Ulisses, jornalista e escritor de Telêmaco, comenta a morte do papa Francisco
24/04/25 às 22:35:11) O telêmacoborbense, mas como ele mesmo se alto-denomina, montealegrense; Ulisses Iarochinski, que é jornalista, escritor, ator, cineasta, dentre outros adjetivos e funções, falou ao Oberekando, de sua experiência na cobertura, à época, da morte do papa polonês, João Paulo II. Ele teceu comentários à respeito do pontificado e legado, do argentino, Francisco, nascido como Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, no dia 17 de dezembro de 1936, e que morreu no Vaticano, no feriado brasileiro de Tiradentes, em 21 de abril último, tendo sido o 266.º papa. Ele, que curiosamente, não visitou durante o pontificado, a sua terra natal, teve sua primeira visita oficial fora da Itália, ao Brasil, na Jornada Mundial da Juventude, no Rio, quando uma multidão de mais de 3 milhões de pessoas o foi saudar! Ulisses aguarda, como escritor, o convite de Telêmaco para mostrar seu trabalho, convites estes, que já partiram de diversos outros municípios, e esperamos, que ocorra o contrário do que se vê biblicamente (óbvio que fazendo uma analogia), que o ‘profeta’ seja sim, reconhecido em sua terra!
MORTE DE KAROL WOJTYLA: ULISSES ERA ESTUDANTE NA POLÔNIA
“Nós estivemos na Polónia, estudando, trabalhando, principalmente estudando, do ano de 2000 até 2009, portanto, João Paulo II, o Karol Wojtyła, de Wadowice, morreu às 21:37 hrs do dia 02 de abril de 2005. Eu já estava lá, e então fui surpreendido pela televisão da Polônia, pela TVP1, com o cardeal, lá de Roma, anunciando a morte do papa polaco. E então comecei a vasculhar todos os canais de televisão... eu tinha lá uma parabólica que sintonizava todos os canais da Europa, e como jornalista, mesmo naquela qualidade, naquele momento, de estudante da universidade mais antiga da Polônia”, atendeu ao chamado, por telefone, da Rádio CBN, de Curitiba. Ele ficou retransmitindo pela CBN Brasil toda, em seguida, e após, passado pela emissora, o seu contato, quem solicitou os seus serviços como jornalista fora a Rede Bandeirantes, e ele, para todo o Brasil, cobriu nacionalmente, por 11 dias, todo aquele momento triste, de lagrimas do povo polonês e do mundo todo, e pelo feito, de após 400 anos de um papa não italiano ter ocupado o trono de São Pedro.
Em se falando da comoção naquele período de cobertura, ao lado da Cúria Metropolitana aonde o então papa, como arcebispo, serviu em Cracóvia, a prefeitura estimou, informou Ulisses, que 14 toneladas de castiçais e velas, foram retirados, quando os poloneses assim os deixavam em homenagem ao papa falecido, de frente ao muro do prédio.
Um outro fato: o entrevistado estava fazendo tomadas de imagens do Museu, que era a casa aonde João Paulo havia morado, próximo da Igreja de Wadowice, quando percebeu uma fila enorme e quis conferir do que se tratava. Eram as pessoas esperando para assinar o livro de condolências, e com outra câmara, ele fez uma foto em close de alguém se preparando para assiná-lo, e esta foto foi capa do jornal “O Estado de São Paulo” , no dia seguinte. Logo após ver pelo sistema Bandeirantes de TV e Rádio, o jornal da capital paulista entrou em contato com Iarochinski, se ele poderia fazer textos e fotos do que se sucedia na Polônia, para eles, e sim, deu seu aceite! Citando as oito páginas que saíram em seguida, e com fotos juntadas também de agências internacionais, ele assinou a matéria, e disse: “Para mim, aquilo foi muito especial!”, referindo-se aquela foto já citada, na primeira página.
Ele também cobriu a visita de Bento XVI à Polônia, assim como o fez, na Jornada Mundial da Juventude, diga-se de passagem, criada por João de Deus, e que fora na cidade alemã, de Colonia, com mais de 1 milhão de jovens, estando o chefe da igreja católica, na sua terra natal.
