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GERALDO CRUZ E SELMIRA E O NATAL

O casal é ícone de bondade e fé, e marca do Socomim

Abrindo o Especial de Natal 2024 do Oberekando, o casal Selmira Aparecida da Cruz (65), ela nascida no dia 08 de abril de 1959; e Geraldo Augustinho da Cruz, nascido em Paranavaí, no dia 28 de agosto de 1953.

“Nasci em Campina Alta, município de Tibagi. Nós viemos para cá, eu tinha cinco anos”, disse ela. “Estamos ai sempre trabalhando na comunidade, e fazemos alguma coisa de assistência social. Assim que o povo precisa, chama, assim que é possível a gente fazer, a gente faz”, disse ele, que assim como a esposa, foram ministros da Eucaristia, e licenciados, tendo sido duas vezes coordenadores da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, do Socomim, em Telêmaco Borba.

 

O NATAL QUE VOCÊ NUNCA ESQUECE?

“A gente teve vários natais que a gente passou que deixa lembranças, não é? Inclusive aqueles que a gente passava com meu pai e minha mãe, que Deus já levou! Meus irmãos... chegava época de Natal ia todo mundo pra lá, os netos dela, meus sobrinhos! Era nora, era filhos..., todo mundo junto lá! Fazia uma festa, e era grande!”. Um fato, é que dos oito irmãos homens, todos são torcedores santistas. O jornalista que aqui escreve trabalhou como cobrador na Galeria Nossa Senhora Aparecida, aonde o irmão do entrevistado, Benedito, era vendedor, e também, é afilhado de um outro irmão de Geraldo, que é “o querido padrinho Osório Flauzino da Cruz”.

Respondendo a mesma pergunta, disse a professora: “São e foram todos importantes, mas o que ficou gravado na minha memória foi o Natal que nós fomos passar lá no Centro de Formação Cristã. Nós nos reunimos lá, toda a família Camargo, a minha vó era viva (a vó Ema), e vieram nossos primos de Ponta Grossa... enfim... foi uma festa mesmo!”. Isso lá por 1989, ou 90.

 

O VOCACIONADO DO MAGISTÉRIO!

O período de Magistério para ela, foi uma vida: “porque eu permaneci no Magistério por 37 anos. Eu comecei como alfabetizadora, pela Prefeitura Municipal, e de 89 em diante passei a trabalhar pelo Estado, funcionária da Secretaria de Educação”. Como alfabetizadora iniciou na Escola D. Pedro, na Vila Osório. Depois foram de seis a sete anos no Costa e Silva, sendo o Jardim Alegre, seu primeiro colégio pelo Estado, aonde era a professora Macan, era a diretora. Teve a chance de lecionar no colégio aonde fora aluna, que é o Marcelino Nogueira, aonde a mãe, Dona Lenir, trabalhou como zeladora. Antes de mais de 20 anos de Presidente Vargas, trabalhou também no Wolff Klabin e no Tancredo Neves, em 1996, este, no Imbaú. Ainda antes da Presidente, com a professora Vera na direção, lecionou também no Anchieta. Militão e Vila Esperança foram outras instituições a que passou!

A professora mãe e confidente, um papel impagável que marcam as mulheres, enquanto docentes, por obviedade também se deu com ela, e especialmente as meninas (alunas): “Elas sempre tiravam um minutinho para uma conversa em particular! (...) elas vinham conversar mais comigo sobre os namoradinhos, das briguinhas entre as amiguinhas, e muitas vezes eu fui a mediadora ali, para acertar a amizade delas.... esse tipo de coisa!”.

 

O ATLETA E O FABRIL

Ele, funcionário da Klabin, lembra dos campeonatos Fabris, e jogou pelo Selemg e pela Engenharia. Como amador, era sempre lateral esquerda, ou, ponta esquerda. “As vezes jogava na defesa, no centro ali, de beque, como se dizia antigamente. Era sempre ali, o que precisasse!”. Ele participou, do início ao fim, do Fabril! Jogou muitas vezes no Estádio Dr. Horácio Klabin, o antigo Cama (Clube Atlético Monte Alegre): “Era o divertimento que tinha na época, do povo, e as famílias assistiam, e as arquibancadas enchiam nos dias de jogos!”.

