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NÃO NOS É DADO O DIREITO DE VOLTAR A SER VILA
NÃO NOS É DADO O DIREITO DE VOLTAR A SER VILA

O advogado e historiador Dr. André Coraiola fez essa afirmação ao comentar a importância das eleições vindouras, à TB

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2024-08-15 às 08:02:44) Autor do livro “Capital do Papel: a história do município de Telêmaco Borba”, o advogado e historiador, Dr. André Miguel Sidor Coraiola, gentilmente aceitou ao Oberekando, comentar a chegada de mais uma campanha eleitoral, mas que desta feita, marcará novamente, os destinos da Capital do Papel.

“Estamos falando de cidadania, rememorar a história, para conhecer a história e compreender o presente, e poder realmente imaginar o que vem pela frente, porque a gente aprende, realmente, com a experiência dos outros. Isso é inteligência! Aprender com as próprias experiências é uma certa mediocridade e repetir os próprios erros é uma grande burrice. A gente aprende com a história, para não ter que reviver os erros dos outros, não é?”.

 

QUEM JÁ GOVERNOU TELÊMACO?

Ele lembrou que são quatorze os mandatos, as gestões municipais, sendo os prefeitos, a seguir: Péricles Pacheco, Euclides Marcola, Dinizar Ribas de Carvalho. “E rompeu esta tríade com os interesses mais voltados à Monte Alegre, e depois veio Carlos Hugo (Wolff Von Graffen), e depois dele, voltou aos interesses de Monte Alegre, com o Tranquelino (Dr. Tranquelino Guimarães Viana), depois voltou Carlos Hugo. Após, veio Paulo Cesar Nocera, que era daqui e foi o primeiro prefeito de fato, nascido na região de Telêmaco Borba, na região de Tibagi; depois, mais duas vezes o Carlos Hugo Wolff Von Graffen, novamente, que elegeu o Dr. Eros Danilo Araújo... elegeu que eu falo, apoiou, e o Dr. Eros foi prefeito por duas ocasiões. Na sequência do Dr. Eros, o Gibson (Luiz Carlos Gibson), por quatro anos, por um mandato, e na sequência do Gibson, Dr. Márcio, por duas ocasiões, cujo mandato dele se encerra, no dia 31 de dezembro deste ano, e dia 1º de janeiro de 2025 existe um novo mandato, que vai ser a 15ª legislatura de Telêmaco Borba, aonde realmente, vamos seguir a vida”.

 

“ELEIÇÃO É O MOMENTO DO JULGAMENTO”

O entrevistado vê toda eleição municipal como momento de julgamento, e vê que se tem que olhar os últimos mandatos, pelo menos dos últimos prefeitos vivos, e se estamos numa Telêmaco Borba estagnada, eivada de vícios, de escândalos políticos, de problemas crescentes e corrupção instalada, ou não, ou se estamos nos últimos vinte anos, disse ele, “em progresso constante, e estamos em momentos de desenvolvimento de patamares da Klabin que agregam ao orçamento do município, agregam uma receita orçamentária ao município, e o município vem fazendo seu papel administrativo em distribuir estes recursos, ao orçamento de obras coletivas, ou se omitiu de tudo”.

Na não continuidade, ele comenta que se é necessário entender se “queremos dar um cavalo de pau! Está tudo errado o que aconteceu pra trás, péssimo, então nós queremos uma nova liderança que mude isto tudo! Então a eleição é sempre isso! Sempre vai haver uma parcela da liderança política querendo a continuidade do status quo, e uma parcela de lideranças políticas da cidade, que legitimamente, e isso faz sentido, busque o espaço político, normalmente, ou apresentado novas ideias e se apresentando melhores, mais hábeis, mais inteligentes e mais sendo mais dinâmica que os atuais mandatários, ou batendo nos atuais mandatários, botando dedo crítico, mostrando aonde errou, para ter ganho político! É normal e legítimo isso... não tem nada de errado nisto”.

