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ROSELENA L. FRANCO: UMA VIDA PELA APAE E EDUCAÇÃO
ROSELENA L. FRANCO: UMA VIDA PELA APAE E EDUCAÇÃO

Com muito mérito, sua trajetória de dedicação é aqui explicitada

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2018-03-07 às 23:26:34) A professora Roselena Lopes Franco, que nesta sexta-feira recebe, mais que merecidamente, por parte da Câmara Federal dos Deputados, e também da Assembleia Legislativa do Paraná, nas dependências da Fateb, Moção Honrosa pelos 40 anos de dedicação às causas da pessoa com deficiência, sendo ela diretora da Escola Especializada São Geraldo, a Apae de Telêmaco Borba, concedeu entrevista especial, como também pelo Oberekando, uma singela homenagem pelo Dia Internacional das Mulheres.

 

INÍCIO NO COSTA E SILVA

Sem levar esta reportagem especial a um espectro pessoal, mas este jornalista teve o acesso às primeiras letras, justamente quando era diretora na Escola Municipal Marechal Artur da Costa e Silva, Roselena Franco. Naquela época, mesmo antes de iniciar a vida escolar, a mãe deste jornalista, Maria Nair Oberek, era zeladora do Costa e Silva, e tanto este que aqui escreve, como sua irmã, Edivane (casal de gêmeos), iam para também ajudar sua mãe nas tarefas simples do seu ofício, como tirar o pó das carteiras ou coisas assim. Isso, às 6 horas da manhã e sempre, o fazendo com toda a alegria! A referida viagem ao tempo se dá por volta de 1971.  A sensibilidade da diretora em entender a necessidade de que as crianças tinham que ir com a colaboradora, a dedicação desta comandante do time Costa e Silva que sempre solicitava os afazeres das funcionárias com tanta educação, já mostravam que o caminho desta jovem profissional seria assim delineado: De sucesso! Nascida na Harmonia, e de uma família de seis irmãos, sendo a caçula entre as duas filhas mulheres, conta que seu pai mostrava um diferencial, e destoando das práticas machistas por vezes exacerbadas daquela época, deu a ela uma chance rara, pois foi ele seu primeiro instrutor, fazendo questão que ela aprendesse a dirigir automóvel: Esta é apenas uma mostra da gratidão enorme que ela tem pelo pai carinhoso, de sempre, e que da mesma forma, era com toda e toda a família!

 

A HOMENAGEM COM MOÇÃO

“Eu fico até emocionada, realmente. É uma coisa que acaba me tocando muito, porque me leva há uns anos atrás, de como começamos aquilo. Foi ali no Costa e Silva mesmo, discutindo e percebendo a necessidade de uma educação diferenciada a alguns alunos cujos pais procuravam o ensino regular, e que já não cabiam dentro de nossas propostas. Então surgiu deste grupo, deste pessoal, a necessidade de uma escola especializada e um local onde essas crianças pudessem ser atendidas”.  Ela enfatizou a dedicação da irmã Catarina (Congregação das Irmãs da Santa Cruz, responsável também pela Escola Paroquial, por muito anos). O primeiro local de funcionamento da escola fora um pavilhão abaixo do Senai (que possa ser o antigo Salão 2, da igreja católica). Roselena lembra que era algo novo, até mesmo para elas e a nível Brasil, pois não havia esta ligação tão próxima de escolas Apaes uma da outra, ou elos tão fortes com secretaria de Educação, por exemplo, como a estrutura atual. “Nós íamos trabalhando com as necessidades das crianças, com o pouco conhecimento que nós tínhamos!”. Uma das, também referências, além do relevante trabalho que estava sendo desenvolvido, era a experiência compartilhada de Irmã Catarina, quando citava que dentro de sua família, seu irmão John, tinha deficiência, recorda-se Franco. “Acredito que Deus realmente está preparando tudo e a gente vai gradativamente crescendo”, referindo-se àquela equipe. Tal eficácia ela atribui também à sua equipe Apae de hoje.

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ESCOLA PAROQUIAL E APAE, NO SÃO FRANCISCO

Era uma estrutura simples, mas que funcionava muito bem, aonde foi enviada a Apae, ao Bairro São Francisco, bairro hoje com tanta facilidade de acesso, porém, naquela época, quarenta anos atrás, a realidade era outra. Um empecilho no entanto, quando chovia era o excesso de barro. Para esses anos, um telefone que facilitava muito a vida, e veio para a escola, com a singeleza da direção, acabou sendo útil à toda a comunidade. Desde esse tempo, com mérito a lembrança, a professora citou que a Vinsa dispôs, gratuitamente, veículo para o transporte dos alunos.

Os deficientes auditivos foram com o tempo, trazidos pela freira, para a Escola Paroquial, formando assim um centro de atenção específico à eles.

Na vida da diretora, a chegada do filho, Luiz Geraldo, reforçou o trabalho: Hoje o dia dele, que tem 40 anos, ganha ainda mais alegria quando vem à escola: “O mundo dele é totalmente ligado aos amigos da escola, à professora. Então a vida dele, se falar vamos à escola, é o caminho preferido e a realização dele no dia a dia, pode ter certeza!”

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FAMÍLIA: Com satisfação, ao ser perguntada de sua infância, lembra que teve sempre uma família muito boa, muito bem estruturada. Confessa que pelo fato de ser a menina mais nova da casa, foi bastante paparicada: “Pelo que falam, eu sempre fui muito tranquila, equilibrada e sempre muito ‘grude’ com a mãe!” Já, na família que ela constituiu, uma consonância e o entendimento em torno do filho Luiz Geraldo, que ela vê como centro da casa, mas com atitudes que ele mesmo conquistou, pela docilidade e participando, dentro de sua realidade e de seu mundo, ativamente de todo o contexto familiar. O filho Luiz Guilherme, dez anos a menos que Geraldo, ganha todo carinho da dedicada mãe, e tem tamanha compreensão, desde sempre! Do esposo, dispensa comentários, tal lindo laço.

PRIMEIRA PAIXÃO E ETERNO NAMORADO: Um bonito fato é que a jovem Roselena, ao fazer o que na época era regra que primeiro se concluísse os estudos, teve seu primeiro namorado. Primeira e única paixão, que alegria ser ele o esposo Jair, seu sempre companheiro. Ela casou-se entre os 22 e 23 anos. São 45 anos de vida matrimonial.

A homenagem que a professora Roselena receberá amanhã (09), partiu por parte da Assembleia Legislativa do Estado, do deputado Plauto Miró, e da Câmara dos Deputados, de Luciano Ducci.