Ela fala da satisfação em ver a cidade se desenvolver e disse que em política não se serve a um grupo, mas aos anseios da população
2018-09-11 às 20:38:08) A vereadora Elisângela Saldivar teve um bate-papo com o Oberekando na tarde desta terça-feira. Diversos tópicos foram citados, como discriminação à mulher, fakes que atuam desvairadamente na cidade, e seus projetos no Legislativo. Ela é, neste mandato, a única mulher a ter cadeira na Câmara.
DISCRIMINAÇÃO
“Acredito que já melhorou bastante. Elas sofriam bem mais pressão. Eram tolhidas de certas atividades e vistas de forma diferente. Ainda existe, claro que existe, mas melhorou bastante. Também sou contra o empoderamento feminino que é tanto pregado. Acredito que a igualdade de gênero tem que ser predominante porque, creio que homens e mulheres, nós somos todos iguais, e nenhum é melhor que o outro”.
Ela disse que por vezes se sente, não discriminada, mas sozinha, no Legislativo, e nisso, certo isolamento, mas que o fato não a abate, informando como contraponto que existem também aqueles que a tratam de forma muito cordial. Sabe que o fato de estar ali, é pelo mesmo mérito de ter conseguido seu espaço assim como os demais e que cumpre seu papel de representar a população, independente de ser homem ou mulher.
POSICIONAMENTO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
É conhecedora que tomou decisões que marcaram sua vida política, mas não tornou-se refém de ninguém. Explicou: “Agi da forma que eu achei que era correta. Paguei e estou pagando o preço, mas continuo batendo nessa tecla que jamais serei refém de alguém!”.
Elis reconheceu que teve algumas “batidas de frente” com a Administração, no começo da gestão e analisou: “Cometi muitos erros. Eu vinha de uma gestão e eu me achava pertencente a um determinado grupo e eu aos poucos fui percebendo – como eu falei ontem na tribuna (da Câmara em sessão) – que a política não é um jogo de futebol onde existem duas torcidas e um se sagra vitorioso. Percebi que a política não é um time, e as pessoas que fazem parte da linha de frente devem unir forças e fazer o melhor para unir a população e pensando no coletivo e não no individual”.
Quando viu que a população estava contente com as ações que o prefeito Márcio estava fazendo, explicou que percebeu que a errada estava sendo ela, e disse que é “bem mulher para reconhecer quando erra”. Isto e outros fatos fizeram com que ela revesse e que estava tomando uma postura totalmente diferente do que as pessoas queriam dela enquanto vereadora.
Exemplificou as ações que estão sendo feitas na Saúde, também da regularização fundiária com 751 famílias atendidas, e a atenção ao Jardim União, revitalizado: “Se eu for falar pra você que eu estava certa e a Administração está errada, eu vou estar sendo hipócrita e mentirosa, e isso eu não sou!”. Saldivar comentou que por este fato existem muitos julgamentos entre a população de que ela se vendeu, ganhou cargo: “Gente, não ganhei cargo, não preciso de cargo! Não prometi nada pra ninguém!” falou que a conduta dela como vereadora, no entanto, e suas lutas, continuam sendo as mesmas, “mas hoje eu falo pra você que estou disposta a caminhar junto com a Administração, não em troca de beneficies, mas pela população de Telêmaco Borba”.
FAKES
“Tenho sofrido na pele esse tipo de coisa e acho lamentável isso!”. Elis citou que no último final de semana postagens (de fakes) chegaram até a verbalmente, agredir o filho dela: “Não mecha comigo, na parte que mais dói”, ao relatar a família.
Quarta mais votada nas últimas eleições, disse que está indo aos seus eleitores, e explicando seu posicionamento e seu apoio à Administração, e tem se surpreendido com a receptividade. Isso sim é avaliado por ela como positivo, em detrimento de outros fatores, como postagens que tentam mostrar panorama adverso disto.
PROJETOS
Desde que assumiu têm apresentado projetos, uns aprovados outros não, de relevância e que tragam efeito para a população: “O que eu apresentei ontem (10/09) foi um projeto em relação às pessoas ostomizadas que são aquelas que precisam usar a bolsa de colostomia”. Por ver, quando estava no Centro de Especialidade; as pessoas com essa necessidade, também observou delas serem olhadas de forma diferente, com maior atenção, no sentido de ter maior acessibilidade e a banheiros específicos para que possam depositar os dejetos da bolsa. Além dessa bandeira da saúde a qual ela está mais atrelada, tem outras lutas, como defesa da causa animal, e apoio a Amahteb, e neste sentido, adiantou que tem um projeto que está no forno, que visa castração de animais, e adoção solidária. Pavimentação que são pedidas e todas as demais reivindicações ela informou estar atenta: “Nossa missão é legislar em prol da população, olhando como um todo!”.