ONLINE
39




Partilhe esta Página

ACITEL

sr

OBEREKANDO

AWEF

ds


PISO DA ENFERMAGEM FOI PAUTA COM DR. CORAIOLA
PISO DA ENFERMAGEM FOI PAUTA COM DR. CORAIOLA

“IDF de mãos dadas com a Enfermagem”, disse ele

 dS

2022-09-12 às 20:42:49) O presidente do Instituto Dr. Feitosa, o IDF, Dr. André Miguel Sídor Coraiola, recebeu o Oberekando para que se trouxesse à baila, a suspensão da PEC 11/22 que surgiu para dar sustentação constitucional ao PL 2564/20, e traria o aumento do piso da categoria, à enfermagem.

Na semana passada, aconteceu em Telêmaco, a mobilização da categoria contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Barroso.

Para Coraiola, o que gerou a Lei sancionada e que criou o piso salarial, foi uma luta da categoria de quase 20 anos, e em vias de eleição, assim bem compreendido, “não só pelo merecimento da categoria, mas muito certamente, vamos assim dizer, um oportunismo, calculado, nós tivemos essa novidade ai, entre uma sanção e uma aplicação de um piso salarial que aumenta em mais de 100% o piso da categoria, nos tomou de assombro, nos tomou de surpresa, diante da impossibilidade de pagamento, porque realmente não há como ser pago isso. Os hospitais são favoráveis à categoria, são favoráveis ao piso, mas desde que haja o custeio, e a inconstitucionalidade que se discute lá em Brasília, junto ao STF, é justamente isso”. Informou ele, que só na Enfermagem, excetuando os demais setores, ao IDF haveria um impacto de 135% na folha de pagamento, e no geral da folha, em mais de 55%. Também se isso fosse atendido, no Instituto Dr. Feitosa, o impacto seria a demissão de 88 funcionários, “mais de 1/3 da força de trabalho”.

Vê André que não houve alternativa, sendo este o motivo das entidades patronais de saúde moverem ação de inconstitucionalidade quanto a criação deste piso. O fato de ter o Congresso Nacional aprovado e em último prazo, enviado para o sancionamento do presidente da República tal Lei, apenas uma desobediência civil poderia fazer com que o novo piso não se cumprisse, e isso seria feito estavam decididas a Confederação, as Federações dos estabelecimentos de Saúde, caso não houvesse a derrubada: “Para que isso não ocorresse, nos socorremos da instância constitucional do Judiciário, da Corte Constitucional Brasileira, que é o Supremo Tribunal Federal”. Comentou que mais de 80 mil demissões seriam deflagradas e 20 mil leitos desativados ou descredenciados do Sus, Brasil afora.

O Sus custeia o IDF e demais hospitais privados e conveniados, através de produção, via AIH (Autorização de Internação Hospitalar). Para atendimento de todos os sete municípios da Regional de Saúde de Telêmaco, são 500 as ARH´s, aonde elas se diferem conforme o tipo de intervenção médica hospitalar, “e é a soma disso que dará a receita que o IDF terá do Governo”.

Analisa o presidente que é necessário que as categorias de enfermagem se associem aos hospitais nessa demanda, nesta expectativa do piso, porque se os hospitais não forem custeados pelo Governo Federal, “com certeza a categoria não vai ter esse piso respeitado, inclusive porque existe uma liminar suspendendo esse piso”, e também que é necessário uma visão empresarial da categoria, porque, “não faz sentido nenhum do ponto de vista de uma empresa, que não pode ser impactada de um mês para o outro, sem prévio aviso, num total desequilíbrio e total desinformação, o risco da empresa não gerar emprego nenhum daqui pra frente e ter que demitir grande parte de seus funcionários, e mesmo diminuir sua resolutividade pela metade, até mesmo desassistindo os pacientes”, razões pelas quais residiu a liminar concedida.

Somente uma saída existe para se conceder o novo piso, que seria o custeio por parte do Governo Federal, olha ele.

Diante deste empasse, olha que o STF, neste caso, está para fazer valer a Constituição, e sem se prestar às pressões, e sim fazer a Lei, “contra a maioria ou contra a minoria”.

De quem é a culpa foi a alto-pergunta que ele se fez, e em seguida, deu a resposta: “A quem está assistindo, que tenha uma consciência qualificada e não de minhoca, e quem tem culpa é o próprio governo, e nos últimos seis mandatos, e não interessa quem seja! Então vamos começar pelos últimos quatro governos, que foram governos trabalhistas”, citando que estes, sucatearam o Sus, e o próprio piso nacional de enfermagem, por consequência. Já, os dois últimos governos, “foram querer resolver isso no canetaço! Isso prova que todos os governos dos últimos 20 anos desconheciam a estrutura de saúde do próprio país que eles governavam ou governam, bem como quem prestam os serviços – os seus profissionais”.

O Projeto de Emenda Constitucional se reporta aos enfermeiros, técnicos de enfermagem, aos auxiliares de enfermagem e às parteiras, mas no IDF, mais referindo-se aos técnicos de enfermagens e enfermeiras.

Algo que ele lamenta neste momento, foi o impensável, que era colocar em lados opostos, os hospitais e enfermeiros, “e isso não passa pela nossa cabeça, mas dá impressão muitas vezes, que a enfermagem nos culpa, como se a gente culpasse a enfermagem”.

--

--

LEIA TAMBÉM:

Enfermeiros fazem manifestação em TB. Protesto é contra o piso salarial, derrubado por ministro da Suprema Corte