Uma cidade com parque de máquinas devastado, que necessita de novo começo. As parcerias e a relação com o Legislativo, Klabin e Telêmaco Borba
2021-01-23 às 10:33:34) A entrevista trazida neste sábado é com a prefeita de Imbaú, Dayane Sovinski Rodrigues.
Empresária, casada, entre muitas reuniões no desafio de colocar novamente a cidade nos trilhos, conseguiu um tempo em sua agenda para atender a este Site.
“Quero fazer uma gestão transparente e esclarecer dúvidas, tanto de jornalistas, como da população. Atualmente, assumi também a pasta de Obras, então além de prefeita, sou também secretária de Obras. Nós estamos enfrentando momentos difíceis, até fiz um vídeo esses dias atrás (CLIQUE AQUI E ASSISTA, VIA FB). Nesse primeiro momento a população tem que nos dar um crédito de um tempo, para que possa estar; junto ao Governo do Estado, reivindicando recursos e estar – eu nem digo reiniciando, mas, iniciando. Nós não temos condições nenhuma de tocar a Secretaria de Obras. A Secretaria de Saúde já está em melhores mãos: O Dr. Roberto Amatuzzi tem uma experiência muito grande. Já foi secretário, já foi diretor da Regional de Saúde, e estará assumindo em poucos dias, após finalizar os trâmites com o Estado”.
Ela comentou da formação das demais secretarias, hoje reduzidas a seis, das quatorze que antes existiam. Sovinski também assumiu uma terceira incumbência, que é a Secretaria de Urbanismo.
O QUE FOI ENCONTRADO?
“A gente sabia de que forma estava Imbaú, pelos reflexos na cidade, mas nunca imaginaria que os equipamentos e maquinários estariam nas condições que estão”. Ela acredita que não havia conhecimento quanto às manutenções preventivas e corretivas, e nem mostravam interesse em estar aprendendo. “Pegamos tudo sucateado e pouca coisa vai ter aproveitamento, até mesmo pela falta de manutenção preventiva”.
E QUANDO VIU A EXPLOSÃO DE VOTOS?
Ela respondeu que sua sensação foi de estagnação, ao ter recebido além do dobro dos votos do prefeito que viria a substituir, porque não achava que teria uma diferença tão estrondosa, com 2001 votos a mais, dos 1611 por ele conquistados. Empresária que é a maior empregadora da cidade, após a prefeitura, sabe que é ato até de coragem, ao não depender financeiramente da função de prefeita, ter assumido o Executivo, em prol do meu município “ao qual eu nasci e me criei e aonde Deus me prosperou, e acredito que todos nós temos que ter um legado, e o porquê de termos uma passagem por este mundo, e eu acredito que a minha marca vai ficar aqui! ”.
ALEGRIA PELA CHEGADA A VACINA, E TRÊS COINCIDÊNCIAS
A chefe do Executivo teve o prazer, sendo sua primeira formação, Farmácia, de aplicar a primeira dose da vacina de combate ao Covid19, em Imbaú. Explicou também, que fora a primeira mulher a se formar, na cidade, em Farmácia, “isso há 21 anos atrás”. A terceira marca, a primeira mulher a se tornar prefeita deste município. Confessou que enquanto aplicava a vacina, passou pela sua cabeça uma retrospectiva, do tempo da Faculdade, e que nunca imaginava ser política. O destaque às mulheres fora citado, com quatro prefeitas eleitas na região dos Campos Gerais, e três vereadoras, apenas em Imbaú.
RELAÇÃO COM O LEGISLATIVO
“Eu fiquei muito satisfeita com a formação da Câmara de vereadores. Acredito que a população soube escolher. São pessoas joviais também, (a maior parte), que têm vontade, que têm visão, que têm um pouco mais de escolaridade, e é isso que a gente precisa, que os vereadores tenham uma expertise em projetos e em algo que venha a agregar, e a me ajudar. Não é só me fiscalizar, mas me ajudar. Eles podem ser os meus olhos lá fora, não é? ”.
