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Mulher: A força primordial para a Saúde
Mulher: A força primordial para a Saúde

78,9% da força total de trabalho na pasta, em TB

FONTE: PMTB

2023-03-09 às 11:05:56) A força de trabalho feminina corresponde a 78,9% da força de trabalho total na área de Saúde. As Mulheres são maioria absoluta nas profissões e ocupações diretamente vinculadas ao cuidado dos indivíduos, atuando como enfermeiras, técnicas de enfermagem, auxiliares de enfermagem, médicas, fisioterapeutas, agentes comunitárias, etc.

Estimativas do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), com base em dados do IBGE, indicam que mulheres representam 65% dos mais de seis milhões de profissionais atuantes no setor público e privado de saúde, em todos os níveis de complexidade da assistência.

Em algumas carreiras, como Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social, elas ultrapassam 90% dos profissionais e em outras, como Enfermagem e Psicologia, representam mais de 80%. Estima-se, ainda, que 69,2% das pessoas trabalhando na administração direta da área da saúde, a gestão federal do SUS, são mulheres.

Segundo dados do IBGE, as mulheres dedicam 21,3 horas por semana com afazeres domésticos e cuidado de pessoas – quase o dobro da dedicação dos homens às mesmas tarefas (10,9 horas).

A pandemia da Covid-19 evidenciou dinâmicas de desigualdade que não poderão ser ignoradas. As sociedades, querendo ou não, se viram imbricadas numa realidade que pode ser definida recorrendo-se ao velho lugar comum: são, como uma corrente, tão forte quanto seu elo mais fraco. Os rearranjos nacionais e globais pós-Covid-19 implicarão no desenho – ou no redesenho – de novas funções para o Estado, entre elas a de reduzir desigualdades. O reconhecimento da participação da força de trabalho feminina na produção da riqueza e do bem-estar social é parte integrante disso.

Por hora, a pergunta é como aumentar a presença de mulheres em posições de liderança, fator essencial para que as contribuições e necessidades próprias das mulheres sejam vistas e atendidas tanto no nível das organizações como no nível das políticas de Estado? A esperança é a de que, agora, ao contrário do que aconteceu nas duas guerras mundiais, as mulheres não permitirão que se passe um século para que sua atuação no front seja efetivamente registrada e valorizada.

HOMENAGEM

“Nesse dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, lembramos da força de trabalho das mulheres no SUS. Mulheres estas, que estiveram em maioria na linha de frente da luta contra a Covid, que sempre estiveram e estão desempenhando diferentes e importantes funções nos serviços de saúde de maneira resiliente.

Mulheres estas que dedicam a vida ao outro e aos seus, conciliando trabalho, vida familiar e doméstica. Mulheres dedicam duas vezes mais tempo que os homens às atividades domésticas.

E ainda que a mulher tenha aumentado sua participação no mundo do trabalho e garantido com isso autonomia econômica, isso não tenha refletido na redução significativa das desigualdades. Há, portanto, a necessidade do fortalecimento de Políticas Públicas que visem objetivamente minimizar ou eliminar as sobrecargas da dupla jornada a que as mulheres estão submetidas secularmente, devido a opressão de gênero.

Ainda devemos lembrar que além das trabalhadoras, as mulheres são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Já que frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento, mas, sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos, amigos e, além disso, muitas trabalham como cuidadoras; da dupla jornada a que as mulheres estão submetidas secularmente, devido a opressão de gênero.

Portanto hoje o dia vai muito além de homenagear e agradecer às mulheres, é um dia representativo de uma luta que deve ser permanente em busca da construção de sociedades melhores, mais fortes, resilientes e igualitárias, de reforçar a necessidade de Políticas Públicas de acesso à assistência e à saúde, o que inclui o princípio da integralidade, isto é, atenção em todas as fases da vida, com ações educativas, de promoção, prevenção e tratamento, considerando as demandas de mulheres negras, lésbicas, com deficiência e aprofundar o debate sobre a saúde física e mental e as demandas das trabalhadoras de diferentes segmentos e que rompa com a concepção de saúde materno-infantil, portanto enxergando a mulher para muito além das questões relacionados à maternidade”.

MENSAGEM DE MARLISE MARCONDES, CHEFE DA DIVISÃO DE SAÚDE PÚBLICA.

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