Homenagem ao Pioneiro e esposa, é comemoração aos 76 anos da cidade
2023-10-26 às 08:02:43) O comerciante, proprietário da Casa dos Calçados, Moisés Pereira Machado, é um dos pioneiros de Curiúva, e nasceu no dia 05 de maio de 1940, tendo então, 83 anos. A entrevista, sempre que especial, é gravada com antecedência, e foi no dia 16 de outubro. É com sua história da vida real, de trabalho, amor à família e honradez, que homenageamos os 76 anos de Curiúva. Sintam-se, por ele, contemplados todos os demais pioneiros curiuvenses.
O QUE É CURIÚVA PARA O SENHOR?
Respondendo o que significa para ele, a cidade de Curiúva, disse, que coisas boas: “Eu nasci e me criei aqui e acho que desenvolveu bastante. Gosto de Curiúva. Acho que tirando Telêmaco, foi uma das cidades que mais se desenvolveu na região. Cidade boa, cidade pacata, sempre foi bem atendida pelos nossos prefeitos”.
A LOJA
“Eu comecei em 63, 64. Eu comecei no Caetê, e em 1965, mudei para cá. Fregueses dele, além de curiuvenses, vem também “de Figueira, Barro Preto, Sapopema, e vendo muita bota, muita botina”.
A Casa dos Calçados fica ao lado da Secretaria Municipal de Educação. Ele é muito estimado pela população, e sempre tem amigos que vem até ali, para colocar a conversa em dia, como é o caso do amigo Odinei de Souza.
CONQUISTA DO CORAÇÃO DE DONA IOLANDA
Ao explicar como conheceu a sua alma gêmea, Dona Iolanda Milléo Machado, respeitada professora aposentada, de 87 anos, disse: “Foi em 61, 62! Ela é mais velha que eu, quatro anos. Foi um baile aqui na ARC (Associação Recreativa Curiuvense). Se conhecemos ali num baile e ai se achamos ali e namoramos”. Após, marcaram o noivado, e depois de um ano, no dia 19 de janeiro de 1963, os pombinhos se casariam. Da música que marcou alguma fase do início do relacionamento, confessou ele não se ligar tanto, mas ela sim, e que guarda ainda CD´s, como de Roberto Carlos, que a professora, tanto gosta. Aliás, pela data da gravação, um dia após o consagrado Dia dos Professores, nossa especial homenagem a Dona Iolanda.
A FAMÍLIA
Ele tem um filho, que é o engenheiro civil, Willian Milléo Machado. O filho dele, neto do entrevistado, Wendell, também seguiu os passos do pai, estando, com sucesso, na mesma profissão. Além de Wendell, Willian teve as filhas Agnes Tiane Pereira Machado, casada com Thiago, que tem o filho Gustavo, com 13 anos. Também, Ariane Pereira Machado, casada com Rafael, importante cirurgião dentista no litoral catarinense, e eles tem a filhinha Valentina, de 6 anos.
Com orgulho, e não pra menos, ele disse da neta Agnes é doutora em Química, e reside em Santa Catarina. Já, da mesma forma, dando alegria ao avô, Ariane é advogada.
FAMÍLIA DE ORIGEM DO ENTREVISTADO
Moisés nasceu no bairro chamado Pau Lascado, que fica a uns quatro quilômetros do centro. Ele é filho de Alfredo Ferreira Machado, que nasceu perto de Itararé; e Onorina Pereira Machado, de Curiúva. Ele faleceu no ano de 1979 e ela, em 1996.
No total, eles tiveram dez filhos, incluindo Moisés: Vivos são Tereza, que reside em Curitiba. Elas estão todas viúvas! Também, Beatriz e Marli, que residem em Curiúva, e Juarez. Já, falecidos, Sidnei e Nice. De forma bem humorada, perguntado qual foi o irmão que pela mais recente vez, ele arranjou uma desculpa para tomar com ele um cafezinho, citou João Hermes, que trabalha na Sanepar, em Curiúva.
Após lembrar situações fofas com as netas e o neto, também o fez, com fatos que fizeram a cidade ter grande multidão de público, falando da vinda da dupla Milionário e José Rico, sendo que o palco foi aonde hoje se localiza o campo de futebol, ao lado do pátio da Prefeitura. Já, de momento de tristeza aos curiuvenses, recordou ele, das 29 pessoas mortas, queimadas, na época do grande incêndio, após frio com geada, no grande incêndio que atingiu o Paraná.
COM A PALAVRA, A SEMPRE PROFESSORA IOLANDA
Ao final da entrevista, a alegria da palavra de Dona Iolanda: “Eu corri o município inteiro, ai, fazendo exames de final de ano... aquele tempo fazia, não é? Corrigindo as provas! Ia pra Figueira, fazer exames nas escolas. Era eu a primeira que entrava dentro do carro para fazer os exames nas escolas”. Ela iniciou no Alecrim, depois foi à Sapopema. De Sapopema foi à Areia Branca e depois, veio ao Taboão. “E depois passei para o Estado e ai, vim pro grupo, aqui em Curiúva”, aonde ficou na cidade. Confessou que tem muitas saudades, e que tem noites que sonha que vai dar aulas. Ela só teve a formação Primária, e depois foi que fez a Regional, encerrada em 1963.
Quanto à Curiúva, só gratidão: “E eu amo muito minha cidade! Jamais sairei daqui!”. Ela nasceu no Taboão, localidade de Curiúva. Como no dia anterior à entrevista, era o Dia dos Professores, foi ela visitada por uma de suas ex-alunas, a Regina: “Vim visitar minha professora”, replicou Dona Iolanda, a forma dita pela amiga, que passou de sua aluna, inclusive, à sua professora, na Regional.
A relevância de Dona Iolanda à Educação da cidade pode ser medida pelo fato de que, já aos 14 anos, fora nomeada para lecionar na localidade rural do Alecrim. Registrada não podia ser, por ainda não ter alcançada a maioridade!
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FELIZ 76 ANOS, CURIÚVA!
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