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DONA NINA, DA SIQUEIRA FILHO, UMA REFERÊNCIA!

Confeiteira e craque no tricô, falou ao lado do filho, o vereador Siderlei 

2023-03-19 às 14:13:34) Nossa segunda entrevista do Especial 59 anos de Telêmaco Borba, é com Dona Nina, a inesquecível confeiteira e também, tricoteira, da Rua João Siqueira Filho, no Socomim. Quem sabe perguntar por Guilhermina Dias Siqueira? Mas, Nina, todos conhecem! Ela nasceu em 08 de abril de 1944, tendo então, 79 anos, e é mãe de Siderlei, que inclusive é o vereador Sid e o primogênito; Wanderlei, Rosilei e Rosnei. Adotiva, mas filha do coração, Daniele.

Tendo sido consagrada pela mãe deste que aqui escreve, Nair Oberek, a irmã do vereador, Rosnei, e isso as tornou comadres!

Sid foi o primeiro filho, “ e não me deu trabalho nenhum, é uma benção!”. Citou com a mesma alegria, os demais filhos.

Perguntado à Sid, se falar da mãe, é algo muito fácil, responde: “A mãe é figurinha carimbada. A mãe fazia doce, bolo, as cocadas que a gente saia vender. Até que eu brincava muito com ela, e a chamava de boleira!” Já, décadas atrás, quando nem se imaginavam os bolos com as verdadeiras artes hoje possíveis, os temas, como futebol, heróis infantis, ela já fazia em seus confeites, como campos de futebol, escudos de times, e outros motivos! Outro grande talento, era o tricô: “Difícil ali na redondeza, do povo mais antigo, algum que não tenha comprado um jogo de neném, manta, macacãozinho. Eu lembro que a mãe pegava aquele serviço pra fazer, e ai a manta...! Ficava injuriado quando ela falava ‘hoje vamos amarrar a manta’ que cortava os toquinhos de lã (pedacinhos que ela já havia feito), fazia o nózinho e em volta, para ficar o babado! E nós, ali, ficávamos toda a criançada em volta”, explicou ele. Nina explica: “Mas veja bem... eram quatro (filhos) e eram quatro partes da manta! Cada um amarrava uma parte, e não brigavam, e estavam aprendendo!”.

O filho, não ajudava no bolo e doce, mas na hora de rapar as vasilhas... lá estava! Mas, sim, ele era hábil nas roupas, no tricô. Uma bonita mania em família, na época, dela e das crianças, era pegar uma marmita, e colocar a comida, e no assoalho, lustrado e devidamente limpo, sentar-se todos para comer, pois o esposo estava trabalhando. Seu Gumercindo, foi operário da Klabin por 25 anos.

A entrevista, mesmo que publicada hoje, apenas no dia 21, hoje, fora gravada exatamente no dia 08 de Março, o Dia Internacional da Mulher, e ele exaltou, que mesmo não trabalhando fora, que guerreira que sempre foi sua mãe, exaltou Sid, pois ela não parava! “Da maneira dela, sempre ajudou meu pai, a nos criar”. Outro fato, latente neles, que foi ensinado por ela, é a fé, e o quanto Deus é bom. Ensinou desde cedo aos filhos a rezar.

Como a mãe não teve tanta escolaridade, mas sim, a prática, quando era para fazer um modelo de tricô e chegavam máquinas novas, era Sid que ía ao manual, fazia, e após, ela pegava com muita facilidade: “Pra começar, meus filhos aprenderam a trabalhar, novos. Eles já eram inteligentinhos, eles vendiam bala, mandioca, e cocada. Eu ensinei eles a trabalhar assim, tanto que eles começaram a trabalhar cedo”. Ele também foi marmiteiro! 

 

SONHOS... QUE BOM QUE FORAM SONHOS!

Dona Nina, respondendo ao Oberekando, disse que não aconteceu de ver algum cliente ao buscar algum bolo, sem querer, ter acidente em derrubar a encomenda, mas, um sonho a apavorou, porque era seu costume, assar o bolo, e confeitá-lo, cobrir, no dia seguinte: “Ai eu sonhei... sonhei... sonhei que caiu o bolo num rio e foi embora. Eu disse... minha Nossa Senhora... agora não posso fazer outro... no sonho... no sonho! Me acordei... foi um milagre de Deus, porque aconteceu... foi nada!”. Um outro sonho, citou ela: “E outra vez, foi este (apontando ao vereador) ele caiu no rio, e afundando, só aparecia a cabeça... e ai Nossa Senhora, o que eu vou fazer? Ele levantou e saiu da água... e eu me acordei!”.

