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PROFESSORA GRAZIELLA: UMA VIDA NA PRESIDENTE
PROFESSORA GRAZIELLA: UMA VIDA NA PRESIDENTE

Com seu inesquecível assobio e voz forte, um doce de pessoa, que traz aqui, as melhores recordações

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2020-12-10 às 08:50:42) Entrevista também constante do Caderno Especial de Natal 2020! Além do ano dedicado aos Anjos, Profissionais da Saúde, que se entregam de corpo e alma para de todos nós cuidar, outra ala profissional que do dia pra noite teve que se reinventar, foi à docência... foi o Magistério. Neste sentido, eis, fazendo um flashback dos tempos da Unidade Polo, da Escola Presidente Vargas, o hoje Colégio Presidente Vargas, a professora de Educação Física, Graziella Senegaglia Lopes. Nascida em 03 de janeiro de 1950, ela foi filha única.

“É com muita alegria, com muita saudade, que eu estou nesse espaço aqui, aonde foram os melhores anos da minha vida, aonde com todas as pessoas eu pude participar, e é demais para o meu coração, fazer uma entrevista dessa, ainda mais no Natal, e com você”.

 

UM PARALELO DO ONTEM, PARA HOJE

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Tantas coisas e formas de tratativas se perderam no tempo quanto ao tratamento professor x aluno, ou vice-versa. Respondeu ela, sobre essa mudança: “Eu não mudei um centímetro do que eu era. Se eu tivesse dando aula hoje, atuando como professora hoje, eu seria exatamente igual, gostassem ou não gostassem. Nunca tive a visita de um pai de aluno, ou mãe de aluno, reclamando alguma coisa. Sempre houve muito respeito, muita alegria, e muita disciplina, em tudo o que a gente fazia. A única coisa é que quando os alunos desciam para fazer Educação Física, os professores me questionavam ‘Grazi, pelo amor de Deus, a turma não sobe para as aulas – Desculpa... Eles gostam de Educação Física... gostam da professora! ’”.  O relacionamento era muito bom, com os alunos, equipe pedagógica, e com os pais. “A maior alegria para mim é encontrar com os alunos hoje e escutar assim ‘Grazi, que saudades! ’. Para mim isso é uma glória! Eu não sei se hoje eu não ia ficar meio chateada, com o que eu estou vendo. Eu agradeço não estar mais! ”.

Comenta ela, que a falta de respeito atual paira muitas vezes, vindo de casa, com pais chegando nos docentes, com a seguinte pergunta, intimidatória: “Você sabe, professora, com quem você está falando? ”. Ela disse que nunca, jamais, isso se deu em seu tempo!

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Quando algum aluno vinha lhe falar algo, ou que fez coisa não correta, ela perguntava-o: “Eu preciso contar para a sua mãe ou para o seu pai, isso? ”. A resposta imediata era que não seria necessário, pois se isso ocorresse, ele apanharia na casa, “e minha ideia não era que ele apanhasse! ”. Caso não se sentisse bem no ambiente escolar, este aluno, disse ela, poderia a cutucar e avisar que queria, naquele momento, ir embora. Ela, imediatamente, ligava aos pais, explicando que o filho voltaria para casa.

Na época da febre dos games, dos fliperamas, se lhe avisassem que algum aluno estava num desses locais, Grazi pegava seu carro próprio, ia até o local e quando o aluno a olhava, sem gritar sem nada, ela o questionava quanto ao oque ele estava lá fazendo! Quando alunos pulavam o muro e fugiam das aulas, no mesmo dia ela não falava nada. No dia seguinte, chegava e perguntava se ele tinha feito isso, e a resposta era positiva. “O cara, não precisava isso! Você não tá feliz? Passasse ali por mim, eu ia deixar você sair pelo portão, para fora! ”. Neste caso, seria cumprido o protocolo de comunicar os pais, da decisão do aluno. “Nunca mais tive qualquer tipo de problema! ”.

