Artista de Telêmaco comenta de seu trabalho, da obra e temas atuais
2020-10-30 às 16:25:24) Um bate-papo com Vanuza Magdalena, escritora e artista, que completou no último dia 06, seus 20 anos, foi feito a exata uma semana. Quem é ela? Nascida como Katlin Lohaine Medeiros Machado, acima trata-se de seu pseudônimo e nome social.
NOMES: DE REGISTRO E O ARTÍSTICO
Ela disse que já considerou ser jornalista, por isso é uma profissão que admira bastante. E confidenciou que na verdade, nunca se identificou muito com o seu nome, mas a razão dele, é para ser parecido com o nome da irmã, Keyti, “que foi ela quem escolheu. É um nome bonito, mas eu me identifiquei muito com Vanuza, por ser um nome de significado, e eu sou muito apegada a simbolismo, então, quando eu me tornei escritora, decidi que queria um nome que representasse a minha personalidade. A Vanuza, em si, significa mulher de esperança e independência, que são duas características que busco presar. E justamente pelo meu nome de registro ser composto, Katlin Lohaine - Lohaine foi escolhido pela minha mãe -, eu decidi que meu pseudônimo seria também composto, portanto eu escolhi Vanuza Magdalena. Eu não mudei meu sobrenome, porque eu amo meu sobrenome, e minha família é uma das coisas que eu mais me orgulho. Magdalena eu escolhi pela personagem bíblica. Eu venho de um lar cristão e sou entusiástica em Teologia. Eu sempre achei Magdalena uma personagem com quem eu podia me identificar, porque ela foi uma mulher à frente de seu tempo, assim como Débora e tantas outras. Ela foi muito corajosa e por isso eu resolvi fazer esta homenagem”.
SEU GOSTO PELA ESCRITA E ARTE
Ao comentar de sua trajetória literária, relembrou o lançamento do livro de João Vitor S.de Oliveira, ‘A Família Mügle’ aonde naquela época estava trabalhando já em sua ideia principal, que ficou engavetada, Louder Than Bombs, “que significa mais forte do que bombas”, que conta de um romance atemporal, entre jovens adultos, e que se passa no passado, presente e futuro, e é uma narrativa a respeito de vivências de jovens e adolescentes, sobre os problemas do cotidiano: Família, religião, amor, e drogas”.
De um livro, ela pensa em transformações na sua obra à Graphic Novel, um HQ, em quadrinhos, pois ela se vê apegada à Artes Visuais.
Katlin inclusive, teve até mesmo desejo em cursar essa área, e em seu atelier, tem feito quadros, desenhos e ilustrações, para editores, para outros autores. Ela também prepara roupas estilizadas, baseadas nas histórias de seus autores. O contato aos interessados, pode ser por sua página no Instagram: @vanuvidivici
O OLHAR DE VANUZA MAGDALENA: AMAR TB E POLÍTICA
Quanto a arte brasileira, a entrevistada, ao ser perguntada, disse vê-la num processo de evolução, justamente por essa transição de uma geração a outra. Katlin atualmente, também compõe o projeto Amar TB, de um grupo de artistas locais. O intuito deste é levar a arte, discuti-la, e promover eventos com este viés. Este está aberto a aspirantes a artistas e também veteranos.
“Eu acredito que a arte está totalmente correlacionada com a sua visão de mundo e o seu posicionamento político, porque a política assim como a arte, é o que constitui a nossa vivência. É uma coisa que não podemos evitar, mesmo que pessoas digam política ser chata, e não gosto de falar”. Citou o francês Jean-Jacques Basquiat, como seu inspirador e que por mais simples que pudesse ser em determinadas obras e até rabiscos, sempre se via seu posicionamento político. Outra inspiração artística dela é Artemísia, que disse a entrevistada, “tinha opiniões muito fortes por ela ser mulher e por ter vivências femininas, e por ela sofrer como uma mulher que buscava ter voz e dar voz às mulheres... a quem era como ela! ”.
FAMÍLIA, E ALÇAR SONHOS QUE SE TORNAM REAIS
O pai de Katlin, Altair de Jesus Machado, é um dos seus maiores incentivadores, desde os desenhos da ainda criança, que ele guardou todos. Um novo artista está nascendo na família, quando se trata de Heitor Lourenço de Lima, enveredando pelo lado da música. Ele tem 13 anos: “O quão longe a gente vai chegar, depende do quão alto a gente sonha. Então nunca deixe alguém dizer que um sonho é alto demais, que um sonho é ilusório, que é bobagem. Nunca! Nunca deixe alguém dizer como deve ou não fazer, como devem ou não vestir! É claro, regras existem para serem seguidas, mas nunca deixe alguém colocar limitações na maneira com que você se expressa e como você se ama, e como você ama o mundo também! ”. Neste sentido, volta a importância da família, e do diálogo: “A transparência entre as pessoas importantes, que são seus familiares, seus responsáveis, é o primeiro passo para você alcançar a liberdade que você almeja! ”.
E A PANDEMIA?
Para encerrar a entrevista, respondeu o que significa a ela, este momento de pandemia, e disse que mesmo que sua opinião possa não interessar ao restante do mundo, é o tempo da humanidade repensar suas atitudes, “porque todas as oportunidades foram nos dada, e a natureza fala por si só”. Citou um autor brasileiro indígena e a relação com a pandemia, e que esses, ainda têm a natureza, e que esta natureza, pede socorro, “e que o Covid veio da natureza, porque foi um mecanismo de defesa dela, e eu acredito”. Pensa que o Covid19 possa ser um grande abismo para a humanidade, mas também, um grande ponto de impulso, “onde nós vamos reconhecer nossos erros e começar a agir diferente. Não apenas a sociedade, mas também nosso governo”.
A mãe da entrevistada chama-se Elizabete Medeiros Machado, e seus irmãos, Patrick e Keyti.
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