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A PARÓQUIA SÃO PEDRO E SÃO PAULO NOS 9 ANOS!

Padre Sandro comentou de sua vocação e trabalho em Telêmaco

2023-04-01 às 08:48:16) Que alegria ao Oberekando, celebrar os nove anos de atuação, entrevistando o padre Sandro Maciel Candido Ferreira, que é administrador paroquial (pároco) da Paróquia São Pedro São Paulo, que se localiza na Área 2, em Telêmaco!

Ele nasceu em Ponta Grossa, no dia 20 de setembro de 1973 e é filho de Cliceu Hass, e In Memorian, Amélia Cândido Ferreira.

Ao ser perguntado de onde vem a inspiração para a Palavra, o momento de celebração, e logo à seguir, encerrados os momentos espirituais, a forma tão amiga, espontânea e a acolhedora com todos, disse: “Penso, e não é de hoje... a minha história na igreja... eu comecei muito menino, como coroinha, e vinham vários padres que eu achava formidável o jeito de ser e tudo mais, mas uma das coisas que eu olhava para as pessoas, e me preocupava muito, ... a religião era uma coisa muito tensa, parece que a gente estava com um peso, com um fardo. Não! Eu procuro fazer para mim e para os outros.... Deus é maravilhoso, então não precisa você ficar sofrendo!”.

Outro ponto, é usar ele, de palavras simples, e estar junto ao povo, quando vê, que Jesus assim também sempre fez, e o Carisma Diocesano é “Ser bom pastor a exemplo de Jesus”. Ser de Deus, é sério, mas, é leve! Comentou que “hoje na nossa história, Jesus é Simão Cirineu. Ele está nos ajudando! ‘Olha, eu estou aqui com você todos os dias até o final dos tempos’. Estamos tranquilos, e não estamos órfãos! Estamos na alegria da presença de Deus! Simples, assim”. Foi lembrado neste aspecto, as recomendações de São João Paulo II quando papa, que ressaltava que os adolescentes e jovens, não poderiam perder a alegria e bons costumes de sua época ao adentrarem à igreja.

 

 

JOÃO PAULO II: ELE SE PERDEU E POR ISSO, PASSOU AO LADO DELE, QUE GANHOU UM TERÇO

“Eu tive a grande graça de estar com o papa João Paulo Segundo quando eu era piá ainda”. Na beatificação da Madre Paulínia, em Florianópolis, era ele ainda do seminário menor, e quem recebera credenciais para estarem mais próximos do papa, eram os seminaristas maiores (em termos de graduação de estudos e formação no seminário, existe a divisão menor e maior), mas, em um encontro que tiveram, na hora de passar num dos corredores, o papa se perdeu: “É Deus agindo, não é? O papa passou, nos cumprimentou, pegando na mão de cada um de nós, dando o terço, que fora bento por ele.

 

VOCAÇÃO: NA CATEQUESE, O INÍCIO... MAS SER BOMBEIRO NÃO SAIA DE FOCO

 “A minha infância, eu venho de uma família de pais recasados”. É de um lar com fé católica e a grande devoção à Nossa Senhora Aparecida, dele, é herança de sua mãe. Em sua época, com nove anos, a catequese fazia-se em dois tempos (anos), sendo um a preparação para a Primeira Eucaristia e mais um, para a Crisma. E ainda na turma da catequese, “já me convidaram para ser coroinha e daquele momento em diante não parei mais com o desejo (de ser padre). Mas, o primeiro desejo não era ser padre não... nem pensava nisso! Talvez nem tivesse acesso a isso também, não é? O meu primeiro desejo era ser bombeiro, porque em Ponta Grossa nós morávamos ali no Bela Vista, e nós morávamos na frente de uma fábrica de doce, ou de bala, não sei o que era aquilo, mas aquela fábrica vivia pegando fogo e ai aquele movimento de bombeiro de todo que é lado, e os bombeiros, quando o fogo era muito ‘medonho’ eles não ficavam jogando água na fábrica (apenas), eles jogavam água nas casas. Primeiro pediam que os moradores saíssem das casas! E eu achava aquela situação de salvar as pessoas e apagar o fogo, assim, coisa mais linda do mundo! Então eu queria ser... bombeiro!” Nos encontros, retiros, e situações de encontros da igreja, nos corriqueiros questionários sobre o que você quer ser quando crescer, tinham lá as duas opções, e ele colocou, os dois! E ai, após isso, “começaram a mandar cartas, mensagens, e tudo mais, e foi interessante que ao invés de apagar o fogo, agora eu tenho que acender o fogo do Espirito Santo nas pessoas”. Sorrindo, diz: “É o bombeiro ao contrário, né?”.

