Ídolo alviverde, esteve no 3º Amistoso Solidário em TB
2019-03-18 às 15:24:01) Tendo vindo a Telêmaco participar do 3º Amistoso Solidário, o sempre goleiro do Palmeiras, Wagner Fernando Velloso, ou o mais conhecido Velloso, concedeu uma entrevista ao Oberekando. Desde já, agradecimentos à Wéllington Oliveira, que coordenou o evento e facilitou a entrevista. Wellington é o coordenador da Escola Furacão, em Telêmaco.
REALIZANDO SONHO DO TORCEDOR: HUMILDE EXTREMA!
Numa gentileza sem igual, Velloso permitiu que o irmão deste jornalista, Jair Oberek (64), palmeirense fanático, mas torcedor pacífico, assistisse e participasse da entrevista: “O futebol proporciona isso na vida da gente. As vezes a gente nem sabe o quanto toca, a gente meche com a vida das pessoas à distância, que não tem a oportunidade de ter um contato mais próximo. A gente em São Paulo, jogando, preocupado com o dia-a-dia, claro que é uma rotina desgastante de atleta – competições e treinamentos - e a gente muitas vezes não tem a percepção do alcance que tem a nossa carreira, as nossas atitudes. Quão importante e quão reflete na vida de outras pessoas o que a gente faz e o que a gente pode proporcionar enquanto atleta”.
Jair expressou a alegria de estar com Velloso, ao ser perguntado como se sentia: “Claro! Muito feliz!”. Uma das manias deste torcedor era ver na TV o jogo, sem volume e escutar a narração no rádio, na voz e energia mágicas de Osmar Santos. Deste locutor, o sempre goleiro lembrou dele também na TV, e que é um grande amigo, e que participou algumas vezes e que é um grande cara. Citado pelo site o fato de não ter sido escolhida na época o nome da bola da copa como Chulipa, em homenagem ao Osmar, Velloso apontou: “Osmar merece todas as homenagens! Muito importante para o futebol, por tudo que ele fez na carreira dele. Por acompanhar e ser uma pessoa que se destacou muito no meio. É importante na minha carreira, com as narrações e com os convites que ele me fez. Muito importante!”.
DE ARARAS
Uma cidade marca dois grandes nomes da torcida Alvi-Verde: Velloso nasceu em Araras, e Roberto Carlos surgiu do União de Araras. Antes de terem a chance de atuarem ao mesmo tempo no Palmeiras, eles foram parceiros também no União, quando o entrevistado estava por empréstimo.
ATLETAS DE CRISTO
Perguntado como ele via e vê, o movimento com adesão de vários jogadores em muitas equipes, disse que não havia problema, lembrando que eles gostavam de fazer reuniões nas concentrações. “Eu, apesar de não ser evangélico, também participava, porque eu acho que a oração sempre fortalece e você, praticando o esporte de alto-nível, precisa estar bem emocionalmente, e é claro que você estar num grupo de oração, isso te fortalece. Sempre me ajudou bastante! Me dava uma tranquilidade, uma serenidade”.
DEFESA INESQUECÍVEL
Para ele, a estreia, tendo o Palmeiras montado um time muito forte em 89, foi marcante, e ele era do júnior e devido a Zetti estar machucado, seu primeiro jogo fora contra o Flamengo, no Pacaembú, e o Zico, seu grande ídolo, estava do outro lado. “Uma cabeçada muito próxima da área pequena e eu fiz a defesa. Isso marcou muito a minha carreira, até porque o Zico foi lá e me deu um abraço!”. Ele era fã dele, desde criança, e quando também o via no famoso Canal 100, sempre exibido antes de iniciar-se as projeções dos filmes nos cinemas.
TÍTULOS
O título marcante foi o de 94, o Brasileiro, contra o Corinthians, onde ele estava voltando de um empréstimo ao Santos.
SER GOLEIRO
Não sentiu dificuldades pela posição de goleiro que escolheu. O irmão e o pai dele gostavam de jogar no gol: “É uma posição diferente, realmente. Difícil, que tem que ter muita responsabilidade e muito equilíbrio emocional, porque esse desgaste é muito grande, mas é uma posição linda, maravilhosa. Hoje o goleiro requer outras habilidades, como jogar com o pé. Eu diria, que apesar da dificuldade e responsabilidade, é um prazer que recompensa tudo isso!”. Foi disse ele, uma alegria muito grande ter jogado como goleiro pelo Atlético Mineiro, Palmeiras, e Seleção Brasileira: “Eu sou uma pessoa realizada profissionalmente por tudo que me aconteceu e não trocaria numa minha posição por qualquer uma outra no futebol”.
ENCERRAMENTO DE CARREIRA
Acha que poderia ter jogado um pouco mais, mas as lesões impossibilitaram. Teve três cirurgias no ombro, que, aos 36 anos, fizeram com que ele parasse, “mas acho que eu pude aproveitar e me dedicar 100% no período que eu joguei”. O encerramento foi num jogo em que defendia o Atlético de Sorocaba, contra o Guarani e mais uma lesão no ombro.
TORCIDA
Da relação com a torcida, disse que a do Palmeiras é muito exigente, cobra muito do time e sempre foi assim: “Um momento de muita cobrança foi quando nós perdemos a Copa do Brasil de 96. Jogava em casa contra o Cruzeiro e eu acabei errando num cruzamento e o gol foi decisivo. E a partir dali você é muito cobrado”. Ele analisa que pelo tamanho do Palmeiras, é natural que as cobranças existam. Mas, eis que um final feliz, acrescentou: “O futebol foi tão bom comigo que ...”, explicou na sequência: “Em 98 eu tive uma oportunidade muito rara no futebol, porque eu perdi a Copa do Brasil em 96 para o Cruzeiro, e em 98, final da Copa do Brasil, Palmeiras e Cruzeiro! Eu sabia que era minha oportunidade de pagar uma dívida com o Palmeiras e com o torcedor. Naquele campeonato, talvez tenha sido a partida mais difícil de minha carreira!”, por saber que perdera a primeira e não poderia perder a segunda, e tinha essa consciência: Em dois jogos, 1 x 0 o Palmeiras perdeu no Mineirão o primeiro, mas na volta, 2 x 0 no Morumbi, que deu título ao Verdão: “No finalzinho, Zinho bate a falta e sobra pro Ozéias que faz o gol do título!”. Desabafou: “2 x 0 o resultado que a gente precisava e tirou o peso das minhas costas”.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA PALMEIRENSE
Respondendo como vê o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, declaradamente torcedor do Palmeiras, disse que pro Palmeiras isso é legal, e chama a atenção e “pode ser um fato que traga até mais torcedores”, lembrando que ano passado, depois de eleito, o presidente do País estava ali junto com o time, sendo campeão: “Traz mais orgulho a cada palmeirense, ver que tem o presidente, que tem no coração, o mesmo time”.
Ao final da entrevista um registro de craques com Wéllington e também o arbitro Margarida, que sempre muito atencioso, fotografou com Jair.
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