Após 30 anos, a aposentadoria, mas muita experiência à disposição!
2023-07-20 às 16:23:12) A conversa, primeiramente agendada para o berço também do voleibol em Telêmaco, de tantas histórias, que é o Furtadão, mas, após, realizada no Mini-Centro, foi com o professor de Educação Física e treinador de vôlei, Sérgio Luiz de Souza, mais conhecido por Poyng.
Chegou o momento de sua regimental aposentadoria, após 30 anos de amor dedicados ao esporte. Nascido em 17 de maio de 1965, ele fala com o Oberekando sobre sua trajetória, e revelou também, que o apelido Poyng não tem uma explicação específica, senão, que recebeu durante seu período como escoteiro no Grupo Escoteiro Monte Alegre, entre seus 12 a 17 anos.
DESCOBRINDO O VÔLEI
“30 anos! Desde que eu fiz 18 anos, eu me identifiquei com o voleibol. Todo mundo faz a mesma pergunta pra mim, quando me conhecem! O vôlei iniciou em minha vida, eu estudava no Presidente Vargas. O primeiro ‘Jogos’ que eu fui, eu tinha 15 para 16 anos, foi com o handebol, com o professor Marcos Brousti, o professor Marcão, (que lecionou) muitos anos aqui em Telêmaco, e um excelente professor também, e comecei a treinar. Não tinha habilidade no futebol, não é, então, vamos trabalhar com as mãos! Fui pro handebol. Quando a gente retornou destes jogos, que foi em Castro, a professora Hilda, também, recente no Presidente Vargas, começou a fazer um trabalho com treino de vôlei, e eu fui, aonde ali eu me identifiquei, me apaixonei, só que eu estava com idade escolar terminando, ai eu continuei. Saí do Presidente para fazer o segundo grau (Ensino Médio), fui para o Wolff e continuei treinando, mas não jogando, e quando eu tinha 18 anos, eu comecei a entrar como treinador, ali nas Cem casas, um grupo de meninas, e pelas dificuldades da época, não podia se deslocar até o Furtadão. Eu morava no BNH e a gente conseguiu reunir quatro, cinco meninas e começou a fazer um treininho, pelo pouco conhecimento que eu tinha, e estava como atleta. E ali começamos, e essas quatro meninas se tornaram dez, e de repente, eu estava com quinze meninas ali”.
Como forma de homenagem a essas meninas, hoje, mães certamente, o nome de três delas que ele ainda lembra: “A Lilian Medeiros, a Vânia e a Daniele”, e a gratidão dele, a elas!
O conhecimento e a amizade com professor Neri Mangoni, se fizeram em 1995, quando ele chamou Sérgio para um amistoso. Neri na época, já no Positivo. Já, também este novo amigo, ajeitou para que Poyng pudesse apitar jogos com contra equipes de Ponta Grossa. Em 1996, como voluntário, mas adquirindo maior bagagem, foi convidado por Neri a o acompanhar treinando as seleções da cidade de TB. “Fui acompanhando, acompanhando, tanto treinos, como fazendo a parte burocrática, tanto a parte técnica, substituindo ele em treinos quando ele estava viajando, e a gente vai se tornando autodidata. Como eu tinha que me dedicar, e trabalhar ao mesmo tempo, naquele momento eu não podia fazer a faculdade”.
A TRAJETÓRIA, EPIGRAFADA POR ELE, CONFIRA ABAIXO:
1996 - Início com time de vôlei feminino nas Cem Casas
1998- Início do trabalho com o Professor Neri, nas seleções da cidade e Colégio Positivo
1998- Primeira vez que comandei um time Liga em Pirai do Sul, o time masculino, chegando numa final, quando houve tanto masculino como feminino, e pela primeira vez, campeão numa etapa, e dobradinha, tendo sido Neri, campeão pelo feminino
2005- Início de trabalho na Prefeitura na equipe do professor Neri como chefe de Divisão, e auxiliando nas seleções da cidade.
2006- Início de trabalho no Colégio Ideal, sendo na primeira competição, vice campeão na Macrorregional no Colegiais em Sertanópolis, e ficando entre os 5 do Paraná na fase final em Curitiba, num trabalho iniciado em pouco mais de três meses.
2008- Campeão dos Jogos da Juventude com o Ideal, Fase Regional, com o feminino: No Colégio Santana em Ponta Grossa, pela primeira vez, o confronto com seu amigo Ovídeo, e um clássico, pelas semi, entre Colégio Positivo e Ideal, e sendo campeões, na sequência.
2023- Últimas competições pelo Colégio Ideal e Prefeitura.
GRATIDÕES
Dois nomes, sobretudo, Neri Mangoni e Anderson Valério, foram destacados. Também, claro, o professor Ovídeo foi citado, entre outros.
