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CIRO CAMPOS É MAIS UM REFERÊNCIA À TB
CIRO CAMPOS É MAIS UM REFERÊNCIA À TB

Jornalista, ele é importante nome da ESPN: Copas do Mundo, tragédia da Chapecoense e Fórmula 1

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2023-08-09 às 12:34:30) A entrevista especial desta chuvosa manhã de quarta, é com um telemaco-borbense, Ciro Campos, ou, Ciro Gilmar Campos Filho, nome completo; que brilha na emissora referência brasileira e mundial, na área esportiva, a ESPN, de onde é coordenador do telejornal SportsCenter, sempre nas tardes, das 4 às 6. A quem se lembra, quase de frente do antigo CineLuz, na Capital do Papel, existiu uma época, ainda no governo do prefeito Carlos Hugo, a Cooperativa de Consumo dos Servidores Municipais. Ali era presidente, Ciro Talevi Campos, avô do entrevistado.

Pede este que aqui escreve, licença para com alegria, citar que Campos era incentivador do guri, ainda criança, tagarela, no sentido de despertar a comunicação, a amizade, a curiosidade em assuntos que envolviam a comunidade. “Este sou eu, Edivaldo Oberek”. O fato se repete, no sentido humildade, quando o neto, brilhando em sua carreira profissional, tendo se formado em Jornalismo em Curitiba, morado em Londrina, não deixa estes fatos serem maiores, do que a alegria de em suas redes sociais, lá estar o local de nascimento, Telêmaco Borba, apesar da projeção que sua capacidade profissional o dá, e do orgulho, que, ainda mais, traz a todos os que, neste município interiorano, vivemos! “Com júbilo, uso a primeira pessoa do plural!”.

Nascido em 9 de abril de 1988, então com 35 anos, ele é casado com Manuela e reside na capital paulistana, e está dedicando à sua terra natal, alguns dias de férias, sob o carinho da avó!

Ele se formou em 2010 pela Universidade Federal do Paraná, e de 2010 à 2012 foi na Gazeta do Povo, repórter das editorias Geral e Esportes. De 2012 à 2021, sua trajetória foi no Estadão (O Estado de São Paulo), como repórter no Esporte, e hoje, trilha na ESPN, na coordenação de telejornal.

”Gosto tanto de TB, que venho passar as férias aqui!”. O avô, acima citado, faleceu quando ele tinha de seis para sete anos.

Quando ainda estava na Gazeta, ouvia de seus chefes de que era novo, e deveria tentar alguma coisa em São Paulo, e confessa que levou mais ‘não’ do que ‘sim’, e num programa de trainee, passou no Estadão (O Estado de São Paulo). Dos três meses que eram inicialmente focados, a casa o teve por nove anos. Lá, a cobertura in loco, de duas Copas do Mundo, sendo 2014 no Brasil, e 2018, na Rússia. Também, Olimpíadas, Sul-americana e Libertadores, além de viagens diversas, e a Fórmula 1.

Foi na época da pandemia, que surgiu o processo seletivo na empresa que hoje está, uma grande referência no Esporte, nacional e mundial. Não só o deixa feliz trabalhar com o futebol, como “é uma coisa que eu sempre gostei. Comecei a gostar, garoto, ainda em Telêmaco”.

 

O ESPORTE NA VIDA DE CIRO

Incentivado ao esporte pelo pai e avô, e aprendendo a ler com seis anos, em 1994, houve a copa em que, nos Estados Unidos, o Brasil foi Tetra! Eis um super empurrão! A revista Placar, em sua infância, era a grande referência na área. Tendo sido criado no BNH, era assíduo ao Minicentro nos jogos, e podia ir a pé! Em 1997, o jogo do Mixto Bordô foi encantamento! Depois, aos 11 ou 12 anos, o TEC – Telêmaco Esporte Clube, nem tanto acompanhou, como não perdia os jogos! “Uma coisa que me marcava muito, era acompanhar jornadas esportivas. Na época, Jair Neves, Eduardo Lagos, comentando, o saudoso Macka, nas reportagens de campo. Então eu passei a acompanhar não só o jogo, mas a semana esportiva, também”. Para ele, o TEC Campeão Paranaense em 99 foi marcante, porque muita gente, explica, “se lembra com nostalgia daquela época”, pois as pessoas podiam ir com a camisa de seu time de preferência e seu amigo, com o time contrário, e sem a rivalidade de hoje, e também, impulsionava o comércio, bem como, publicidade e anúncios.