 

FAMILIA CONTRA?

“A minha família, quando eu contei da decisão de ser padre, todos eram contra. Todos! Todos! Ninguém era a favor! Porque? Porque no meu tempo, criança trabalhava, e não era crime e nem pecado, e olha bem, graças à Deus, toda a nossa geração, demos pessoas do bem. Certas coisas devem ser repensadas!”. O pai dele, vendo que o filho estava já trabalhando e recebendo um afável salário, chegou a lhe perguntar: “Mas você vai deixar sua vida, tranquila, pra pedir esmolas pros outros?”.

Ficou 10 anos no período de formação, no seminário: “E o apoio de minha família eu fui ter, apenas no final do oitavo ano, foi aonde eu recebi o ministério de leitor, que dai eles viram que a coisa era séria mesmo, não é?”. Confessou ter sido uma grande alegria, pois via seus amigos recebendo os familiares no seminário e felizes, enquanto que a dele, o questionamento se ele não iria sair de lá! “Só que ai, cada um tem um tempo, e eles tiveram o tempo deles também!

Ele entrou no seminário no dia 31 de janeiro de 1990, mas informou que antes disso, ele já tinha tido a oportunidade de ir em 1988, mas seria nos Sacramentinos, que eram religiosos: “O padre foi lá, falou com meu pai, ouviu discos antigos (LP, de José Mendes). Então ouvi lá com o pai, e o padre marcou até o dia para eu ir pro seminário! Meu Deus, quando esse padre saiu de lá, mas eu levei uma coça... mas uma surra... mas uma surra daquelas! E era assim, não é! Em nosso tempo a gente obedecia os pais... Você não vai, e pronto!”.

Já, nesta vez em que ele entrou, o pai deixou claro que não proibia, mas era contra! E com o tempo... “mas Deus foi trabalhando no coraçãozinho e mente deles, e no dia da ordenação foi só alegria!”! A ordenação foi de três amigos, e o pai dele lhes disse: “Olha, não sei o que vocês vão fazer, mas o convite é por minha conta... os três!”, citando o padre, o passo que fora dado. Ele foi pro seminário de 14 para 15 anos.

 

O COZINHEIRO DA CASA

Ao elogiar a mãe como exímia cozinheira, e ela, Deus já a chamou, disse ser o cozinheiro da casa, e ao ter três irmãs, e mais um irmão, “a mais velha da casa se chama Josiane, depois sou eu, e ai a do meio, a Adriane, e o outro menino, Eleandro, e por último, a Margarete”, com bom humor disse que se juntar todos, não dá meia dela (Mãe), em questão de cozinha. Se esforçam de no final de ano, terem férias juntos, e na hora das refeições, brincou ele, ficam todos disfarçando, e acaba que ele é quem vai ao fogão.

 

A CHEGADA DE SANDRO NA SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Ele informou que fora surpresa, tanto à ele, e acha, para todos, pois “nós estávamos vivenciando ainda o tempo da reclusão pelo Covid. Até hoje ainda não foi decretado o fim da pandemia, mas já estamos dentro de uma normalidade. Nessa época o bispo também estava doente, e ele estava fazendo tratamento, mas ele estava numa situação assim, então foi por decreto”.  Diz, mais à frente: “Na verdade, era pra eu ter vindo fundar esta paróquia, porque eu trabalhava antes de ir na São Sebastião, minha paróquia antes daqui, na cidade de Ventania e Piraí do Sul. Então eu fui fundador da Paróquia de Ventania, e o bispo naquela época falou que precisaria fazer uma nova paróquia em Telêmaco, ‘então o senhor vai para lá!’”. Em 2001, ele vai para Ventania, e a fundação da São Sebastião, em 2004!

