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ANDERSON VALÉRIO E O FUTSAL FEMININO

Com ele, cidade ganhou o merecido destaque e hoje, é reconhecido mundialmente 

2022-12-24 às 09:26:31) Uma entrevista especial, nesta véspera de Natal: Anderson Valério de Oliveira, treinador de Futsal, Feminino e Masculino, mas acima de tudo, reconhecido em todo o Estado, como aquele que acreditou na potencialidade que poderia existir, à Telêmaco, sua cidade natal, em se tornar referência na modalidade, no caso com as atletas. A Associação Desportiva de Telêmaco, depois de alguns anos, criada, é atualmente, a equipe que ele tem dedicação total! O impulso veio, à categoria, após trazida por ele, a Capital do Papel, sediar em 2014, a Liga Nacional de Futsal Feminino, no Furtadão.

Ele também é treinador da Confederação de Futebol de Salão do Brasil.

 

DE ONDE VEIO AQUELE QUE SE TORNARIA – HOJE - TREINADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA?

“Eu sou nascido aqui em Telêmaco Borba, em 25 de março de 1980. Quase que nós fazemos aniversário juntos, eu e a cidade (Dia 21 de Março). Meu pai era um desportista. Ele me levou para o esporte. Se hoje eu sou um profissional de Educação Física, um pós-graduado, sou mestre em Educação Física, tudo isso foi porque a minha família me incentivou a estar dentro do esporte”. Ele ia com o pai, jogador, nos acampamentos, Antas, Mandaçaia, no Joia, e nos campinhos da cidade. Na quadra do Socomim, lembra que quando criança, jogava com o Seu Nivaldinho, da Vila Osório: “Era outro lugar que a gente achava grande demais... realmente é uma quadra grande”.

Seu Valério faleceu em 2007. Anderson foi para a Unimar – Universidade de Marília -, entre 2001 e 2005, e lá, muita despesa, e seus pais o ajudavam no que podiam, e ele também achou uma forma de se alto-auxiliar, com trabalho, “e o que eu sinto, é por meu pai não estar presente fisicamente em algumas conquistas, porque com certeza ele iria ficar muito feliz e muito orgulhoso”.

A mãe, Dona Maria das Mercês, sempre incentivou, sempre acompanhou: “Eu e meus irmãos. Meus irmãos sempre estiveram no esporte”. Eles são o Emerson, Lígia, Rafaela e Everson. O último, foi atleta dele, e bastante dificuldade, porque quando se tem um familiar na equipe, o cuidado deve ser redobrado, evitando... “oh, tá jogando porquê é irmão do treinador? Mas não... ele tinha muita capacidade, e muita qualidade”. Era, às vezes, até mais cobrado, justamente pelo fato de ser familiar e não despertar críticas devido a isso. “Acho que a cobrança foi até um pouco exagerada, mas no sentido de preservar ele, também”. Quanto às irmãs, perguntando como elas lidam em ver o irmão, sendo escalado para a Seleção Brasileira, sendo campeão, disse que na verdade, até ele mesmo, não tem a noção (em termos de grandeza e talvez, que gere orgulho, vaidade), mas sim, isso fica latente, quando, estando em viagens por exemplo, internacionais, desde 2013, as pessoas comentam, o parabenizam, como foi a conquista na Argentina, semanas atrás: “Acho que Deus prepara essas coisas, justamente para que a gente saiba como lidar com isso!”. Complementou a ideia: “Eu tinha um sonho, talvez, de ser um técnico do time de minha rua”, explicando as particularidades. “Ai de repente, eu poderia ser o técnico de meu bairro. Ai daqui a pouco eu posso ser o técnico da minha cidade. Ai eu posso ser técnico do Estado, daí, você ser técnico do Brasil? Eu tive essa oportunidade”.