Geraldo entrou na Klabin, com 20 anos de idade.

 

A VIDA EM PARANAVAÍ

Ele sempre ajudou a família na roça, e inclusive nasceu na Fazenda Padre Agostinho, na rodovia que vai para São João do Caiuá. Uma vida sofrida, mas valeu a pena, observou ele.

Morou, na época, com o ‘padrinho Osório’, na localidade lá existente, de Sumaré, e Osório já era casado com Idalece (Madrinha também deste jornalista), e os dois irmãos trabalhavam na lavanderia por Osório montada! Uma passagem engraçada foi que o professor Carmo (que também deu aula no D. Pedro – Vila Osório em TB), era da época deles, em Paranavaí, e emprestava a bicicleta para Geraldinho fazer as entregas de roupas já lavadas.

Mais um caso de sucesso em família, é o que vem acontecendo, e faz tempo, com Bruno Cruz, neto de Pedro Cruz, no caso, irmão do entrevistado, e dentro das artes plásticas! Isso alegra muito o coração de todos os familiares. Lembra Geraldo do bom orgulho de Pedro comentando sobre o êxito do neto artista! Os outros também que se destacaram e destacam-se em outras áreas, cada um com seu dom, e são celebrados com alegria, pelos Cruz!

 

O FILHO, DR. WANDER!

Um orgulho ao bairro Socomim, o filho do casal entrevistado, é formado em Doutorado, além de sempre, uma pessoa amável, amiga e doce! Ele é engenheiro cartógrafo! Após terminar a graduação na PUC, e depois de casado, fez o Mestrado e Doutorado, e depois, trabalhou como professor na PUC por um tempo. Após prestar concurso na Universidade Federal do Paraná, foi para esta Instituição, aonde brilha! “Graças à Deus, eu e o Geraldo, conseguimos passar isso para ele, que independente do que a gente é, do título que a gente tiver, nós temos que lembrar das nossas raízes. Levamos ele para a igreja desde pequeno, e ele continua até hoje, participa lá na Perpétuo Socorro, em Curitiba, e continua uma pessoa humilde, assim, como ele foi criado aqui em casa, e esse título de Doutor, não subiu na cabeça dele!”. Em outro momento, ela exaltou a esposa de Wander, que sempre, par e passo, o apoiou nesta empreitada, e é ela, uma nora muito querida pelo casal Geraldo e Selmira.

 

TRAQUINAGENS QUANDO CRIANÇA... LEMBRAM?

Perguntado para ambos, se lembravam de uma traquinagem – baguncinha, que os marcaram em relação aos seus pais terem os chamado atenção... relembrou Augustinho que sua mãe quase não batia, e apenas era olhar, e ele sabia o que ela estava transmitindo – algo normal no passado, na relação pais e filhos! O pai já era mais maleável!

Selmira disse que sempre obedeceu seus pais, mas, de forma bem humorada, confidenciou: “Mas, eu fui terrível... levei muita surra, mas merecida, né?”. Ela disse que não via a hora de chegarem as férias escolares, isso na Campina Alta, para poder correr na casa da avó! As tias dela, que quase das mesmas idades, são como se fossem irmãs... eram com elas as peraltices, e como Dona Lenir estava em Telêmaco, não ficava sabendo! “Quando ela estava junto, ai eu me cuidava mais! Mas eu lembro uma vez... o que foi que eu fiz... ?” O fato foi, que ela, saindo com uma prima para visitar os avós paternos – pais de seu Casemiro – usaram a sombrinha de Dona Lenir...pois estava muito sol... eis que sem querer uma pecinha quebrou, e ela, sabendo da bronquinha... deixou a sombrinha no cantinho, como se nada tivesse acontecido, e quando a mãe viu... aí as coisas não ficaram bem! “Nunca contei que foi a prima, mas apanhei!”.

