A diretora do Cmei Menino Deus contou de sua trajetória e gratidão a todos que a tornaram possível
2020-10-15 às 17:14:42) Em Curiúva, na manhã desta quinta, a entrevista com Silaine de Oliveira Mainardes, se resume em uma homenagem a todos os professores desta cidade. O bate-papo foi com a diretora do Cmei Menino Deus. Ela, nascida em 03 de fevereiro de 1982, é formada em Pedagogia e Geografia, e tem Especialização em Educação Infantil, Educação Especial, Educação do Campo, Neuropsicopedagogia e Libras.
"Iniciei minha trajetória como professora concursada em 2002 em Barro Preto, município Ventania, casei passei a morar em Curiúva mas ia todos os dias de moto para Barro Preto atuei nos dois períodos como professora, pedagoga e diretora da Escola Juscelino Kubitschek. Em 2011 fui chamada no concurso de Curiúva onde passei trabalhar um período na Escola Marias de Lourdes Travensolli e outro pelo estado como professora de Geografia. Desde 2012 a 2017 atuei também na APAE de Curiúva como professora e depois pedagoga. Em 2017 fui chamada no outro concurso da prefeitura de Curiúva atuando atualmente a 3 anos como diretora do CMEI Menino Deus."
PROFESSOR EM PLENA PANDEMIA... ENSINAR E APRENDER!
“Para nós, é uma tarefa árdua. Nesta pandemia, a gente viu os professores, dois meses com os alunos, e agora nesta pandemia, a gente teve que se reinventar: Os professores aprendendo a recursos que antes não tinham noção, para agora, poder dar aquela aula interessante, para aquele aluno ficar atento. Ser professor é uma gratificação para nós. A gente vê a dificuldade, mas também a imensa gratidão! ”.
Também como mãe, vê das dificuldades aos pais, para a realização das atividades na casa, bem como também aos professores, para darem o feedback que tragam entusiasmo aos alunos, neste momento. Algo que já estava previsto a acontecer na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) “que eram as competências digitais”, o uso da virtualidade e internet mais incisivamente no aprendizado, de uma hora para outra, se viu toda a rede de educação, disso se apossando.
SUA VIDA E A LIGAÇÃO COM A ARTE DE SER PROFESSORA
Quando nasceu, foi o início da carreira no Magistério, de uma de suas tias, a professora Zeni. “E ai, sempre acompanhando ela. Morava no sítio, na zona rural, aonde eu fiz a quarta série com a dona Wilza. Com a professora Zeni, estudei o primeiro ano, pois não tinha pré naquela época, para que pudesse depois estudar com minha tia”. De Wilza, disse da imensa gratidão. Ela era professora do Barro Preto, no Sapé, região de Ventania.
De primeira à quarta, teve em classes multisseriadas, e neste caso, quando o aluno se esforça, acaba se destacando, e ajudando a professora, e assim foi com Silaine, que ajudava a titular a corrigir caderno, tomava tabuada, “e eu vejo, que em meu caso, eu comecei a ser professora ali”. De quinta a oitava série, estudou no Barro Preto, e lá, a professora pediu a ela que ajudasse na escola. Lá estava dona Wilza novamente. Por sua vez, a entrevistada ajudava a fazer o lanche, também a limpeza. “Vinha uma gratificação para a professora, e ela repassava para a pessoa que ajudava”. Aos 14 anos, lá estava ela trabalhando, mas não se esquece, que também ía brincar na hora do recreio. Vê com alegria alunos daquela época, assim como ela, pais de família, e teve já a chance de dar aulas para filhos de alguns destes. “Naquele período, dos 14 aos 19 anos, eu fiz o Magistério (que havia em Ventania) e estagiei naquela escola (Barro Preto)”. Dentre as professoras desta época, e que destacaram-se no coração dela, e são já falecidas, Vilmara e Rosane.
Os irmãos eram, nas brincadeiras de criança, os alunos desta, que aos 20 anos, acabaria de fato, vendo seu sonho tornando-se realidade, como professora. Comentou-se também do montante, no passado, que as professoras tiravam do próprio bolso, para adquirir material pedagógico, como livros e demais recursos. Ela fez muito isso quando em Ventania.
Além dela, suas irmãs, Sandriele – Na escola estadual de Barro Preto, e também Telma, que trabalha na Apae e Suelen e Samira, todas em Ventania, estão atuando no Magistério, e recebem, em família, especiais saudações neste dia. Ainda em família, relembrou seus avós e o estímulo que tanto deram, para que se despertassem intelectualmente, e crescessem, como assim o foi.
GRATIDÃO PELA EQUIPE DE TRABALHO, À SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E À FAMÍLIA
Ela agradeceu o empenho de toda a sua equipe no Cmei ao qual dirige, e fez questão de frisar que se trabalha como a um time, e que isso é fruto dos êxitos alcançados. Também, foi saudada a secretária municipal de Educação, professora Claudete Assunção, pelos avanços alcançados e liberdade de trabalho que dá, a todos dentro da sua alçada. Uma das ações foi o Cmei Semeando Saber, concluído e hoje em funcionamento. Já, na instituição que ela leciona, são 150 alunos, de 4 anos, e este local é recente.
AOS PAIS: Uma saudação foi feita aos pais de Silaine. Ao pai, que já está no céu, a lembrança que ele se esforçou muito pela formação dos filhos, e sempre a dedicação, quando não tinha transporte, e ele levava os filhos pra escola. Ananias de Almeida Mainardes faleceu fazem três anos. A mãe, “sempre com filhos pequenos e sempre atenciosa com todos nós!”. Lembrou dos tios e tias, da Tia Zeni, a professora, e do apoio de todos os familiares.
DA FAMÍLIA QUE ELA FORMOU, destaque para as filhas Sarah e Sofia e também ao esposo Sérgio Alves Ferreira: “Minhas filhas desde muito cedo nas escolas também, com a gente em reunião”. Fez menção a muitas vezes não estar tão presente com elas e com o esposo, justamente pela dedicação ao trabalho, que não é tanto uma opção, mas verdadeiro amor à vocação de ser professora.
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