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SEU ÉRCIO GASQUES RELEMBRA CAMINHADA
SEU ÉRCIO GASQUES RELEMBRA CAMINHADA

Legado iniciado na capela das Cem Casas, Família e o corintiano de carteirinha

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2021-07-08 às 13:07:47) E ontem foi dia de relembrar uma Telêmaco que, com o novo nome, dava seus passos de cristandade católica, e um dos paroquianos da Matriz Nossa Senhora de Fátima que muitas pessoas perguntam... aonde anda ele? Nascido em Ibaiti em 17 de outubro de 1942, mas que chegou na Capital do Papel no ano de nascimento deste jornalista, em 1965, trata-se de Ércio Gasques.

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Como fora o primeiro presidente da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a capela das Cem Casas, convidamos também para participar deste bate-papo, Terezinha dos Santos, atual coordenadora da Comunidade.

“Legado dele, não é? Não só eu, como todos os fiéis de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com certeza, sabem que não foi um pouquinho... foi muita coisa que ele deixou pra nós”, disse inicialmente, Terezinha.

Ércio disse: “É uma coisa de intensidade pensar que quando nós entramos aqui, ... nós mudamos para esse bairro no dia 03 de janeiro de 69. Tinha uma pracinha nesse lugar aqui, que às vezes as crianças nem podiam brincar porque era só de terra e cheia de mato ainda!”. Em seguida ele foi convidado a participar da Legião de Maria, e a primeira reunião, ele acha que fora na casa de Sr. Arlindo (In Memorian), inclusive, pai de Francisco (in Memorian), esposo de Terezinha, aonde em cerca de três meses depois, o padre Miguel Lundy o nomearia presidente da LM.

Depois disso, começou-se a pensar aonde seria construída a capela do bairro, que segundo o entrevistado, já se tinham tentadas de duas a três vezes, e com isso, iniciaram-se a organização das festas para arrecadação de fundos, que com muita dificuldade, eram feitas na Escola Conselheiro Zacarias, e ai, pedido ao prefeito Dinizar Ribas de Carvalho um terreno para a capela, primeiro se cogitou aonde hoje é a quadra de esportes.

“E aconteceu que houve a visita do bispo D. Geraldo Pelanda, porque naquela época, iriam acontecer as missões aqui na cidade, e ele disse ‘se vocês não fizerem três capelas grandes, não vai ter missões’. Ai a gente correu atrás, sabe. Juntamos toda nossa equipe aqui das Cem Casas e a gente visitou de casa em casa, e cada família se comprometeu a contribuir com uma certa quantia durante dois anos, e nós conseguimos dar um suporte. Naquela época o pároco era o padre Raymond J. Welthman (Raimundo). E ai com o apoio que nós demos, a gente conseguiu construir essa capela, a do Socomim e da Bela Vista”. Disse que levaram uma certa invertida, porque naquela pressa, o projeto do telhado não saiu muito bom, e antes de começar as missões, ele caiu.

Terezinha lembrou que a filha mais velha, Paula, por vezes ficava com Dona Maria, esposa de Ércio, enquanto ela cuidava da sogra, que estava enferma. Da estrutura da capela, informou que o madeiramento, doado pela Klabin, ainda é o mesmo, e também as telhas, persistem. Depois de casada, ela veio morar aonde hoje se encontra e que o matrimônio dela e Chico, foi celebrado pelo padre Raimundo. Ela, juntamente com a sogra, ia nas casas ajudar a receber os carnês.

O madeiramento, disse, está bem danificado, e que durante a pandemia, pelos cupins, foi devorado muito equipamento, especialmente da cozinha. Foram gastos, segundo ela, mais de 100 mil reais para esta reforma, e não foi tirado fundos, pois se contou com a contribuição dos fiéis.

 

O CRUCIFIXO ERA A MARCA

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Alto, magro, e sempre com um crucifixo, que acabava sendo um chamativo daquele assíduo cristão, em todos os eventos católicos da paróquia: “Aquele crucifixo eu ganhei em fevereiro de 1971. Eu fiz o segundo Cursilho de Jacarezinho, e lá eu ganhei aquele crucifixo. Então ele virou a minha marca, porque eu já levava a sério a minha religião, a minha fé, e ele era a coisa externa, e que mostrava, e as pessoas passaram a me conhecer por duas coisas. Eu ganhei um boné, aquecido, da Irmã Rute * (Irmãs da Santa Cruz - Diretora por muitos anos, da Escola Paroquial), porque a gente ai às vezes de manhã cedo, com geada, indo pra fábrica”.

 

LEMBRANÇAS...

Ao comentar o Oberekando que as procissões e demais celebrações e a participação nestas, dos familiares, foram os moldadores de caráter da geração adulta de hoje, no qual ele também, assim como Terezinha, tem esse bonito legado, Ércio lembrou: “Em 69 quando nós chegamos aqui, aconteceu a primeira (celebração da) Quaresma”, e nela a primeira via-sacra de rua, e ele dirigiu essas, por 31 anos. “Nós tínhamos vias-sacras aqui com 150 pessoas, e eu acredito que umas 100 pelo menos eram juventude, adolescentes e crianças, e a gente fazia questão que eles lessem uma estação, que ajudassem, e então isso moldou essa criançada... eu tenho uma boa lembrança!”.

 

AH, EU NÃO ME ENGANO... SEU CORAÇÃO É CORINTHIANO!