UM IMBAÚ DE POTENCIAL
O fato de localizar-se às margens de uma rodovia, nacionalmente movimentada, é fator a mais a qualquer cidade que assim seja, e é o caso de Imbaú, com a Rodovia do Café, a BR 376: “Até um dos motivos que me incentivou a sair candidata é o potencial logístico que Imbaú tem. Nós estamos num entroncamento, ainda mais agora com a pavimentação da PR 160, que liga Imbaú à Reserva. Imbaú não tem perfil econômico nenhum... nós não somos agro, não somos indústria, a gente não é pecuária. Quando Imbaú se desmembrou de Telêmaco, nós ficamos com toda a área rural, e Telêmaco ficou com os reflorestamentos e nós ficamos com os pequenos agricultores”. A extensão de 362 quilômetros hoje, conta com a maior gama de agricultura familiar. Dayane vê que a cidade tem que se desenvolver, pois hoje vive condicionada apenas do repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Atualmente a cidade tem a Pedreira Imbaú, que aliás é uma empresa do grupo da família da prefeita, “também a Batavo, a Guaíba, e umas duas ou três serrarias, e o comércio local, ao qual também é muito enfraquecido, porque a gente nem banco tem”. Neste interim, citou que estão adiantadas as conversações com o Sicredi, para futura instalação.
Sovinski anunciou também que já está em contato com o Sesi e com a Agência de Desenvolvimento para se implantar o quanto antes, um centro de distribuição logística na cidade, que se apoiará em sua estratégia localização. Não diferente de qualquer município, o que se pretende em Imbaú é a industrialização, mas a prefeita tem a verdadeira visão de que antes, uma série de melhorias em índices como aumento do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e na Saúde, precisam ser alcançados, e este é o objetivo.
RELACIONAMENTOS, COM A KLABIN E COM O PREFEITO MÁRCIO, DE TELÊMACO
COM A KLABIN: Disse que já foram dois contatos, e de forma muito acolhedora, e que a empresa se colocou à disposição para ajudar, assim como faz com os demais municípios, e em detrimento também, do Projeto Puma, que fica na circunvizinhança da cidade: A segunda maior fazenda da Klabin fica em Reserva, a qual nós somos uma passagem”. Já existem parcerias com a cidade, mas ela acredita que não era tão valorizada a ajuda que a Klabin dava: “Isto não era tão vislumbrado, e até mesmo nesta questão do centro logístico”.
“EU TENHO UM ÓTIMO RELACIONAMENTO COM O PREFEITO MÁRCIO, inclusive sou prestadora de serviço dele. A minha empresa de pavimentação, a Reis, durante todo mandato dele nós fizemos trabalhos lá, então, tenho um grande conhecimento com ele, que também é da área de Saúde. Acredito que vamos nos dar muito bem na chapa da AMCG”, ao qual ela foi escolhida como secretária. “E agora também estou pleiteando a presidência do Consórcio Caminhos do Tibagi, que vai comandar o aterro sanitário, e por o aterro ser no Imbaú, eu acredito que seja de extrema necessidade que eu tenha essa presidência, até mesmo porque é o meu CPF que vai responder por isso, e estou tendo o apoio dele em todas as formas”.
Enquanto empresária, a Pedreira Imbaú importou da Itália, a primeira usina gravimétrica do Brasil, e neste sentido, detalhou que há 30 anos já, na Europa não são usadas as usinas do estilo volumétricas. O novo produto é uma inovação para Imbaú e toda a região.
Durante a entrevista, ela fez questão novamente, de reforçar os agradecimentos aos eleitores que deram a ela uma votação histórica, e especialmente, a todos os imbauenses, pela confiança que depositam em seu trabalho, sem esquecer carinhosamente, dos seus familiares, que a estão apoiando neste projeto.
Ao final do bate-papo, fez recomendações a todos, que se previnam e usem álcool em gel, máscara e mantenham o distanciamento social, para evitar a proliferação do coronavírus.
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