 

A PROFESSORA E O SENSITIVO DO MOMENTO DE CONSELHOS ÀS SUAS PUPILAS

Diferente dos diálogos abertos, das relações de namoro e do ‘ficar’, por vezes tão precoces, atualmente, não se comparam aos anos 70, 80, quando não eram assuntos fáceis para se resolverem e também, somavam-se a essas dificuldades, os relacionamentos intrafamiliares,  devido a forma por vezes, de um diálogo mais ríspido, PORÉM ERA O JEITO COM QUE OS PAIS DEMONSTRAVAM SEU AMOR E PROTEÇÃO NAQUELE TEMPO. Diversas vezes, percebia-se que com aquela menina que pediu que num determinado dia queria ficar ali sentada ao invés de fazer Educação Física, algo não estava bem, e uma conversa era a dose de carinho, desabafo e o colo de mãe, exercido por Grazi.  “Não eram um ou dois casos! ”. E a hora que elas vinham para conversar... “coisas que eu ouvi desses alunos e dessas alunas, coisas que só eu sei, e nunca os pais souberam”. Hoje quando vê que se revolveu, traz satisfação até mesmo em reencontrar a pessoa, e as perceber, agradecidas.

XINGAMENTOS: Ela é sincera, e não se esquiva de que sim, xingava, mas explica que fazia isso, sabendo que não era para a pessoa em si, mas porque conhecia o potencial da aluna ou aluno, que conseguia sim, fazer melhor tal exercício, do que aquilo que estava sendo mostrado!

Cabe lembrar, que Grazi era a professora das meninas, e João Alfredo Tibúrcio Neto (Keko), dos meninos! Depois, ela veio para a secretaria!

“Quando que veio algum aluno aqui com os pais, reclamando de que eu os tinha xingado? ”. Disse que vê nas redes sociais, os agradecimentos de ex-alunos, por ela assim os ter tratado, pois ganharam para a vida!

Hoje, ao ser apresentada nas ruas, aos netos, aos filhos de ex-alunos (as), é sempre uma alegria e muitos abraços. Diz às vezes: “Essa... era uma ótima aluna! , ou, essa, eu corri muito atrás dela”, e é só risos!

 

HOJE, AS FACILIDADES E MEIOS, E NO PASSADO, O PLACAR MARCADO NA TERRA E DOIS, SEGURANDO A REDE DE VÔLEI

Os equipamentos recebidos, as quadras cobertas de hoje..., no passado, eram apenas no sonho. Também entregar uma bola de futsal, apenas para segurar alunos dentro dos muros da escola... não existia. Lembra ela que os pontos nas partidas, eram marcados por um aluno ou aluna, na terra, e que a rede de vôlei, era segurada por alunos, “e a bola estava estrupiada, e a gente jogava! ”.

 

UMA GRAZIELLA LUTADORA E VENCEDORA, DESDE SEMPRE!

Ao comentar da sua vida, relembrou que ao perder o pai, aos 15, olhava para sua mãe e falava dele, que se despediu aos 47 anos: “Mãe, ainda bem que ele morreu bem velhinho! ”. Completa ela: “E hoje você pensa o que são 47 anos! ”.

Ela morou um pouco em São José dos Pinhais, e o Ensino Médio fez já no Colégio São José na Capital, bem como a Faculdade. De São José dos Pinhais, “pegava o ônibus 5 e meia da manhã, chegava na Praça Rui Barbosa em Curitiba, e ia a pé até aonde era o ponto com destino ao Tarumã, na faculdade. Lá no Tarumã eu chegava às 7 e meia, ficava até ao meio dia. Pegava o ônibus, ia ao centro, na Casa do Estudante Universitário, para almoçar. Saia depois, atravessava o Passeio Público e ia até a Silva Jardim, aonde tinha o Escritório Senegaglia, que era de uns parentes nossos. Trabalhava ali no escritório. Às 6 horas (18), saia do escritório, ia pra Praça Rui Barbosa”, pois lá existia o Ciências Médicas, aonde ela fazia aulas de Anatomia, com todos os alunos do primeiro ano de Educação Física, e de Anatomia. O último ônibus para São José dos Pinhais era às 23:50, e ela o apanhava, sendo essa a sua rotina diária.

Sempre fez questão de não incomodar sua mãe, dispensando-a de levantar e preparar o café, mesmo que a mami a perguntasse se isso queria. “Eu também poderia dizer que iria para a Faculdade, e não ir, mas eu tinha compromisso comigo! Primeiro comigo, e tinha o maior respeito com minha mãe, sempre! ”.

 

A DECISÃO POR TELÊMACO!

“E depois que me formei, estava lá eu e mais um milhão e duzentos de formados (figura de linguagem) ..., vamos pra onde? ”. Aos 21 anos isso, e foi aconselhada a ir ao Departamento de Educação e ver para onde iria, e comentou com sua mãe, que se ficasse na capital, “iria competir com os mausoléus, já! ”. As aulas ofertadas seriam muito espalhadas e sem fechar horários. Ai apareceu Telêmaco Borba!

