Da AS Sonorização, trabalha com o tio, Barbosa
A segunda entrevista para o Caderno Especial de Natal, é com Magno José dos Santos. Ele, ao lado do tio, Barbosa, - António Aparício dos Santos -, é responsável pela AS Sonorização.
Nascido em 12 de janeiro de 1978, em Telêmaco, ele é esposo de Edina, e pai de Israel e Maria Eduarda. O pai, In Memorian, José Israel, tinha o apelido de Casquinha. Sua mãe chama-se Maria da Conceição. Seus irmãos, Gefferson e Flávia.
“É uma honra pra mim! Como a gente fica no backstage, a gente é pouco lembrado... lembra mais quando dá problema do que... quando o problema aparece aí eles lembram da gente! Deu BO no som, eles já olham pros caras do som, pra procurar, e poucos reconhecem o trabalho que corre por trás disso ai! Como você falou que a gente esteve no lançamento de seu livro (De Jornalista a Jornaleiro), acho fundamental a gente ajudar o pessoal daqui! É fundamental a gente se ajudar! Como você falou que não tem povo para atender, que passa pros outros, trabalhamos juntos com os outros... não tem (problema). Passo serviço pro To you, passo serviço pro Camargo... a gente trabalha juntos até em alguns eventos, mas a gente tem essa consciência que unidos a gente consegue resolver os problemas e ir pra frente! A gente é competente se fizer toda essa união acontecer!”. Este Site fez questão de lembrar Adriano Marcorski, que também faz som; que ajudou na hora de se achar um provedor e abrir o Oberekando, quase 12 anos atrás! Magno lembrou que o DJ Gordinho (Josemar), também é outro parceiro! “Temos gente competente em Telêmaco? Temos sim... e assim a gente consegue fazer o evento acontecer!”. Acrescentou a Mídia também da Capital do Papel, e assim, há a valorização de toda a área cultural, e o crescimento de todos!
Magno, nascido e criado em Telêmaco Borba, e o pai dele era irmão de Barbosa, “e minha família toda veio de música. Eles tocaram baile e você já sabe a história deles, e eu fui me criando nesse meio, e dai comecei a pender mais para esse lado, quando eu fui tocar na igreja, tocando bateria! E esse lado... eu comecei ir pra música! Depois desse tempo, acho que eu tinha uns 16 anos – porque faz 30 anos que eu já estou nesse meio de sonorização – nesse momento que o tio Barbosa foi me convidar para eu trabalhar no som, e eu estava lá em casa muito faceiro depois que eu cheguei da aula, eu tinha uns 17 anos, ele falou ‘Magno, vamos lá comigo fazer um som na Casa da Cultura’. Mas o que que é tio? ‘É um Gomarabica!’ Mas o que eu vou fazer? ‘Você me ajuda lá porque eu estou sozinho’. Eu vou, estava de boa... taquei a cara! Era aquele Gomarabica ainda bem sertanejo raiz. Os músicos tinham que tocar gaita, sanfona e viola, só! Dai que chegou nessa noite e ele falou ‘olha, essa aqui é uma mesa de som, esse é o volume, mas assim... eu já tinha um pouquinho de noção, porque eu sempre fui curioso, de desmontar, mexer com som, com música!”. Tinha ele a incumbência de ajudar Barbosa, na hora que fosse trocar de palco, de artista! “e depois dessa, rapaz, eu não larguei mais!”.
Ele deixou de um emprego efetivo, na Prefeitura, na Assistência Social, passando também pela Saúde, na área Administrativa, para trabalhar com som! “Para mim é um vício... um bom vício!” Ele tentava conciliar as duas coisas, mas se questionava se nunca ia fazer o que amava, que era a sonorização, “mas a gente entrega tudo na mão de Deus. Dei tchau, e seja o que Deus quiser!”. E aí se vão 14 anos!
Outra incumbência deles, da AS, é toda a sonorização do Templo de Adoração e da Matriz.
UMA EQUIPE TÉCNICA À DISPOSIÇÃO DE ENTREGAR O MELHOR SOM E IMAGEM!
Disse ele, que quando começou no ramo, escutava muito o seguinte: “Você mexe com som, ou trabalha?”, o que o deixava desgostoso, porque sempre considerou isso, uma profissão! “Mesmo lá atrás, eu estou ganhando para fazer isso... eu estou trabalhando! E no Brasil, há muito tempo atrás, não era muito divulgado. O técnico de som tem um estudo. A gente tem um curso para isso! Ainda o Brasil é meio falho na Engenharia de Áudio, mas nós, eu me formei ano passado, sou engenheiro eletricista. Na parte de áudio, eu tenho varias formações, graças à Deus!”. Todos da equipe AS, têm um curso técnico, na área de sonorização!
Na equipe, existem três Joões! O Joãzinho, o João, e o Joãozão! Gabriel, que é sobrinho neto de Magno, Gabriel, cujo apelido é Sonho, Ígor, e Israel.
MOMENTOS TRISTES E ALEGRES, NOS EVENTOS QUE ESTAVA TRABALHANDO
TRISTE: “Graças à Deus são muito poucos. Das pessoas, é muito difícil um momento que a gente tenha, mas de situações, já aconteceram, como chuva, tempestade. Eu estava fazendo um som na chácara de um amigo nosso, e deu uma chuva tão grande que caiu árvore encima do carro, e isso deixa a gente triste, mas graças à Deus eu tenho sorte de não ter visto acidente, de não ter visto ninguém passar mal assim, de dizer que a pessoa passou mal e morreu... não!”.