 

DE TELÊMACO

Brincou, que às vezes por dizer que é do interior, as pessoas pensam que ele tem uma família agrícola, ou uma criação de cabras. Isso, quando foi falado da Indústrias Klabin, de Papel e Celulose, e que a cidade de Telêmaco, é fabril. Disse que dias destes, recebeu uma encomenda em sua casa, e que recomendou a sua esposa, não levar ao reciclável tal embalagem, e a guardará, pois foi fabricada pela Klabin.

 

NA COPA DO MUNDO DA RÚSSIA E NO BRASIL

O brasileiro é um povo muito amado mundo afora. Na Rússia não foi diferente. Na sua cobertura, tendo, acompanhado a Seleção e recebido da CBF alguns mimos, como chaveiros e brindes assim, quando presenteava cidadãos russos mais presentes em seu dia-a-dia de trabalho, eis a alegria! O Brasileiro também, geralmente, salvo exceções, recebe bem estrangeiros. Ele, lá, passou por seis cidades, e rememorou, que ainda têm resquícios de ter sido um país muito fechado, e não é tão comum viverem, com tantos estrangeiros, lembrando o ano de 2018, aonde a França fora campeã: “Mudam o regime, mas não a estrutura, não as ideias”.

 

A TRISTEZA NA CHAPECOENSE!

Madrugada no Brasil, e o avião da Chapecoense cai na Colômbia! Era sua folga, até ser avisado pela chefia que teria que partir para o vizinho pais sul-americano. Confessa que ligou a TV, mudou de canais, acessou o celular, pois não queria acreditar naquilo que se tornaria o maior acidente aéreo com uma delegação esportiva. Ficou uma semana na Colômbia, que fora a cobertura de sobreviventes e investigação: “Pra mim foi uma cobertura muito diferente, pois transcendeu o esporte! Porque a gente se prepara para cobrir uma Copa, para viajar para uma Olimpíada, para entrevistar uma personalidade. Agora, a partir do momento que acontece a maior tragédia do futebol mundial, com 71 mortos, você não tem nenhum preparo! Não tem como você estar preparado! É muito você se acalmar, e procurar fazer! E pra mim, foi muito difícil, mas em termos de enriquecimento pessoal (Profissional), foi muito gigantesco! Os colombianos foram espetaculares. Incríveis! O que as pessoas viram pela TV é muito pouco perto do que foi, em pequenos gestos”. Um desses, foi quando estava na porta do IML de Medelín (Colômbia), e ao pegar um táxis, andou cerca de dois quilômetros, e sem saber, já estava em seu destino. No Brasil... em São Paulo, por exemplo, embarcar para dois quilômetros, em geral, é tomar bronca do motorista. No entanto, no clima de consternação de todo o pais e carinho com os brasileiros que lá estavam, nem só não houve reclamação, quanto o taxista não aceitou receber pela corrida: “’Eu sei que você é brasileiro, eu sei que você está sofrendo! Não liga!’. Eu desci do carro, ele desceu, e me deu um abraço!”. Outro momento, ai, mais ameno, foi que ao retornar da Colômbia, fora lhe solicitado cobrir a volta dos sobreviventes à Chapecó (SC), que foram, num primeiro momento, o jogador Neto, e Allan Ruschel. Já, Jakson Follmann, que teve a perna amputada, sua volta fora em outra data.

Sendo setorista do Palmeiras, dois dias antes da tragédia, ele havia coberto Palmeiras e Chapecoense, e sido o alviverde, Campeão Brasileiro: “No domingo eu vi os caras da Chapecoense jogando, e na terça, eu tinha viajado para acompanhar o desdobramento da morte deles!”.

 

SENNA, MERECE ALGO COM SEU NOME, NA CIDADE QUE FAZ ANIVERSÁRIO, JUNTO COM ELE?