Todos que o conhecem, e à sua família, sabem de sua paixão pelo Corinthians, e perguntado de onde vem essa torcida que ele já passou aos bisnetos, disse que foi também, de seu pai. Uma nota aqui, é que Wanderlei, na época de seminário, na passagem dos anos 70 para 80, tinha o apelido de corintiano.

Ele disse que essa história começou quando o Timão foi campeão do Quarto Centenário de São Paulo. E como aquela época se torcia escutando rádio e ele tinha descendência espanhola e da mesma forma a origem do time, e assim ele se tornou um torcedor. Essa competição fora nos anos 50.

 

FAMÍLIA

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São seus filhos, Wanderlei, Vanderli, Vilma Sandra, Silvana Maria e Ângela Maria, e Ercio Júnior, que é falecido.

“Se você não tiver o apoio da família, e uma família que trabalhe junta e unida, é difícil das coisas acontecerem. Eu me lembro de muitas pessoas que até faziam esforço”. Citou como um dos bons exemplos, dona Catarina, sogra de Terezinha. “Se a gente não unir a família, não se consegue fazer muita coisa!”. Foi comentado que hoje, devido às leis de proteção às crianças, se tem certas precauções na forma de corrigir os filhos, porque se mal interpretadas por vezes, isso pode acabar em denúncia ao Conselho Tutelar, e das muitas mudanças nesse sentido, e que a forma de cuidar dos filhos, deve ser temperada. Ele relembrou as reuniões com os quatro filhos mais velhos, quando ainda eram crianças, toda a semana, aonde se lia o Evangelho, e em seguida, eles falavam do que não estavam gostando, e os pais tinham também a palavra, “e um cedia pra cá, o outro cedia pra lá, e a gente se entendia, e a vida continuava”. Estando, claro, inserida no diálogo, também Terezinha lembrou que de tudo que fora falado neste sentido, acrescentado: “Esta é a maior prova de que os pais têm que caminhar junto com os filhos”. Como profissional da Educação, e psicopedagoga, também fez ponderações da importância em torno do Eca (Estatuto da Criança e do Adolescente), do esforço das equipes que procuram o melhor desempenho, mas do respeito às determinações que vêm de uma hierarquia maior por muitas vezes, e o número, em vários casos, insuficientes de profissionais nesse setor, com alta demanda de trabalho.

 

O LEGADO CONTINUA!

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Em relação ao local que hoje mora, Pontal do Sul, disse que foi levado por outras pessoas, e de forma bem humorada responde a quem lhe pergunta como ele lá foi parar, que não sabe. Lá, também desenvolve um bonito trabalho com a comunidade católica, que agora, devido a pandemia, diferenciado, e que também foi afetado depois de um acidente que teve. Antes, no entanto, de chegar a cidade litorânea e se apresentar ao pároco e à Irmã Cecilia, se colocando à serviço; morou nos Estados Unidos, e lá, não foi diferente, e o Padre Clemente, aos chefes dos Gasques quando de lá estavam saindo, ele os falou: “Vocês vão para um lugar aonde estão precisando de vocês!”.

Ao finalizar a entrevista, uma mensagem à família, e a gratidão a esposa Maria, expressada por Ércio: “Porque a Dona Maria lá em casa foi mãe, era a enfermeira, a cozinheira, era a psicóloga. A Maria era formada em Economia, porque a economia da casa era da Maria. Então essa caminhada, juntos, foi importante, senão a gente não chegava a lugar nenhum, e aquilo que eu fazia ela apoiava, e aquilo que ela fazia eu apoiava também. A gente nunca bateu de frente, e sempre, um apoiava o outro”. Os filhos e descendência seguem o mesmo formato ensinado pelo pai. Ele se emocionou ao citar Ariana, filha de Júnior, que especial, é muito mais especial que fisicamente, ao coração deles, um anjo colocado por Deus no caminho da família. Na Mensagem a comunidade de Cem Casas, especialmente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, disse: “Principalmente esta comunidade, que foi o alicerce de nossa caminhada!”, ressaltando sempre o trabalho em união, e que todos deixam saudades,  e sem esquecer aqueles que já faleceram.

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Na foto, com a filha Silvana e a atual coordenadora, Terezinha.

Terezinha deixou também sua mensagem à sua família, a agradecendo, especialmente pela compreensão em entender o esforço da mãe nas causas da comunidade. Quanto ao povo de caminhada, disse: “Os fiéis são fiéis mesmos, sabe!”, os agradecendo por tanto carinho nesses seis anos que ela encerrará frente à coordenação.

Depois de terminada a entrevista, Ércio disse a esse jornalista que no dia 30 de julho serão completados 57 anos de casamento com a dona Maria Aparecida de Oliveira Gasques, e fez uma confidência, com uma quebra de regra, que no caso deles, não foi Santo António, o santo casamenteiro, e sim, São Pedro e São Paulo, porque foram exatos 58 anos de namoro que se completaram no dia 29 de junho, ou seja, dias atrás!

 

NOTA DO EDITOR: Como ontem (08/07), fora dia de aniversário de Osório Flauzino da Cruz, amigo de Ércio e com legado precioso ao coração de hoje pais e avôs de família, no sentido de fé cristã, pedimos ao entrevistado, licença para inserir aqui, homenagem um dia após, a este, que sua vida toda tem dedicado à Cristo: Dois ícones! Na foto, Osório com a esposa Idalece e a sobrinha Marli.

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CLIQUE AQUI E ASSISTA (VIA FB) A ENTREVISTA COMPLETA!

 

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