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HUMILDADE: NATO MOURA RELEMBRA TRAJETÓRIA

Para chegar à política, ao empresariado, antes, muito suor, inclusive, como boia-fria

2022-12-10 às 12:10:47) O terceiro entrevistado do Caderno Especial de Natal deste ano de 2022 é Nata Nael Moura dos Santos (Nato). Nascido em Ibaiti, depois mudou-se para Figueira, e após, Curiúva. Chegar à vida pública, devido a cargos políticos, de vereador e prefeito, ao qual o fez, antes, demandou uma vida de muito trabalho, e ainda criança, encarou com a mesma dignidade, ser boia-fria. O temor à Deus, o olhar aos mais humildes, e a família, são seus bens mais preciosos.

“A quem vai assistir este vídeo, dizer que é uma grande alegria estar falando com vocês. Agradecer à Deus por mais um Natal que estamos chegando, por este momento que estou dando esta entrevista à você, e dizer ao povo que sou um cara feliz porque sou cristão, e aquilo que você disse... Meu temor à Deus não é de palavras, meu temos à Deus é de coração. Então eu tento não fazer o mal e não fazer o errado. Tanto faz na administração, como na empresa, como na vida pública, também, no dia-a-dia, a gente tem que prestar contas dos atos que a gente pratica”.

Nascido em Ibaiti, pais lavradores, Aides Moura (In Memorian) e Cândida Denir. “Ela, que está entre nós. Pra mim, é minha base! Sem ela não sei o que seria de mim!”. O pai, aos 43 anos, faleceu de acidente. Da mesma forma, o irmão do entrevistado, Aides Júnior, que de acidente também, morreu com 20 anos. Suas irmãs são Patrícia, Elma, e a Elian: “Ela (Elian), esteve nas últimas, entubada, no Covid, quando o médico deu a notícia, ligou pra mim e pediu: ‘Olha, avise a família que de hoje não passa!’ Um clamor em oração pedindo à Deus, e Deus livrou ela. Ela é um milagre!”.

 

"SEMPRE FUI TRABALHADOR"

Respondendo o que lhe inspirou para ser este empresário de sucesso, explicou, e que sem querer se engrandecer: “Na verdade, eu sempre fui trabalhador. Eu ía pra boia-fria... naquele tempo não tinha condições de outro trabalho, e eu ia. Eu lembro até hoje na antiga Santa Laura... eu ía cortar cana. Comento com meu pessoal, comento com minhas meninas, comento com meus companheiros, que eu ía pra trabalhar... eu não tinha dificuldade! Era tudo por empreita, e ganhava por metro, e eu lembro até hoje, que eu tinha lá meus 10,12 anos, 13 anos, e eu chegava e pegava firme. Para mim não tinha aquele eito. Eu chegava e não tinha tempo ruim, porque eu tinha que trabalhar para ajudar meu pai. Meu pai era uma pessoa muito apurada, trabalhava na mina de carvão, e a gente tinha que ajudar ele, financeiramente. Então eu chegava e pegava firme..., enquanto os outros chegavam e viam que a parada era difícil, ficavam na bobeira de carreador, comendo, chupando cana e tudo mais, eu estava lá na batalha”. Desde criança, o pai dele trabalhava cuidando de uma fazenda e ele ía com ele, trabalhar... colher café... “Ele ía capinar e eu ía capinar também.....e aprendi. Eu só agradeço meu pai, pelo homem que ele fez de mim e que hoje um pude fazer uma família, também, o mesmo exemplo”.

Das lembranças dessa época, a felicidade pelo pagamento ser semanal... “e era uma felicidade só: Quando chegava sábado, depois do almoço, a felicidade de ir lá, buscar o checão (Cheque). Tempo de felicidade... você não pensava em problema... pensava em buscar o dinheirinho, dava o cheque para a mãe e ela dava alguma coisa pra gente”. Desse tempo em que era boia-fria, o seu encarregado na época, José Marcilio, hoje é coveiro em Figueira: Esta informação foi conseguida após perguntar a Nato, se ele era bom na colheita!

 

RELIGIÃO E FÉ EM DEUS

“Eu nasci em lar evangélico, de berço evangélico. Na época de juventude você meio se afasta, mas passou essa época, eu voltei e nunca mais se afastei.... só que eu nunca perdi o temor à Deus!”

Disse que para ele, não existe placa de igreja, e que todos são irmãos. “Os católicos são meus irmãos, e eu não julgo ninguém e fico triste quando vejo alguém julgando o outro”

 

A ALMA GÊMEA, QUE CONHECEU NA MOCIDADE, NA IGREJA

Eles, Nato e Neide, se conheciam, na época da Juventude, na igreja, mas não namoravam! Ele namorou ela por um ano, e terminaram, e ele foi embora para Curitiba e lá ficou seis anos. Depois, casaram, e foram morar junto com os pais dela. Se tiveram pombos correios, que ajudaram os dois a se encontrar.... “sim: A tia Juvelina e a prima Edina”. 

Eles têm 33 anos de casados.

AS FILHAS: “Minhas filhas são minha base. Minhas filhas, elas hoje, estão em lugar de mãe pra mim! O que elas cuidam de mim você nem imagina! Não precisou nunca eu gritar com elas, nunca eu relar a mão nelas, e eu tenho um amor imenso, e eu sou apaixonado pelas minhas filhas. E elas não cuidam só de mim... elas cuidam de mim e da mãe!”