 

A ESPOSA JOSIANE, UMA SUPER PARCEIRA

“Não teria como ser diferente, porque em virtude do Futsal Feminino, esse ano, nós andamos mais de 25 mil quilômetros... É muita coisa.... é muita coisa!”, além de ter que editar e entender as partidas que se sucederam. A Jô, como é chamada carinhosamente, foi atleta, e citou que em 1992, eles estavam juntos lá nos Jogos Escolares em Piraí do Sul. Ambos tinham 12 anos! Ele, jogava vôlei, e não esqueceu ela, mas lá na frente, os caminhos se cruzaram de novo! Hoje as viagens são mais longas, “mas sempre que pode, ela me acompanha”, pois ela também tem o emprego a zelar.

  

TRAJETÓRIA

Em 2005, iniciou como voluntário na Prefeitura, e como professor, foi oportunizado no Colégio Positivo. Depois, passou no concurso em 2009 da Prefeitura, como professor de Educação Física.

“Realmente, a história do Oberekando e do Futsal Feminino em nossa cidade, se cruzaram lá no início, e como você disse, de maneira muito positiva. Em 2014 foi quando a gente teve a oportunidade de sediar aqui em Telêmaco Borba, a liga Nacional, e realmente, a partir daquele momento, eu acredito que nós viramos a chave, dentro do nosso projeto, dentro da modalidade e dentro de nossa cidade, porque ali nós sediamos um evento nacional, com presença dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso. Eram equipes que vieram e tiveram a oportunidade de conhecer Telêmaco. Porque que eu digo que à partir dali mudou... virou a chave para Telêmaco Borba? É muito difícil para contratar atletas no Futsal Feminino. Têm poucas atletas que jogam neste nível A ou B, que a gente chama, e às vezes a gente ligava para alguma atleta, e vamos jogar e elas perguntavam aonde... aqui em T.Borba! E ai o pessoal perguntava...aonde é, Telêmaco Borba?” Quando elas vieram, através do evento, em 14 equipes, elas puderam, conforme Anderson, conhecer a cidade, o ginásio, perceber o cuidado e o carinho que a população tinha com a modalidade, prestigiando os jogos, vindo ao ginásio, e tudo ficou mais fácil.

Num momento mais adiante da conversa, comentou que já teve oportunidades de ir para outras cidades, e até outros países, mas crê que sua missão seja mesmo em Telêmaco, “fazer o esporte, fazer a cidade ser reconhecida”.

 

OQUE SIGNIFICA PRA VOCÊ, O FURTADÃO?

“Eu nasci na década de 80, e eu lembro do Furtadão, ainda com o piso de madeira, com tábuas atravessadas, e principalmente, com alguns eventos esportivos, e o carnaval”. Lá por 87 e 88, lembra do Interbairros, e sempre participou, se dizendo um atleta, com sua modéstia, mediano, “e eu tinha o Furtadão, como um templo!”. Destacou que quando criança, via a estrutura do ginásio, como enorme, e com o tempo, talvez pelo fato de sempre estar o utilizando, e a idade vindo, essa noção do passado se vai, mas “é no Furtadão, que tudo acontece!”.

O ginásio melhorou muito, mas ainda enfrenta problemas, mas isso, tem que se levar em consideração a sua estrutura, que foi dos anos 80. Ele imagina que os problemas de goteiras estão em vias de serem solucionados, e elogiou toda a reforma e inovação, como piso, vestiário e arquibancadas, recentemente recebida. Para ele, “o Furtadão representa a história esportiva da cidade e de várias modalidades. “Eu lembro aqui a cidade sendo sede de Jogos da Juventude, Jogos Abertos na década de 90. Muitas gerações passaram por aqui e pra mim é uma alegria enorme ter  trazido para o ginásio, eventos nacionais e internacionais”, ao lembrar que nele já estiveram as seleções do Uruguai, do Chile, da Argentina, da Colômbia. Clubes do Uruguai, masculino, que já vieram aqui... enfim!

 

A GRANDEZA DA NONA FINAL DA OURO PARANAENSE

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O Paraná hoje, é o Estado que tem, conforme ele, a maior competitividade dentro do Futsal Feminino, com Telêmaco, Cianorte, Londrina, Pato Branco, Maringá, Colombo, Guarapuava, dentre outras, e quatro disputam a Liga Nacional, que são TB, Londrina, Cianorte e Cascavel, sendo esta última, vencedora de tudo!