Claro que o Oberekando não iria se furtar de perguntar a um jornalista, além de Telêmaco, também da área esportiva, e de um grande veículo, se Telêmaco, que tem sua data de aniversário no mesmo dia, 21 de março, que o sempre Tricampeão Airton Senna; se a cidade teria uma atitude importante em dar nome a algum logradouro, em homenagem a esse ícone do esporte, mundial! Vê Ele, que sim, devido a posição que o automobilista alcançou, e de estar em patamares como Hortência, Guga, Pelé, e Ademar Ferreira da Silva. “E a gente tem ainda este argumento a favor, que outras cidades ainda têm, como Londrina, a Avenida Ayrton Senna, na Gleba Palhano; São Paulo tem a Rodovia Ayrton Senna, e várias outras cidades têm. Eu acho nada mais que justo, não só pela data, mas pelos feitos que Ele tem, e pelo que Ele representa. A gente vai completar ano que vem, 30 anos da morte dele, em primeiro de maio. A gente deve ter, uma ou duas gerações que não tiveram a oportunidade de ver Ayrton Senna, então nada mais justo que sempre relembrar e sempre marcar, quem foi Ele, e o que Ele significou pra gente”.

Os momentos formidáveis proporcionados pelas torcidas, e a tristeza quando há violência, foram comentados. Neste sentido, relembrou do porquê era tão bom, ver o TEC: “Porque era uma sensação de pertencimento. Era pacífico e você podia ir lá, e tinha a cidade toda, porque tinha um time só, claro, e não é como na cidade grande que tem vários times, e que divide mais! Eu acredito que a gente tenha possibilidade de mudar, e é um caminho longo”, e comenta que “paixão ao futebol tem de sobra, e é muito bom ver que isso se renova, sendo, por exemplo muito legal, ver criança gostando de futebol, e até mesmo hoje, é curioso, eu vejo as vezes crianças de colégio, com camisas de times do exterior!”. Ressaltou que as torcidas organizadas, por vezes, muito criminalizadas, tem-se que ver que delas, partem, muitas iniciativas louváveis, também.

De fatos engraçados, e até pitorescos, dentro de sua carreira em cobertura esportiva, na Bolívia, eliminatórias da Copa contra o Brasil, percebeu que não havia, como em nossos estádios, a sinalização específica para a imprensa, e ao perceber e sem conhecer o local do jogo, e sem serem padrões como no Brasil; tantos seguranças, ai se deparou com Evo Morales, o presidente do país, que estava chegando, no camarote. Claro que ao perceber isso, mesmo sem estar visível que ali seria às autoridades, ele se dirigiu ao local que supôs, aos jornalistas.

Perguntado a ele, quando viu Telêmaco ser notícia maior, logo veio, “o terremoto”. Quando a cidade foi epicentro em nossa região, e o Conjunto Tibagi foi um dos pontos mais perceptíveis, ou ao menos, comentado, no abalo sísmico de 4,3 graus na escala Richter, por volta das 21h30, do dia 06 de janeiro de 2006, uma quarta-feira.

Neste sentido, das situações da cidade, com mais nomes conhecidos, falou do técnico do Coritiba, Thiago Kosloski, que da capital do Papel, foi jogador do TEC. Cabe lembrar o jornalista Ulisses Iarochinski, que fez a cobertura da escolha, e também, morte do papa polonês, João Paulo II, para emissoras de TV.

O que chamou atenção nas redes sociais de Ciro, é ter lá escrito como local de origem, Telêmaco Borba. Ele disse que até brinca e as vezes coloca: “Da zona Sul de Telêmaco Borba, para falar que sou do BNH, ainda!”. Muitas vezes, ao iniciar-se, ou mudar de cidade, ou ter ascensão profissional, uma das primeiras providências de muitas pessoas, é logo colocar sua cidade de origem, alguma coisa em termos de capitais, ou cidade maior, que aquela, quando seja, interiorana! Já, o entrevistado, nos dá mais este motivo de orgulho!

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CONFIRA ALGUNS MOMENTOS DE CIRO:

2023: Cobertura de São Paulo x Tolima (COL) pela Copa Sul-Americana no estádio do Morumbi

 

2016: Olimpíada do Rio

 

2014: Copa do Mundo - Uruguai X Inglaterra, em São Paulo

 

2016: GP do Brasil em Interlagos - Entrevista com Max Verstappen

 

2017: Montevidéu - Uruguai X Brasil pelas Eliminatórias

 

2018: Na Praça Vermelha, em Moscou, durante a Copa

 

2018: São Petersburgo, na Rússia, antes da semifinal entre França X Bélgica

 

2018: GP do Brasil: Entrevista com Lewis Hamilton

 

2019: Maracanã - Final da Copa América entre Brasil X Peru

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