LGBTQIA+, ela conta das barreiras e preconceitos

09/07/25 às 14:36:01) Um bom diálogo com a influencer, Mirella Martins, se deu nesta segunda-feira, ao Oberekando. Confira abaixo, esta entrevista!
Nascida em 21 de fevereiro de 2007, é filha de Jerusa e Thiago.
“Minha página começou, eu fazendo coisas engraçadas! Vídeos engraçados, dançando, e as pessoas foram gostando de mim, até que eu comecei a fazer os stories, e antes, eu só fazia publicações, enquetes, e chamava o público para o meu perfil, e eles foram se atraindo por esta pessoa que eu me tornei hoje, a Mirella Martins!”. Disse ela: “Esse perfil não é um perfil que eu tinha antes, do passado! É um perfil que eu criei depois que eu já tinha me assumido para a família, e tudo!”.
Ela tem hoje, 11 mil e 500 seguidores nas redes sociais, um número bem relevante!
Um fato recente foi a publicação, da entrevistada, mostrando Mateus, um menino extrovertido, amável, brincalhão, e que era ela, na adolescência, explicando que traços naquela época, já mostravam, narra ela mesma no vídeo, que a fariam se ver, como hoje, uma pessoa trans, ou seja, LGBTQIA+, “que apenas cresceu, se evoluiu, e se assumiu uma mulher”.
Ela lamenta que haja o preconceito, pois a mudança é de uma opção sexual, mas o coração e o cérebro, continuam os mesmos!
Neste viés do preconceito, disse que o local que mais sofria, era justamente na escola, e expôs que, em porcentagem, seria hoje, 30%, e de 90% na época em que frequentava o ambiente escolar, “com colegas, professores, diretores. Não coloco no geral, eu cito quem é, e era muito ruim, quando me chamavam, na chamada, pelo nome masculino, e eu lá, ‘toda Mirella’, com roupa feminina, cabelo já grande. Era a parte pior do preconceito, fora as piadas, o bullying”. Segundo ela, sua mãe sempre ao matriculá-la, já comentava na secretaria, e alegou que via ser feita a anotação, de seu nome social, pedindo que dessa forma ela fosse chamada... mas, em vão!
DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO... TB ESTÁ MELHORANDO NESTA QUESTÃO?
“Acho que, sempre teve... sempre teve, e acho que nunca vai acabar... é a discriminação, é o preconceito!”. Um alerta foi feito, que se trata de crime, a discriminação! Foi dito, pelo Oberekando, da Conferência Municipal da Comunidade LGBTQIA+, a iluminação da Casa da Cultura com as cores do movimento, no Dia do Orgulho LGBTQIA+, em 28 de junho, e ênfase nos programas culturais, como leis de incentivo, com olhares à comunidade.
O ACEITAR - TANTO DA FAMÍLIA QUANTO A CONSCIÊNCIA DA DECISÃO -, E A IDADE
Uma palavra foi pedida, dela, para todos, pais, filhos, que neste momento, passam por esta questão, de na família, ou se descobrir, homossexual, ou saber da opção de um filho (a), neste sentido, e foi sincera em reconhecer, que aos 13 anos, quando se assumiu, viu que era ainda nova para tal decisão! “Eu era bem moleca, por assim dizer... eu tinha acabado de entrar na pré-adolescência! Pra mim, foi difícil... eu tinha acabado de completar 13 anos, e eu ter que ouvir de minha mãe que ela não aceitava aquilo! Eu saia na rua para ir pra escola, minha mãe ficava com medo do que eu iria enfrentar na rua! Tinha vezes que eu demorava vir da escola, ela pegava e ia me buscar lá, e as vezes eu estava chupando um sorvete na esquina... e eu não avisava. Ela ia porque tinha medo! O medo vem dos dois lados... são do pai e da mãe, e é da gente também!”.
A entrevistada fez questão de lembrar que quanto aos pais, em sua grande maioria, quando existe resistência, nunca é ódio, ou vergonha de um filho com esta preferência, mas sim, é amor, e cuidados pelo medo que ele, ou ela, sofra, devido ao preconceito!
INFLUENCER
Mirella disse que isso vai do talento, e que assim se vê, e que todo dia tem novo conteúdo produzido, e postado! Lançamento de plataforma fora feita recentemente, também, faz brincadeiras, além de deixar a critério dos seguidores, escolher aquilo que eles desejam que ela faça. Mas, deixou claro, que a decisão, é apenas no sentido de seu trabalho na internet, porque em sua vida pessoal, bem humorada ponderou, ela é quem decide o que fazer! Esse respeito e atenção aos seguidores é por Mirella, explicado: “Eles que me dão engajamento para estar lá encima! Se não fosse eles, eu não seria quem hoje sou!”, isso expressado, no sentido de a eles, gratidão!
POLÍTICA?
Nascida em Telêmaco, mas ela foi morar com sua mãe, no ano passado, em Ortigueira. Ao voltar, chegou com forte depressão e com pouco autoestima. Após isso, começou a seguir um candidato político na cidade, ter oportunidades de interagir, e isso melhorou sua autoestima: “Vi, que apoiando, eu estava melhorando, ficando mais encima, eu tinha melhorado mais!”. Fez uma enquete no seu canal, perguntando o que seus seguidores achariam da ideia dela ser vereadora, antes... claro, da tentativa, via colocar seu nome à disposição, enfim, passar pelo escrutínio popular, e disse que o feedback foi muito positivo, e não esconde essa pretensão, para um próximo pleito, municipal! “Que eu saiba, nunca na história de Telêmaco tivemos uma vereadora, trans, e o que eu queria (quero) trazer, é reconhecimento para esta comunidade, no geral!”.
Na mensagem que conclui o bate-papo, ela fez questão de deixar algumas dicas, como resistir ao preconceito, “tendo a cabeça no lugar”, e acima de tudo, também por este motivo, “nunca desistirem dos estudos”, porque, vê ela “assim você continua sem estudos, mas com o preconceito, nas ruas! A gente só vai estar perdendo tempo de estudar, entrar numa faculdade, e ser alguém na vida, porque tem um reconhecimento melhor!”.
O Instagram de Mirella é mirella mirellamartins__ (CLIQUE AQUI E ACESSE!)
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