Neste momento foram feitas algumas ponderações dos perigos que se têm, de diversas igrejas, de várias religiões, que por vezes vão apenas na confiança em Deus, e saem com atos, em dias de chuvas, garoas, e os fiéis de sombrinhas, guarda-chuvas, e o perigo de atração de raios ou algo assim, quando têm equipamentos de som! Deve se ater, mais que a fé, ao bom-senso e no ‘faz a sua parte, que te ajudarei’, e não colocar em risco, a ninguém. Também foi comentado da resistência de contratantes que se irritam quando a empresa de som, fala que tem que encerrar tal evento, porque caiu a chuva, ou e algo assim, pois tudo neste setor, é bastante oneroso, e a prevenção, inclusive com a equipe técnica, é tudo! Foi, também, lembrado um recente show de Ana Castela, que, ao cantar na chuva que acabou caindo, e em respeito ao seu público, colocou um plástico no microfone, e show que continuou!
O SEU INESQUECÍVEL NATAL?
“Eu sempre lembro dos Natais de quando eu era menor! Lembro da mãe e do pai, arrumarem o pinheirinho, na noite, e no dia a gente sair correndo atrás de presente. E o pai nunca deixou de dar presente pra nós quando éramos pequenos! O pai sempre... trabalhava na Klabin, de operário, e sempre manteve eu e meu irmão”. Magno comentava com a sua mãe, da admiração do pai, manter a família. Tal esforço também da matriarca, na casa!
O PRESENTE INESQUECÍVEL: Foi uma carreta, que tinha uns botõezinhos e andava sozinha. “Esse eu nunca esqueci, e ainda vem na cabeça, a carretinha! Uma cegonha! Mas a gente é bobo... eu falo pra você... eu era muito curioso, eu desmontava tudo! Eu desmontava tudo lá em casa, desde brinquedo, aparelho de som do pai, relógio... o que eu via na frente, eu desmontava!”.
Quando foi falar do prato que a mãe, dona Maria da Conceição, faz, que ele nunca esquece, e em especial no Natal, confidenciou que gosta muito de carne moída. Quando vai pra casa da mãe, ela já sabe, e carinhosamente, aquele bolinho de carne moída o espera!
Em relação ao Natal, e lembranças de sua mãe, nunca esquece, na infância, ela os arrumando para ir para a igreja, a Missa do Galo. Lembrou-se que era assim o costume de 30 anos atrás, uma roupa melhor que era a domingueira e um tênis por ano, no caso de Magno, que era usado inclusive, para ir para a escola! Ele nunca teve problema de entender este estilo!
A FAMÍLIA
Das lembranças, ao falar da família, citou a esposa Edina, e os filhos de criação, Gabriel e Maria Eduarda. Um fato da infância de Gabriel, foi na formatura do entrevistado, pela Fateb, que o filho estava sentado, inicialmente com toda a família, mas que, pouco a pouco, foi se aproximando do palco... ele tinha por volta de cinco anos! E a cerimônia ia transcorrendo e o menino chegando mais perto! Na hora de jogar o capelo, (chapéu usado pelos formandos), eis aquele sorrisinho maroto e inocente como quem diz... ‘Pai, tô aqui junto com o senhor... ele estava atrás na cadeira aonde Magno iria celebrar, lançando o capelo!’. Da Maria, adora ver como ela gosta de o ajudar, seja fazer um cabo (de som): “Eu ensinei ela a mexer com ferramenta! Ela fura parede, põe bucha... eu ensinei ela fazer tudo isso ai! Ela fala assim... ‘O Magno não me criou para eu ficar dependendo de ninguém’”. Ela é engenheira de produção! Ao falar de uma lembrança dela, quando criança, “sempre gostou de estar perto... o ‘zóinho’ feito uma jabuticaba, observando! Quando eu comecei a me relacionar com a mãe dela, ela me aceitou muito bem!”. Uma gratidão, quanto a esposa, Dona Edina, é que ela sempre apoiou – e apoia - as iniciativas do esposo, e o estimulou!
Ao finalizar, deixou ele, uma mensagem: “Um Feliz Natal a todos. Deus traga muitas bênçãos na vida de vocês, muita saúde, muita prosperidade com muito amor, porque eu peço a Deus todos os dias que me dê, é saúde e amor, mas o amor..., se você trabalha com amor você consegue passar isso para os outros, e através do amor você consegue um degrauzinho a mais. Você consegue trazer o bem para o outro, fazer o bem para o outro!”.
Da gratidão ao tio Barbosa, confidenciou ser enorme: “Se ele falar, ah, o Magno é louco!... ele que iniciou tudo isso!”. Disse que ele é um segundo pai, e que nem tem palavras para o agradecer!
São irmãos de Magno, Gefferson e Flávia!
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RELEMBRE:
BARBOSA DO SOM, MÚSICA E OS REBELDES: Ele trouxe mensagem de Natal e contou sua trajetória
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TAMBÉM NO CADERNO ESPECIAL DE NATAL 2025:
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