PARA INICIAR MAIS UM ANO LETIVO, MEMÓRIAS DE UMA PRESIDENTE VARGAS QUE NUNCA MAIS SAIRÃO DO CORAÇÃO
2020-02-06 às 19:50:45) Uma conversa agradabilíssima com o professor Keko – João Alfredo Tibúrcio Netto, marcando o início de mais um ano letivo, trouxe à baila, especialmente recordações do início da Unidade Polo – depois Escola Presidente Vargas, e atualmente, Colégio Estadual Presidente Vargas (CEPV), ao qual ele fora diretor. Sua esposa Fátima Natel, também lá lecionou.
“A gente teve uma passagem grande aqui pela Presidente Vargas, e a minha vida praticamente toda dentro da escola. Fui professor lá no início, em 1975, até a minha aposentadoria”, sendo isso em 2007.
Comentado muito especialmente no período em que este jornalista, inclusive, fora lá aluno num primeiro momento, na virada entre os anos 70 e 80, tendo voltado depois adulto, para o ainda Segundo Grau, ele disse da “Família” que naquela época foi gestada, visto vínculo professores, funcionários e alunos, e sobretudo, porque “vários professores que ali chegaram, ficaram ali por anos, então por isso este vínculo que se tem, e que hoje é diferente”. Em outras instituições assim também se dá, com professores que permanecem por muito tempo. “Que nem me falaram uma vez: Foi uma pessoa visitar a escola e tinha sido um ex-aluno, ... poxa, o senhor está aqui ainda! Deixa eu ver o numerinho do patrimônio!”, referindo-se aos bens que possuem locais públicos, onde estes recebem etiqueta de catalogação.
“PROFESSOR MANSUETO, O MEU MESTRE”
“Nós começamos ali com o professor Mansueto, que aliás eu o reputo, de ser o meu mestre!”, devido a uma caminhada juntos. Disse que o diretor Mansueto ensinou-os muito, pois diversos deles recém-formados estavam iniciando lá, uma nova jornada. Keko vinha do Wolff, onde trabalhava, e havia chegado faziam dois anos em Telêmaco.
Formandos de 1981 (Fonte: FB)
As amizades feitas naquela época e que muitos lembram com gratidão, não são esporádicas, e sim, têm grande significado, disse. “A gente realmente participava da formação do aluno. Porque eles entravam ali na quinta série, e sexta, e sétima... e a gente tinha um convívio muito grande com essas crianças. E marcava muito, pois depois com o Segundo Grau, um convívio de sete, ou oito anos. Bem naquela fase que a criança começa com você com 11 anos e vai até 17, 18! Você passava mais tempo com elas, do que os pais, dentro de casa”.
Naquela época, os professores ganhavam por parte dos pais e alunos, grande respeitabilidade: “Os pais outorgavam esses aos quais eles estavam educando, a responsabilidade aos professores”. Era comum naquela época escutar de muitos pais: “Se não sou eu, o professor te educa!”, lembrou Keko.
FAMÍLIA
Quem completou mais um aniversário na quarta-feira, foi a filha do entrevistado, Maria Amélia. Este jornalista foi amigo de classe, inclusive, dela. Ana Cláudia, concursada, é chefe da Vigilância Sanitária Municipal, e também filha do casal Fátima e Keko. Ela, inclusive, deu orgulho a Telêmaco tendo seu trabalho de combate à dengue, apresentado em Brasília. “A família, tanto uma (filha como a outra) são nossa alegria... nosso motivo de vida. Graças à Deus são bem formadas, bem criadas”. Ele está feliz pela gravidez de Ana Cláudia, que o fará inaugurar o status de avô.
CARREIRA NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL
Na gestão do prefeito Tranquelino, na Secretaria de Esportes, como professor, era técnico de algumas modalidades que a cidade participava. Isso por seis anos. Já, com Paulo Cesar, assumiu a Secretaria de Esporte e Recreação. Depois, voltou para a escola (Presidente), ficando mais um tempo, sendo depois convidado pelo prefeito Luiz Carlos Gibson para “fazer parte da equipe dele, na Secretaria de Cultura, Esporte e Recreação, a qual eu acho que deixei o meu legado. É aquilo que eu falei pra você, que a gente pensa na cidade. Eu quero que a cidade seja bem vista para fora, e eu acho que eu cumpri a minha obrigação”.
CARINHO PELA GINÁSTICA ARTÍSTICA: Foi dele enquanto secretário, a decisão de transformar uma quadra que acabava sendo um problema para moradores da circunvizinhança, do BNH, no hoje Centro de Ginástica Artística, em um Polo que é uma referência à todo o Estado. “Aquilo ali era a menina dos olhos nosso, eu, como professor de Educação Física, como técnico de Ginástica que fui”. Completou que era um trabalho que o gratificava demais: “Aliás, quando eu tinha alguma coisa que eu estava meio estafado, eu ia ali a tarde, só pra ver aquelas meninas treinando. Ver aquele trabalho ali me rejuvenescia”. Lembrado que a Ginástica fora trazida por dona Rita Araújo, na época primeira-dama do município, e atual vice-prefeita, comentou: “Bons projetos têm que ser dado continuidade. Só se melhora. Claro que vai começar em um nível inferior. Mas se você entra e não dá satisfação para aquilo, ou diz que não foi você que fez e sim foi outro, então não funciona. Quem perde é o município, são as crianças que estão ali e precisam daquele ambiente. E educação é isso! Não é só Educação Física e sim, educação integral”.
RECONHECIMENTO DA DIRETORA, PROFESSORA MARIA APARECIDA, AO EX-DIRETOR
Algo muito elogiável, é o reconhecimento da atual diretora do Colégio Estadual Presidente Vargas, professora Maria Aparecida Gomes, nas confraternizações de finalização de ano, sempre convidar ao sempre diretor professor João Alfredo. A esposa dele, Fátima, também fora professora de Aparecida. Ele elogiou a dedicação da colega ao CEPV, e adicionou: “A gente faz questão de estar presente também, porque aquele ali, como eu disse, é parte de nossa vida”.
O RECADO PARA OS ESTUDANTES, NESTE INÍCIO DE ANO LETIVO
Este jornalista ao pedir que o professor deixasse sua mensagem a todos, não escondeu ser conservador em costumes, no que tange a saudades que tem da forma que se era aluno há cerca de 40 anos atrás, período em que tinha Keko como professor: “Não é ser conservador. Eu acho que é uma questão de modo e uma postura de vida. Eu acho que hoje, ontem... Eu acho que o importante é que cada um, viva sua vida, da melhor maneira possível, sem atrapalhar o outro. E colaborando, sempre, todos! Porque a educação só se faz presente, existindo respeito. Se eu respeito você, e você me respeita, ai nós temos condições de se levar alguma coisa pra frente. Onde existe o respeito, nada falha, e então eu acho que a palavra do dia, a palavra de ordem, a palavra para todo mundo é respeito. Eu acho que com isso a gente consegue sair-se bem na vida!”.
Ao encerrar a entrevista, lembrando dos professores da época mais remota da Presidente, foi quando João Alfredo disse que este ano, marca os 45 anos da Instituição, e uma boa ideia seria um encontro com os professores fundadores da mesma. Foi lembrado, postumamente, dos professores Gilberto Stremell, Márcia Sallen, Tânia, e Maria Tereza Perotta, e demais, que nos deixaram.
Um segredo contado de Keko a este jornalista foi, que um discípulo seu, a torcer pelo São Paulo Futebol Clube por sua influência, é justamente Fabrício Nunes Flores, atual chefe da Divisão de Esportes da Prefeitura Municipal de Telêmaco Borba.
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