A paróquia de Telêmaco, quando o padre fora transferido, era para se chamar São Pedro, e ele, para ter chegado aqui, em 2007. Neste interim, o padre que estava antes em Ventania, teve, pois não estava bem, que retornar à sua terra, que era longe, e por isso, Sandro ficou lá, 15 anos, para depois chegar à Área 2.   Antes, em 2008, veio para a SP & SP, o padre Sílvio Mocelin, para fundar a paróquia. Disse: “Cheguei aqui meio assustado, porque eu não conhecia, aqui!  Até vim antes de tomar posse, conheci um pouquinho, e é uma realidade bem diferente da onde eu estava. Eu estava numa paróquia grande, no sentido da estrutura, um santuário, e tudo mais. Então, quando eu cheguei aqui, o pessoal estava dois três meses sem o pároco que era o padre Silvio”, e estando padre Albino, entende que enquanto não há uma determinação de quem irá ficar à frente da Administração Paroquial, se prefere esperar que este que venha, tenha suas decisões, junto aos paroquianos e especialmente ao Conselho Paroquial.

 

CONSELHOS E PASTORAIS

“O motivo de eu estar aqui, é fazer com que a Paróquia São Pedro e São Paulo, tenha identidade. Eu não me conformo, porque nós vamos fazer no mês que vem, 16 anos, e já estamos adolescentes, não é? Já tínhamos que ter identidade! Mas isso não é só em nível de paróquia, mas em nível de município também! Eu vejo assim, não classifico como maldade, mas a coisa não aconteceu. Quando se fala em paróquia, não se pensa na paróquia São Pedro e São Paulo. As decisões podem ter até nosso nome lá nas propagandas, mas nós não participamos de nada. Nós somos assim como – não temos a voz ativa, em nada -. Então isso tudo é o costume... poxa, a cidade conviveu tudo isso, e a nossa paróquia é Mãe, não é Irmã! Nós somos filhos de Nossa Senhora de Fátima. É uma coisa que eu também não entendo porque não aconteceu, mas não aconteceu, e não é só da parte do Poder Público, da parte da outra paróquia, mas é parte de nossos paroquianos também aqui! Quando a gente fala Matriz, eu entro em confusão porque nós estamos falando da matriz da nossa paróquia. Eu sou mandado. Eu não faço o que é de minha vontade e faço a vontade daquele que é o ponto de referência da minha paróquia, que é o bispo”. Independente do tempo que ficar em Telêmaco, a grande luta, ele afirmou, será por ver a identidade Paróquia São Pedro e São Paulo e isso não é concorrência com ninguém. Isso é apenas assumirmos aquilo que nós somos!”.

Lembrou que o Desfile do Natal foi exemplo bem concreto do agir como paróquia e elogiou o evento, dizendo que nunca tinha visto tal: “Eu achei formidável. Eu já trabalhei em outras cidades, e eu nunca vi isso!” Ele disse, que tanto nesta ação, como na reunião que teve neste domingo que passou, relacionado ao Corpus Christi, quer estar lá, não como a capela, mas sim, a Paróquia São Pedro e São Paulo. Aliás, ele falou com o Oberekando em Dezembro, e antes, no Corpus Christi, e nesta segunda ocasião, foi a oportunidade em que conheceu a Matriz Redentorista. Ele, mais adiante comentou: “Nós não somos concorrentes... é uma igreja só! É a Igreja de Jesus Cristo!”, explicando sim, que na dinâmica de evangelização, é que há as divisões de paróquias, e “cada um tem que ter a sua identidade, e nós temos que ter a nossa!”. Em Ponta Grossa, por exemplo, existem mais de 20 paróquias, e metade das paróquias da Diocese, nela estão!