A primeira filha, Natielen, casada com Fernando, têm a filha Laura. Já, Michele, a filha caçula, junto com o esposo Nordo, estão à espera de Hugo.

 

PRESENTE DE NATAL

Ao responder qual foi seu primeiro presente de Natal, que não esquece, rememorou que no seu tempo não tinha muito isso, mas sim, “lembro que quando chegava essa época a gente ficava todo ansioso, alegre, porque ia ter carne assada, macarronada. O pai comprava aquelas caçulinhas (refrigerante) pequenininha e que nós furávamos com prego, para tomar bem pouquinho para não acabar”. Hoje graças à Deus, se come normalmente, mas também lembrou que quando tarbalhava nos matos, levava sua comida, com a estratégia de por exemplo, macarrão sem massa de tomate para não azedar. E voltando à rotina em família, alegria quando nos finais de semana, se matava um franguinho caipira.

 

PAPAI NOEL E ENCANTO DE NATAL

Respondendo o que acha de pais que tiram dos filhos o encantamento quanto a crer ou não na existência do Papai Noel, eles, ainda crianças ou bebês, disse ser a favor que continuem crendo que existe o Bom Velhinho: “Você tem que trabalhar na expectativa da criança. A criança fica esperando o Papai Noel. Eu continuo acreditando que a felicidade da criança é ele. Nós temos que manter o nome do Papai Noel todo Natal, porque se sair disso, tira todo o encantamento da criança, que fica aguardando por isso!”. Não diferente situação, também, do coelhinho da Páscoa.

 

OS NATAIS

O mais alegre, ou alegres, falou ele, que eram quando tinha a família completa, e vinham os avós, tios, “e meu pai fazia questão que eles viessem, e morávamos numa chácara!”  E o mais triste foi quando, no dia 26 de dezembro, ele (pai) foi trabalhar, e sofreu acidente. Isso em 1985 e Nato tinha 19 anos. Depois também, perdeu seu sogro, e em acidente: “Isso marca a vida da gente... quando você vai fazer uma festa, mas você sabe que sempre está faltando alguém”

 

A ENTRADA NA POLÍTICA

Aos 30 anos, quando voltou de Curitiba, com a força da Família Alves, seus tios, lá em Figueira, o estímulo para entrar na política. Acabou sendo por três legislaturas, eleito vereador. Ele chegou entre os figueirenses, de Ibaiti, quando tinha oito anos de idade. Fazem uns 12 anos que ele mora em Curiúva, mas toca a empresa Moura Forte Madeira, tem 22 anos.

 

EM CURIÚVA, REELEITO

Um espaço também da conversa, foi dedicado a falar do carisma que acaba sendo ele, enquanto prefeito, que foi reeleito com um grande percentual. Sua forma, firme, sua atenção aos mais humildes, sem perder o entendimento da importância dos empresários que geram empregos, foram tópicos. A seriedade que tem que se ter no atendimento nos bairros, na área rural, ele destacou!

KLABIN: Ao se falar da Indústria Klabin e a parceria fácil que ela tem com a cidade, e que, por exemplo, na Florestal em Lagoa, um grande contingente, nos canteiros, são de curiuvenses, elencou: ”Eu, como empresário, vejo esse lado, que hoje a maior empregadora dentro de Curiúva é a Klabin. Só que tem um porém, também: ‘Eu tenho conversado com a Klabin e uma das melhores mão-de-obra da região, é da nossa querida cidade de Curiúva, e eu me sinto orgulhoso de ser o prefeito desses trabalhadores!”. Outra posição que ele sempre pede à Klabin, é que sejam também admitidas mulheres, pois tem o exemplo em sua empresa, de como elas são muito eficazes e trabalhadoras.

NA POLÍTICA EXTERNA: Nato citou o apoio que tem, mas isso, porque tem recebido toda a atenção por parte das lideranças estaduais e federais. Disse que não pode reclamar. O deputado estadual reeleito, Alexandre Curi, vê que será um próximo governador, bem como Sandro Alex, que como federal, tem buscado sempre, beneficiar o cidadão curiuvense. Da mesma forma, referiu-se ao governador. Internamente, falou de seus secretários, do seu vice Tuil, do presidente da Câmara, Pithy, e demais vereadores.

Ao finalizar a entrevista, reforçou os melhores desejos a todos, de um Feliz Natal e ótimo Ano Novo, agradeceu à sua família, à sua esposa e primeira-dama, Dona Neide Garcia, à suas filhas e genros, ressaltando Laura e aguardando pela chegada de Hugo, “nosso Guinho”. Também registrou o carinho aos colaboradores da Moura Forte Madeira. Sem esquecer da mãe e irmãs “que são especiais em minha vida, e a cada cidadão curiuvense, que Papai do Céu, nosso Jesus, dê pra ele de presente, um Feliz Natal, um Natal maravilhoso e um ano cheio de realizações. É isso que eu desejo a cada um de vocês! Ao nosso estado do Paraná, ao nosso Brasil, e a quem assistir esse vídeo, que seja um ano de 2023, abençoado por Deus, apesar dos pesares, mas nós ainda acreditamos que nosso Brasil vai ser um país próspero em 2023. É isso que eu desejo a cada um... que Deus abençoe”

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