“Grazi, tem aula em Telêmaco Borba, e eu falei... oi!!!” (Este oi, usado por adolescentes quando não se tem ideia alguma de algo que se é citado). Ela nunca tinha escutado falar desta cidade! Explicaram a ela que era pra frente um pouco de Ponta Grossa: “Não interessa... Vou! ”.

Dona Luíza Pimenta, inspetora de Ensino, na época, a esperou no ponto de ônibus, na Horácio Klabin (aonde hoje é a Ótica Santa Rita). Sem ainda existir a Presidente Vargas, ou a Unidade Polo, nome dado a um projeto do governo, para diversos novos colégios instituídos na época, fora levada ao Wolff Klabin e a Escola Normal Nossa Senhora de Fátima (Paroquial), e também ao Manoel Ribas.

Tinha que voltar à Curitiba! Mas, podendo ter todas as aulas e horários cheios, explicou para a mãe, já na capital: “É lá que estão precisando, e é lá que eu vou! Minha mãe falou ‘vá com Deus! ’”. Já aqui, lembrou “que ótimas”, as meninas que dividiu república.

“Quando foi 1975, surge essa maravilha! Unidade Polo, tinham 10 no Paraná! ”. Quando era época de matrícula, lembrou ela, apontando para o asfalto da Rua Guarani, entrada intermediária, usada pelos professores e acesso à secretaria, “você não via o fim da fila! Todo mundo queria estudar aqui! ”.

 

NATAL:

Respondendo sobre seu Natal inesquecível, disse que todos são e foram: “Já é uma data inesquecível! A partir do momento que tem o Nascimento de Jesus, ai essa é a festa... essa é a festa! Então, o resto, é tudo perfumaria! ”. 

 

FAMÍLIA

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Ao esposo, Celestino Pontes Lopes, próximos de completarem Bodas de Ouro, ela dedica todo seu amor. Ele sempre diz para Grazi, “que a partir do momento que eu o conheci, nunca mais quis ir embora daqui! ”. Ao filho Christiano (42) e a nora Simara, que são pais de Miguel e Leonardo, e a filha Sabrina, com o genro Antonio Carlos, pais de Mirella, “todos, maravilhosos, que sem eles, eu não seria absolutamente nada! Eu sou uma pessoa muito abençoada e privilegiada por ter a família que tenho! ”.

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MENSAGEM AOS EX-ALUNOS

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“A vocês, meus amados alunos... vocês foram as vigas-mestras da minha vida aqui dentro dessa escola. Dentro do Wolff Klabin também... da minha vida aqui em Telêmaco Borba! Eu vim para ficar um ano! Saí de Curitiba para ficar um ano só, que daí eu já ia voltar. Mas fui tão bem recebida, que eu dei os melhores anos da minha vida aqui, mas recebi tudo de bom de vocês! Então, meus amados alunos, amo vocês, acima de qualquer coisa, sempre! ”.

FELIZ NATAL E ABENÇOADO ANO NOVO! Desejo comum dela e do Oberekando, a todos!

 

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RECORDAR É VIVER! (Arquivo Pessoal de Graziella)

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* ERAM COMUNS EM SITUAÇÕES COMO ESSAS, DE ELEVADO NÚMERO DE FOTOS, O OBEREKANDO USAR A GALERIA DE FOTOS, MAS PARA SE PRECAVER QUE ESSAS NÃO SE PERCAM DEVIDO AO ENCERRAMENTO DO APP FLASH, FICA ESTE FORMATO AQUI EXPOSTO, COMO ALTERNATIVO. Inclusive, deve ser danoso, até mesmo perda dos ricos arquivos (fotos), de todas as matérias feitas com galeria (Microsoft encerra suporte ao Flash Player no Edge e Windows ...)

(*Em algumas fotos ACIMA, na lateral, ano e mês que elas foram feitas)

 

LEIA TAMBÉM:

O CASAL IONARA & CARLOS, A DOCÊNCIA E OS NATAIS. Professores, ela é diretora do Colégio Estadual Wolff Klabin (Cewk) e ele, gerente do SESI/SENAI de TB.

A HISTÓRIA REAL E VENCEDORA DE ZENO GURALH. O Rotary, a Cotrasa, a moça da Contabilidade do Ormasa, que se tornou sua esposa!

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