Eduardo, de 29 anos, e a Emilly, de 13 anos. O genro da professora se chama Emerson!

Perguntando de seus aniversários, ou presente destes que marcou em sua memória, disse que não eram todos os anos que tinham bolos, porque se por um lado o pai era comerciante, de outro, a família era numerosa, mas, quando tinha, ou 12 ou 13, ao retornar da Escola Normal, sua mãe tinha preparado um bolinho, e ela e sua melhor amiga de colégio usufruíram. Essa amiga, acabou casando com um primo dela, o Rubens. Ela, a Reni!

Dona Elfi é neta de alemães, e ela não aprendeu o idioma, mas confessou que os pais, em alguns assuntos que não interessavam para as crianças (filhos), a estratégia era usar o Germânico! O sobrenome da professora - Heil - significa viva! É uma saudação, assim como o famoso Cheers, em Inglês.

Ela fez questão de curtir na época do nascimento de seus filhos, a primeira infância deles, a exemplo de que fez com Carla, pois retornou à sala de aula, apenas quando ela completou três anos. Perguntado se o fato de serem filhos de professora, tanto Cláudio quanto Carla, viam a mãe ser muito exigente, cobrando boas notas deles, disse que não, pois naturalmente, eles eram bons alunos, e estudiosos!

A professora, no Costa e Silva, tinha como colega de trabalho, a mãe deste jornalista, a Dona Nair Oberek, que era zeladora! na foto abaixo, ela está en destaque de guarda-pó branco, na terceira fila (à direita), sendo que Heil é a de blusa preta se deslocando logo para a esquerda, em relação à Nair.

A entrevista foi concluída com ela deixando a mensagem a todos os professores: “As minhas colegas de trabalho, em primeiro lugar, muitas já se foram, e têm muitas que estão aqui, inclusive são minhas amigas no Facebook, quero desejar tudo de bom! E sei que já estão aposentadas também, e que curtam a aposentadoria! Que curtam cada momento, e que jamais esqueçam dessa nossa luta. Nossa dedicação que tivemos com nossas crianças! E enfim, para todas as professoras que estão em atividade, ainda, que curtam seus aluninhos, porque depois que se aposenta, a gente sente muita falta... muita falta das crianças! E tenham muito carinho por eles! Eu sei que é uma profissão árdua, não vou dizer que é fácil, mas quando a gente gosta do que faz, tudo se resolve! Todos os problemas a gente acha uma solução! E que vocês consigam levar pulso firme! Pulso firme com suas crianças, que vocês não terão problemas! E eu quero fazer minha homenagem a vocês, e que Deus abençoe cada uma, e que vocês consigam se sentir realizadas por ser uma professora! Porque é gratificante... É gratificante mesmo! Que Deus abençoe a cada uma de vocês, e Feliz Dia dos Professores a vocês todas!

--

RELEMBRE:

 

MANSUETO POLTRONIERI: MARCA NO CORAÇÃO DOS ALUNOS. Direção da Unidade Polo por um ex-seminarista deixou marcas. Cuidado de pai pra filhos!

PROFESSOR KEKO E AS HISTÓRIAS E ALEGRIAS DO CEPV. PARA INICIAR MAIS UM ANO LETIVO, MEMÓRIAS DE UMA PRESIDENTE VARGAS QUE NUNCA MAIS SAIRÃO DO CORAÇÃO

PROFESSORA GRAZIELLA: UMA VIDA NA PRESIDENTE: Com seu inesquecível assobio e voz forte, um doce de pessoa, que traz aqui, as melhores recordações

PROFESSORA VALDÍVIA É UM ÍCONE E TÃO QUERIDA: Nos Sete anos do Oberekando, esta história da vida de real, de amor, fé, superação e o vocacionado do Magistério

A PROFESSORA AURORA, DA PRESIDENTE VARGAS! Mais um resgate de lembranças, com a palavra de uma querida mestre

--