MORTE DE FRANCISCO
Ao pedir que ele analisasse a morte do papa Francisco, pela experiência que ele tem, viu importante situar as duas personalidades: “João Paulo II esteve quase 28 anos no papado e para os polacos, quase um santo! João Paulo II, mais que um santo, antes de ser santo, era um herói nacional... é um herói nacional! A Polônia cultua muito seus heróis, e João Paulo II, mesmo não sendo um marechal de guerra, mesmo não sendo uma pessoa expressiva na luta contra os diversos inimigos que a Polônia enfrentou durante a sua história... tantas invasões, tantas ocupações, de mongóis, suecos, de alemães, de russos, de ucranianos, de tchecos, de turcos... todo mundo, nesses últimos mil anos, invadiu a Polônia!”. Descreveu que João Paulo “viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, e como cardeal, viveu também a opressão do socialismo soviético, que alguns interpretam aqui, e dizem abertamente, de comunismo!”. Na Polônia, explicou, existiu uma opressão soviética, então, socialista! Ele vê diferença entre o conservador João Paulo II e o progressista Francisco, quando o papa polonês retroagiu muitas vezes nas suas encíclicas e atividades, e ao não apoiar a Teologia da Libertação, ao passo que o argentino se preocupou com o meio ambiente, com os menos favorecidos, e com os ateus, e citou uma célebre frase de Francisco, que “é preferível um ateu do que um cristão maldoso, um cristão que não segue os ensinamentos de Cristo”. Viu que João Paulo retroagiu muito do Concílio Vaticano II, convocado por João XXII e posto em prática por Paulo VI! Abrir a igreja para as outras religiões, e ter sido o primeiro a visitar o mundo árabe, e zonas de conflitos na África, é visto também pelo entrevistado, como marcos de Francisco!
Ainda de cobertura de Ulisses na morte do papa polonês, ele esteve na Kalwaria Zebrzydowska, Wadowice e Auschwitz, no país polaco. Deu entrevistas ao vivo para as TVs de Portugal, Polônia e Miami, na época pelo Skype.
O ESCRITOR E A ESPERANÇA DO PRESTÍGIO DE TELÊMACO!
“Especialista em ‘polaquês’, paranaense produz documentário sobre o Holocausto”, esta é uma das inúmeras manchetes Paraná afora, referindo-se à Ulisses... e em Telêmaco?
Ele esteve no dia 26 de março, em Castro, dentro da programação dos 321 anos da cidade, com “Episódios Históricos da Polonia”. Lá, foram exibidos quatro filmes documentários e três vídeos-poemas, com sua apresentação ‘Dores da Polônia’.
“Desde setembro, eu venho solicitando de Telêmaco Borba, para que eu possa levar este meu evento”. Ele já publicou os livros Sepultados em Harmonia, sobre 4.872 sepultados no cemitério de Harmonia, e solicitou apoios da Prefeitura e Klabin para a impressão, e não teve respostas.
Ontem ele esteve na Uniespar – Universidade aberta da pessoa idosa, com o evento, e tem agendamentos para atender à Ponta Grossa, Cascavel, Pato Branco, São Mateus do Sul e Papanduva, em Santa Catarina.
O novo livro dele, terá dois volumes, e se chamará “Monte Alegre Sempre – Trajetória Histórica de um Lugar”. Este primeiro volume terá histórias de 1532 até 1934, quando os irmãos Klabin compram em leilão do Banco do Estado do Paraná, dos tetranetos dos donos da Fazenda Monte Alegre, “José Félix da Silva Passos Araújo, o senhor dos Campos Gerais, tal propriedade. Um santista, filho de portugueses, que veio à Castro, Vila de Castro, para ser o chefe de polícia, o juiz de paz, a máxima autoridade de Castro”, que adquiriu inúmeras sesmarias.
“Já são três livros, dos dezenove que eu escrevi, sobre Monte Alegre, e pouca gente comprou esses livros aí”.
Como escritor será o vigésimo livro, como cineasta são 41 documentários, fora participação em outros filmes, longas-metragens, de ficção, como ator, e 232 vídeo-poemas, em seu canal do Youtube.
Ele encerrou a entrevista, assim como faz com suas participações, palestras e demais entrevistas, a exemplo do que fará em Araucária, aonde atenderá um convite, no dia 02 de maio, com poema do curitibano Paulo Leminski: “Meu coração polaco voltou! Coração que meu avô trouxe de longe pra mim! Um coração esmagado, um coração pisoteado, um coração de poeta!”.
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ULISSES IAROCHINSKI
https://www.iarochinski.blogspot.com / iarochinski@gmail.com
Jornalista, radialista, professor universitário, cineasta, ator, poeta e escritor.
Nasceu em Monte Alegre, Telêmaco Borba – Estado do Paraná.
Formado pela Universidade Federal do Paraná em Jornalismo;
Televisión de Madrid, na Espanha;
Universidade de Linkoping, na Suécia;
História na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, Polônia.
fluentemente espanhol, polaco, inglês, françês e italiano.
Lecionou técnicas de reportagem, introdução ao cinema e fotojornalismo na UEPG;
radiojornalismo na PUC-PR; e produção em rádio, produção em televisão e técnicas de
redação na Universidade Tuiuti do Paraná.
Foi chefe do Departamento Brasileiro da Rádio Nederland da Holanda e correspondente
Internacional, na Europa, do jornal “O Estado de São Paulo”, TV Bandeirantes e TV SBT.
Alemanha) e um mundial de voleibol (Polônia), e a morte e sepultamento do Papa João
Paulo II (Polônia).
Autor dos livros:
do sueco Claro Jansson”.
(dissertação de mestrado).
comunicação social).
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