Da linha de frente, pedido de colaboração da comunidade quanto à prevenção, foi eminente
2021-05-09 às 08:39:19) Em um ano a mais, o segundo, que esperamos seja o último, que festejamos o Dia das Mães em estado de pandemia de Covid19, trazemos uma simples, e justa homenagem através de entrevista, com as duas áreas que mais afinco foi exigido, dentro do desempenho de suas funções, que foi a Saúde, e a Educação. Agora, uma conversa com a enfermeira Jéssica Amanda Oliveira, que coordena a Enfermagem do UPA em Telêmaco Borba.
CURRÍCULO E ATUAÇÃO
Ela nasceu no dia 16 de janeiro de 1991. Esposa de André, que são pais de Miguel, de quatro anos. Sua Graduação é em Enfermagem, e depois, fez também o curso técnico nesta área. Em seu currículo, também lecionou no Técnico de Enfermagem.
A entrevistada trabalhou no IDF, e na Klabin foi enfermeira do Trabalho. Na Prefeitura, trabalhou no Sesp, e também, desde a inauguração da UBS na São Silvestre, tendo em janeiro último, assumido a coordenação de Enfermagem do Upa.
MOMENTO DE PANDEMIA É ESFORÇO PELO PRÓXIMO
“Realmente, para nós está sendo bem difícil esta situação que a gente está vivendo! Está bem complicada. Todos sofrem! Família, na hora do trabalho, as pessoas ao nosso redor estão sofrendo junto com a gente, os nossos colegas trabalhando cada dia mais, e que ficam doentes igual aos nossos pacientes, porque somos pessoas, primeiramente, e humanas. Em primeiro lugar eu sempre falo para todos, que tenham paciência, porque a gente também está ficando doente. Também é difícil para nós, como é difícil para as pessoas, mas enfim, é uma batalha, que Deus está junto com a gente, e que logo vai passar!”.
Perguntado a ela, se era casada já quando optou pela enfermagem, disse que não, e se estava ciente que por esta profissão, ganharia um monte de filhos, - ao que se torna o amor pelo cuidado de cada enfermeira pelos pacientes -, disse que neste caso sim, “porque se a gente não cuidar com todo amor e carinho, não adianta a gente estar lá. A gente nem imagina, mas acabamos nos tornando uma família ali dentro, e os pacientes, se tornando nossos filhos”.
DIA DAS MÃES SÃO TODOS OS DIAS
Para ela, dia das mães, são todos os dias, porque na casa, se desdobram elas, em todas as funções, inclusive enfermeiras, mas, mais mãe. “Prá mim, meu filho é minha vida. Tudo que eu faço, a minha luta hoje é por ele. Se hoje eu estou lá, batalhando, cuidando de outros, é por ele também”.
EQUIPE, E A FORÇA QUE SAI DO CORAÇÃO
O corre-corre na área de enfermagem com a pandemia traz situações onde, por mais que se tenha por exemplo, as profissionais, o seu tempo de almoço, por exemplo, muitas abrem mão do determinado horário, deixando para fazer tal refeição que seria ao meio dia, e sim, às 3 e meia da tarde, seja para salvaguardar um paciente que chegou em situação de emergência, bem como, e, especialmente, para não ver seus amigos de equipe, sobrecarregados.
É UM DOM! SE NÃO TIVER DOM, NÃO VAI
A Enfermagem, vê a entrevistada, “é um dom. Se não tiver dom, não vai!”. Ela que já foi professora de estágio no curso Técnico de Enfermagem, disse que é nítido perceber aquele que tem ou não tem, o dom, e acrescentou: “Têm pessoas que tem o dom de destreza e faz bem os procedimentos, e têm pessoas que tem mais dom na conversa, no cuidado, e isso deve unificar, pois tem que ter os dois. Têm pessoas que estão ali, que a gente não sabe o porquê, e isso acontece, mas, tem que ter o dom, porque a gente se doa! Nós estamos na linha de frente. A gente está correndo risco diariamente, todos os dias, a todo momento que você está lá”.
A FAMÍLIA
Sempre recebeu apoio da família. Os pais são e sempre foram os principais, seu Jorge e dona Neiva. A mãe dela, inclusive, é do setor administrativo na área de Educação do Estado, que estão na expectativa de volta às aulas. O pai, é aposentado. Do esposo, André, disse, com carinho: “Também, meu parceiro! Ele me ajuda com o filho, ele me ajuda com a casa, me apoia, me incentiva, e é minha base também!”. A irmã Tatiane, e a avó Zita, também são saudadas por ela, neste Dia das Mães.
CUIDAR DE QUEM NUNCA SE VIU NA FRENTE, NA MAIORIA DAS VEZES
Um dos gestos mais lindos da área de Saúde, é ver o profissional cuidando com carinho, de pessoas que ele nunca tinha visto antes, com a mesma dedicação como se fosse de alguém de sua família. “Trate sua profissão com muito amor, porque se você estiver fazendo, e se dedicando com amor, você vai estar mandando tijolinho pro céu”, confidenciou ela, este recado da mãe, dona Neiva, quanto a grandeza dessas atitudes.
Em diversos momentos da entrevista, Jéssica pediu que todos façam a sua parte no cumprimento das medidas de prevenção ao coronavírus, seja por amor a própria pessoa, ou no mínimo, pelo próximo!
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