 

RELAÇÃO PAIS E FILHOS

Comentado pelo entrevistador, que além de pautas comuns do Jornalismo, o Oberekando também tentou nestes nove anos, trazer reflexões aos corações, às famílias, foi pedido que ele abordasse sobre famílias, e das relações pais e filhos, e que, entre pais e filhos, reine, importante, a amizade, mas que jamais se sobressaia, o ser amigo, do ser pai e mãe, para que não se percam as rédeas da educação destes filhos.

Falou de uma relação muito estreita que teve com a sua mãe, e até porque nos momentos de saúde na infância, uma guerreira, “me catava e se mandava (para o médico) e isso criou uma intimidade muito grande e eu era muito amigo de minha mãe... mas, eu nunca deixei de cumprir aquilo que ela mandava. Para nós era pacífico. Eu não quero fazer isso, mas a mãe mandou... acabou a conversa! Mandou, mandou... pega e faz!”. Trouxe ele que ser pais é ter duas missões incutidas, que é ser pai/mãe, e educador e educadora”, e que as vezes só mostramos o pai educador, que é o não faz isso, não pode aquilo, mas é zelo, é o amor louco, e exemplificou os momentos que adolescentes e jovens chegam a ele dizendo que eles nem fizeram nada e seus pais já o repreenderam, e ele explica que o “só de imaginar... você não fez nada.... mas só de imaginar que você corre um perigo, ele tenta te proteger de tudo que é lado, e é pra te proteger!”. Deixou este recado: “Filhos, não se sintam perseguidos pelos pais, eles amam demais vocês, talvez do jeito deles, talvez não sabem expressar palavras, atitudes corretas, mas vocês são amados! Agora, o conselho que eu daria para os pais e mães, é que não fiquem só do lado do educador. Vocês não podem perder isso, é responsabilidade de vocês, mas Deus deu uma arma para vocês, que ninguém tem. Nem papa, nem bispo, nem padre... ninguém tem. Essa arma é o colo! Esse é ser papai, ser mamãe! Não é só corrigir, educar”. Para os mais grandinhos - adultos, não necessariamente no sentido literal, mas dizer a eles: ”Eu sou seu pai. Eu estou aqui do seu lado! Eu te amo. Eu te protejo. A pessoa tem que se sentir, não só cobrada, mas ela tem que se sentir amada!”. Quando falado, assim como aconselhava padre Leo (In Memorian), da Canção Nova, que se precisar, mesmo adulto, peça colo aos seus pais, Sandro disse que teve contato com ele, na Casa Betânia, em Castro, e que seus paroquianos de Pirai eram diversos, colaboradores da Casa dele, e com ele, teve a oportunidade de celebrar duas ou três vezes, a Eucaristia, na Paróquia Santana. Ainda quanto ao relacionamento pais e filhos, quando algo não dá certo e existe um descaminho de um filho, o pai sempre se cobra, aonde foi (foram – pai e mãe), que ele errou, por mais que tenham feito tudo certinho, dado amor, educado, dado de tudo, materialmente e espiritualmente, e não se conformando, por vezes, tentam defender, assumindo a culpa dos próprios filhos: “É simples assim... o que significa isso? É o amor! Deus fez a mesma coisa conosco!”

Nossa conversa foi encerrada com convite a todos que visitem a Paróquia São Pedro e São Paulo. Deixou um caloroso abraço também ao confrade, padre Primo! Uma reclamação, como forma de bom humor, foi do calor que é Telêmaco, mas que tem trabalhado muito e isso ele gosta, e que está sendo muito feliz na cidade!

Toda Quinta-feira, das 20:15 às 22 horas, pelo FACEBOOK DA PARÓQUIA, que é retransmitido pela Rádio Vale do Tibagi, assista ao programa Filhos e Filhas de Deus. Outro momento, e diário, é o Evangelho do Dia, com o Padre Sandro Maciel.

Antes de se ter iniciado a entrevista, dois amigos deste jornalista que aqui escreve foram encontrados: Doreodo e Paulo Sérgio, ambos diáconos paroquiais.

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