Muitos falam... que de nove ganhou duas, “eu digo assim, que esporte de rendimento, tem que chegar na festa. Veja, tivemos a Copa do Mundo agora... o que é chegar na festa? França e Argentina!”. O ganhar e perder depende muito de como está no dia, e como amanheceu, dentre outros aspectos, analisou.

 

TALENTOS DESCOBERTOS E OPORTUNIZADOS

Diversas atletas passaram por Telêmaco, pela ADTB após fundada, e se destacaram em outros locais, e atualmente, brilham até em outros países. Aqui também, foram descobertas por ele, que citou, por exemplo, no caso de Rarine Betim, hoje no Kuwait: “Nas categorias de base, o esporte é um trabalho de inclusão, que é trazer a criança para o esporte. Hoje nós atendemos 100 meninos por um projeto federal, o ‘ADTB Para Todos’, apoiado pela Sudat e pela Klabin, e um projeto estadual, apoiado pela Copel, com o mesmo nome, ‘ADTB Para Todos’”. Estes, sem custos para as crianças, no contra turno escolar, e ganham o uniforme. Ter um filho profissional: A família por vezes tem somente isso como foco ao colocar um filho, mas se ganham valores ali inseridos, como viver em grupo, a educação, a socialização, o cumprimento de regras, o cumprimento de horários, a disciplina, o bem-estar, o que o esporte desenvolve no corpo, que é o desenvolvimento humano! “Se vai sair uma Rarine, não é o objetivo!” Rebate o que escuta por vezes, de só Rarine, de TB, quando aqui estava, jogando no profissional, mas explicita que o funil é muito estreito e que é muito difícil hoje chegar a ser uma atleta nível ‘A’, na modalidade.

Outro caso citado foi de Emily, que está brilhando na Espanha: “A Emily veio de Paranaguá, fez todo o final do Sub17 conosco e daqui pra frente, espetacular! Várias atletas que passaram por aqui, hoje jogam em alto-rendimento e levam o nome de Telêmaco, mas acima de tudo, este é o papel que foi desenvolvido”. 

Citou, no masculino, João Lucas, que é o filho de Camarguinho, o elogiando, e que iniciou aos sete anos com Valério e aos 9, ele o encaminhou ao Coritiba.

 

PILOTO DE FUSCA NA VNT?

A prática do automobilismo, no VNT (Velocidade na Terra) é uma forma de preencher um espaço e aproveitar para descansar, devido ao atropelo de quadra e gestão, sendo o stress muito grande. Quando viu a inauguração do autódromo na cidade, percebeu ali uma válvula de escape, e “temos que envolver a Jô ai. Perguntei: Jô, o que você acha?” Hoje, segundo ele, são mais de 20 pilotos na cidade, sem contar os pioneiros, que TB têm brilhando. “Têm muita pauta!”

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A estreia de Anderson foi em novembro, em Ponta Grossa, e de 9, ficou em 5º, na categoria TCP (Turismo Clássico Paranaense). “Fui muito bem recebido por eles. É uma galera do bem, é uma galera muito alto-astral, e a gente têm se dedicado a isso!”. O Fusca 79, tem uma particularidade, “porque é o ano de nascimento da Jô”. 

Numa homenagem à Samuel Carneiro do TBEsporte (CLIQUE E ACESSE), Anderson pontuou também a importância da imprensa esportiva, e seu lindo trabalho, e relembrou três nomes, ícones, que fizeram a história de Telêmaco Borba, no Jornalismo Esportivo, e que não estão mais entre nós, que são o Maca, Jair Neves e Carlos Alberto Mery”.

A entrevista foi encerrada com a saudação de Natal, e ele a fez: “Na realidade, o meu agradecimento às atletas, apoiadores, patrocinadores, aos familiares dos atletas, das atletas, todas as crianças da Escolinha, todas as meninas da Escolinha”. Desejou ele um Feliz Natal e um ano de 2023 de muitas realizações.

Como surpresa, a entrevista em vídeo traz uma mensagem de gratidão de Rarine, à Anderson!

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