 

COMO VOCÊ AVALIA A DIFICULDADE DE DIÁLOGO DA NOVA GERAÇÃO COM SEUS PAIS, HOJE?

Geraldo disse que “antigamente em casa, até com os irmãos mais velhos a gente tomava bênça! O respeito com eles a mãe ensinava, desde pequeno! A madrinha (irmã dele), que é a Ana, é madrinha de todo mundo, e todo mundo fala madrinha para ela”. Completou: “Mas o respeito com os irmãos antigamente, era outra coisa! Hoje em dia, nem com os pais têm muito respeito!”.  Colocado por este jornalista, se as vezes os pais – atuais - abriram muito a guarda, e deram muita liberdade, e quando trilhando para a vida adulta, pode ter sido tarde demais, para consertar a falta de respeito, assim respondeu: “Porque que eu deixei... porque que eu dei a liberdade... Podia sentar, conversar, aconselhar!”. Lembrou, inclusive, que algumas Leis, estão judiando dos pais!

Os natais hoje em dia, muitas vezes são marcados pelos presentes, e nem sempre, pelo estarem presentes, e que se esquecem da razão especial, que é a celebração do Nascimento de Jesus! São unânimes ambos, a lamentarem que o aspecto espiritual, muitas vezes, fica em segundo plano. Geraldo ainda enfatiza, que sim, a união da família é de suma importância no momento festivo, como ceias e almoço!

 

E COMO OS POMBINHOS SE ENCONTRARAM?

Perguntando primeiro ao esposo, que jogou a bola (a resposta), para a esposa. “Acho que foi numa novena, na Matriz... A Selmira que sabe melhor!”. Ela continuou: “A novena está inclusa, mas nós nos conhecemos na casa da mãe dele, numa noite em que tinha uma reunião do Grupo de Renovação Carismática. Os meus cunhados moravam aqui na frente, o que na época não eram meus cunhados ainda. O irmão dele e o casal me convidou para ir, e minha mãe deixou, porque era com o casal aqui, vizinho, muito conhecido, muito amigo deles, e eu fui... eu e uma amiga minha. Eles tinham dois bebês, que são a Marta (Queji) e o Marcos, que são gêmeos, então cada uma de nós levou uma criança, e a gente gostava muito das crianças deles, e fomos na casa da minha sogra! Minha futura sogra... e quando chegamos no portão... ele (Geraldo) estava recebendo as pessoas. Isso já me despertou. Depois, o dia, quando nós conheçamos a namorar, a gente se encontrou na igreja (matriz). Eu estudava na época, no Wolff, e a aula terminava às 19, e na quarta-feira eu saia do colégio pra novena das 19:30, e depois que terminava a novena, eu saia para vir embora, e ele me acompanhou... e exatamente aquela noite, dia 11 de setembro (grifo aqui, que também a data marcaria anos e anos após, a tragédia do Word Trade Center, das Torres gêmeas em Nova Iorque) de 1974, a gente começou a namorar. Dois anos depois, em 1976 (10 de julho), a gente se casou”. Da música que embalou o namoro, disse que não era, a professora, muito ligada a música, mas, Gosto de Maçã, do Wando, ela gostava! Já, Geraldinho, eram as músicas de Agnaldo Timóteo, também Wando e Paulo Cesar!

Uma passagem que sempre que é dia dos namorados, vem à cabeça, é no dia do casamento, a saída do carro, que era um Maverick. O celebrante do casamento foi o padre Paulo, na Matriz Nossa Senhora de Fátima. Celebrou o batismo de Wander, o padre Ângelo Schemberger. “Nesse tempo meus pais eram vivos, e temos uma foto com eles, na frente da Igreja”, informou o esposo. Os pais de Geraldo eram Geraldo Barnabé da Cruz, e Ana Flauzina da Cruz (ambos, In Memorian). Os pais de Selmira são Casimiro Camargo, e Lenir Bueno de Camargo.

Ao final da entrevista, ambos desejaram a todos, um Santo e Feliz Natal, e um 2025 de Muitas realizações!

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