Queridos, eles são pioneiros da Rua Vereador José Osório de Camargo, a sempre Rua Paraguai
2018-07-11 às 00:03:00) O casal Nilce Bueno de Lima (79) e Idê Lacerda (72), pioneiros da Rua Vereador José Osório de Camargo, a sempre Rua Paraguai, foi o entrevistado pelo site Oberekando, desta terça-feira. Primeiros a terem telefone na vizinhança e ai, a fineza sempre, de deixarem ou que fizessem ligações de sua casa, ou que ligassem para eles para se falar com os parentes, além de com uma rural, o primeiro veículo da Rua, nunca se furtar, Nilce, de transportar pessoas em emergências, como ao Hospital, por exemplo, além de serem proprietários da mais antiga mercearia que existiu na rua, e da mesma forma, sempre terem um coração bondoso com todos. Outro fato foi o de serem romeiros e coordenarem romarias à Aparecida, tão conhecida como Aparecida do Norte.
Nilce saiu inicialmente para um ano e nove dias de quartel, indo para Ponta Grossa. Em seguida, Rio Negro o esperava. Lá, o jovem da área rural das Gaias, que pertence à Tibagi, foi para a construção de estrada de ferro, mas em seguida, foi enviado para chefiar o rancho da tropa. Resistiu a vários pedidos do comandante para que engajasse: “Eu não posso ficar, porque o meu pai fica muito nervoso!”, rememorando à necessidade de voltar para as Gaias. Dentro de um ano, veio apenas uma vez passear na casa.
Idê, natural do Alto do Amparo, município também de Tibagi, veio para Telêmaco, ainda Cidade Nova, em 1955. Entre ter morado nas proximidades da Serraria Socomim, próximo à serragem, entre as ruas Monteiro Lobato e Rui Barbosa (atualmente) e o Alto das Oliveiras, mudou-se com os pais aos 15 anos para a Rua Paraguai quando seu pai comprou o terreno e construiu a casa: “Ficamos enrolando uns cinco anos, quando a gente se casou eu já tinha dezenove anos!”, disse ela, confirmada pelo esposo.
Mais um fato dos muitos positivos da época em que o “Seu Nilson”, como assim era e é ele chamado, quando tocava a mercearia, era que como se vendia de tudo, também tinha os aperitivos do balcão, e não se via as brigas como eram vistas em outros estabelecimentos. Ele conseguia apaziguar as situações de alguns mais exaltados depois de alguns goles!
Também quanto à mercearia, e devido a entregas de compras no KM 28, Miranda e outras localidades, alegra-se em afirmar que “os piás cresceram, graças à Deus, trabalhando já. Quando tinham idadinha, já iam levar compra!”, disse a mãe de Edison Bueno de Lima, Eliete, Edivaldo, Edenilson e Sílvia.
RELIGIOSIDADE
Ela dizia que devido aos compromissos - de 40 anos atrás do balcão -, quando as crianças ficassem grande, se dedicaria à igreja. Sempre pessoa de fé inabalável, mas isso ainda mais se concretizou, sendo ela do Apostolado da Oração, Pastoral do Batismo, zeladoria de capelinhas, “e agora, desde 2005, graças à Deus eu sou Ministra da Eucaristia!”.
ROMARIA À APARECIDA: 46 anos de romaria à Aparecida, e um número ficou gravado: O ônibus 85 da Vinsa, era o grande xodó para essas viagens. Mas as coincidências não param por ai. O número do ônibus também foi o ano em que as excursões se iniciaram: 85, ou, 1.985! Idê lembra que nos primeiros anos da romaria, tratava-se de peregrinação ainda mais latente, pelas dificuldades que se enfrentavam lá, com condições precárias das casas alugadas para se hospedar, e que não se levava, por exemplo, colchões, mas sim, acolchoados mesmos, dentre outras situações, como em Iguape, as casas cujos dos telhados se viam do pôr e amanhecer do dia.
O MILITAR CASA COM A PROFESSORA: Naquela época, Idê estudava, mas eram raras as escolas e ela via a necessidade e vontade de muitas crianças em aprender. Foi ai que ela fez uma boa turma de alunos e dava aula pra elas. De certa forma ela rechaça – por humildade - o ter sido professora, mas foi mais que uma professora, porque se doou em possibilitar Educação (Escolaridade) a pessoas que não teriam estas condições em anos tão raros a isso.
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