Com Neri, “a nossa relação, sempre foi de amizade, primeiramente, e de profissional, e de, quase pai pra filho, porque ele me ensinou muita coisa. A gente quando começou não tinha uma cabeça muito certa, e ele foi me orientado, dando aqueles puxões de orelhas normais, que a pessoa responsável tem ali. Então, nessa parte de iniciar, de me dar oportunidade, e eu sempre ajudando ele, e ele sempre jogando claro comigo”, especialmente em que não o podia contratar, e sendo muito transparente nisto.
O trabalho prosseguia, e seu incentivador, sempre o cobrando de que teria que fazer faculdade, e isso foi se retardando! “Os percalços da vida... e porque eu ajudava meu pai no serviço dele, que tinha uma oficina, e eu sempre tentava mesclar meus horários de trabalho com meu pai, com meus horários de treinos, então, quando eu não estava com o professor Neri, treinando ou viajando, eu estava com meu pai até mais tarde, às vezes passava até de uma hora da manhã ajudando meu pai, nas minhas obrigações, mas nunca deixava um, para fazer o outro!”
Nos anos 2000 e 2001, deu uma parada do esporte, só auxiliando nas partes burocráticas. Deu continuidade após, e em 2004 Neri comenta com ele que tinha um projeto político. No interim, também treinos que aconteciam no Colégio Positivo, da equipe comandada por Neri, tinham Poing à frente por vezes, e mais um personagem que fora agradecido pelo entrevistado, o professor Nelson Ramos, diretor do colégio, “que sempre possibilitou minha participação, lá”, disse.
O professor Ovídeo, que estava na Escola Ideal, em 2006, teve outro importante papel na trajetória de Sérgio, porque com sua ida para a Positivo, deixou tal vaga em aberto. A professora Silvana Brasileiro então o convida, e lá estava, como voluntária, Hilda! Juntam-se, Silvana e Hilda, a esta lista de gratidão!
Em janeiro de 2015, o contato dele também auxiliou para a entrada no Positivo, do amigo Aldori Gaudêncio, que é natural de Figueira, e hoje brilha na Amavôlei de Maringá, claro graças à Mangoni.
A conquista da Regional dos Jogos da Juventude, pelo Município, junto com o professor Ovídeo, era o objetivo de 2018, e que foi, em Castro, alcançada! Tendo dado um intervalo de suas atividades na Ideal, aonde contou com a compreensão da professora Silvana, após, retorna aos dois. O ano foi de colheita da semeadura, pois com o Colégio Ideal, nos Escolares do Estado, tanto em 2018 como 19, chegaram às finais.
Durante a pandemia, eis que surge mais um nome no roll dos agradecimentos: Com Eduardo Diniz, da Diniz&Diniz, foi convidado a trabalhar com logística, e o que lhe ajudou, num momento em que tudo estava parado!
Neste período também, o professor Anderson Valério o estimula a fazer o Vestibular na Fateb, para Educação Física, e lhe concede, via parceria, bolsa de estudo, que costurada com projeto de vôlei para o Dom Bosco, a coordenadora Rosilda concede bolsa integral: “Consultei a Silvana (Ideal) e ela disse... ‘se é para o seu bem’... e ai, com mais de 40 anos, fui fazer a faculdade (de Educação Física). Falo que eu fiz faculdade por causa do professor Anderson! Sabe, sabe disso!
E a corrente do bem, ganha mais nomes, e trata-se de Samuel Carneiro, um baluarte na comunicação esportiva!
Nas coincidências, ou providências da vida, enquanto a entrevista acontecia, no Minicentro, chegaram lá os vereadores Jefferson Abreu e Antonio Marco de Almeida (Marquinho) para tratar de outros assuntos, e ambos, suas filhas, foram atletas treinadas por Poing. Eles registraram palavras de agradecimentos à ele! Quem também, lá esteve, foi João Alfredo Tibúrcio Netto, o professor Keko, que enquanto em sua gestão como secretário de Cultura, Esporte e Recreação, teve o homenageado, em seu quadro de servidores.
NO ENCERRAMENTO
“Pros pais, quero agradecer, todos, desde lá o meu começo! Os pais sempre me apoiaram. Me apoiaram de todos os jeitos. Pela confiança esses anos. Graças à Deus, de todos esses anos que eu viajei com o esporte, só aconteceu um acidente, e graças à Deus não teve consequência nenhuma. Quantas vezes os pais falaram que ‘só estou mandando porque o Poyng tá indo’”. Também às atletas, o carinho eterno, registrou ele, que já treina neta de algumas delas. Em geral, agradeceu a todos os secretários municipais que passaram pelo Esporte, durante sua trajetória.
A confiança em Deus é tudo, e disse, que meio cabeça baixa pela aposentadoria, mesmo com idade a colocar à disposição, fora na igreja, e lá, nada pediu, somente agradeceu. No dia seguinte, eis que uma porta aparece e poderá ser a chance de um novo projeto a este, ao qual Telêmaco muito deve, por seu legado e amor ao Vôlei!
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RELEMBRE:
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