 

COMO CONHECEU O ESPOSO, GOMERCINDO?

“Eu conheci, foi meio devereda (rapidamente). Ele tinha um botequinho na frente da casa da minha irmã (no Bela Vista, perto do Bonde) e daí, começamos conversar...e ai, ela era muito brava, e eu acabei indo morar com a outra irmã, e ai sim, lá ela me deixou bonita, ela me arrumava, como do salão (se estivesse ido ao salão de beleza)! Ela arrumava a gente até pra ir pra feira”, esta, a Tereza! O boteco de Gomercindo correspondia aonde hoje seria o Tem Sim, na Floriano Peixoto. Ela tinha 18 anos, e ele 34. O casamento foi na casa da irmã, Tereza!

Falando detalhes do pai, que nasceu em 08 de maio de 1927 e faleceu em 18 de outubro de 1998, era uma pessoa que pela idade e experiência de vida, gostava muito de contar os casos, e odiava mentiras, e confidenciou: “Naquele tempo, as irmãs dele, as mulheres que conheceram ele, os meus tios, que eram os cunhados dele, falavam que meu pai era um cara muito faceiro! Naquela época, os caras andavam com aqueles carrões... e o pai andava com aquelas mulonas (mulas, bem cuidadas e de raça)”, isso bem antes de conhecer a futura esposa. Nos bailes nos sítios, ia com ternos impecáveis... “o bicho era faceirão!”, fala com carinho, Sid! Uma pessoa muito querida, séria, e da época em que se aposentava na Klabin com 25 anos, isso se deu com ele, que era o coordenador do Sulfato! Novamente, com gratidão, vê que depois de se tornar adulto, e conhecer pessoalmente o setor que seu pai trabalhou e ajudou a levar o pão para casa, deu ainda mais valor, a seu esforço e seu caráter! Sempre foram filhos exemplares e amorosos, tais como  os pais! “Ele nunca faltou um dia de serviço, e chegava sempre na hora. E isso, não era dele, mas das pessoas que eu escutava!”.

 

SID E O BOM HUMOR TAMBÉM COM A MÃE!

Devido a um episódio que ela queria comer um biscoito e fora comprar em uma boleira, e essa em dias de casamento, pegou tal produto e dona Nina não a viu antes, lavar as mãos, e esta senhora era conhecida de boleira, uma das traquinagens, era Siderlei, ainda ‘rapaizotinho’ a chamar de boleira: “Boleira não senhor...Eu faço bolo!”, rapidamente respondia ela!

Todo respeito às queridas boleiras, mas naquela ocasião, uma situação desconcertante!

 

FILHO VEREADOR: ALEGRIA E GRATIDÃO À DEUS!

Ao falar da eleição do filho, e da alegria por isso, expressou muita satisfação, e disse que assim como a ele, tem tanto carinho, por todos os filhos, e reza sempre e que nem um mal lhes aconteça e que aquilo que ela não puder fazer, Deus faz!. 

Ao pedir que ela de, e pela idade e experiência, tem essa autoridade, um conselho à nova geração, aos filhos, disse, que entende das mudanças, mas que “não é como a gente quer, mas a gente bem que pensa que hoje em dia a gente não sabe quem que é o pai e quem que é o filho, porque não está mais como era antigamente... a senhora, o senhor... e isso que a gente estranha!”

Dona Nina, assim como o filho Siderlei, deixaram no encerramento do bate-papo, uma mensagem de muito amor à cidade! Todos os desejos de contínuo progresso, e muitas realizações a este querido povo!

Siderlei, inclusive, até comentou, que as pessoas que têm alguma foto de aniversário, aonde Dona Nina fez o bolo, que poste nos comentários! Se tiver também, peças de roupas, como mantinhas ou enxovais, que ela fez em tricô, da mesma forma!

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NO ESPECIAL TB 59 ANOS, LEIA TAMBÉM:

DONA MARI E O FILHO NETO, E ELIAS ZATTAR. Matéria In Memorian, conta da trajetória deste, que amava as pessoas e à família, que tem sua contribuição à cidade

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