 

QUANDO UM COMPLICA O TODO

A ele perguntado se tivemos secretários, ou assessores, ou se temos, aonde de suas atitudes, recaem o julgamento de toda uma administração, ao mal, - e isto, do todo, devido a um -, disse que isso é normal aqui, ou em qualquer lugar. O governo é dinâmico neste sentido, o que pode se entender como possíveis de se darem, danças de cadeiras, e especialmente pela preponderância de um município com um orçamento anual em torno de 500 milhões de reais, entre os 20 maiores, no Estado do Paraná. O progresso urbano está largamente em aberto, possível devido ao grande território hoje, de mais de 90%, de reflorestamento. Por assim ser, é possível explicou ele, os investimentos dentro dos bairros, e bem como, recentemente feito no Centro Integrado de Segurança, referindo-se a união de orçamento e gestão. Se continua com o status quo, ou se muda para melhor, ou pior, é o momento do eleitor com a urna, no dia 06 de outubro: “ou eu continuo com essa linha de 20 anos, e julgo se ela linha é boa ou ruim, ou dou um cavalo de pau”, disse ele, enquanto estudioso do município, e historiador, analisando duas décadas.

Uma fala contundente dele, é que quem se propõe a dar rumo ao município, tem que ter aspecto e mentalidade de metrópole quando antes disse: “Não nos é dado o direito de voltar a ser vila”, ao remeter-se à Monte Alegre, Cidade Nova e a atual Telêmaco Borba.

 

IMPORTÂNCIA MICRORREGIONAL

“Ser prefeito de Telêmaco é ser líder de sete municípios, “ou mais”, pedindo o advogado aqui, desculpas aos mandatários das cidades que fazem vizinhança com Telêmaco, e sem nenhum desejo de as menorizar; ao lembrar a preponderância regional da Capital do Papel, à Tibagi, Reserva, Imbaú, Ortigueira, Curiúva e Ventania. Para ele, a cogitação de se formalizar Telêmaco como a sede de uma microrregional a ser criada, desvinculando-se da AMCG, como já fora o que planejava Dr. Márcio, em alguns discursos no passado, nem é necessária, porque naturalmente, Telêmaco já exerce esta liderança.

 

UNIÃO E DESAPEGO A NARCISISMO PARA QUE TENHAMOS UM DEPUTADO DA TERRA

O termo narcisismo, é aqui, utilizado especificamente pelo Oberekando, isentando o entrevistado, mas expressado pela enorme dificuldade que a cidade tem, na escolha de um nome, que seja ao menos um consenso, para disputas de cadeiras de deputado, ou estadual, ou federal; genuíno da terra.

Coraiola, ao citar representatividade, disse que Telêmaco se utiliza de representantes externos, da cidade, a exemplo de Alexandre Curi, que é de Curitiba, Aliel Machado, que é de Ponta Grossa, Luciano Ducci, de Curitiba, e Sandro Alex, de Ponta Grossa, dentre outros. “Grandes deputados, e ninguém aqui está dizendo que eles não são importantes ou não são virtuosos à Telêmaco, mas uma cidade do porte regional, como é Telêmaco Borba, poderia ter, como já teve. Dr. Márcio foi deputado federal (Dr. Péricles Pacheco foi estadual)”. Completa ele: “Existem grandes representantes, mas a representatividade, o peso político de um lugar, ele acontece, quando o lugar elege o seu, ou os seus deputados, porque aí é um deputado que vai olhar pela sua cidade e pela sua região”.

Telêmaco está viciada em candidatos que usam as eleições como tubo de ensaio, ou se candidatando à deputado, com olho na vindoura eleição para a prefeitura, ou à prefeito, mas que na última hora, testam a população, reforçando seu nome para pretenso fortalecimento de uma disputa à Câmara Municipal. Antes que existam críticas, é necessário lembrar que é legal, mas... tratam-se de manejos tão éticos? Já tivemos um atrapalhando a eleição do outro, não uma, nem duas vezes. Telêmaco, tem práticas assim, e com todo respeito... muitas vezes, nota do Oberekando, ‘por pirraça!’.

Devido aos recursos que um deputado consegue para sua base eleitoral representada, sustentou Dr. André: “Eleição de deputado não é disputa política... e as pessoas não sabem disso! Eleição de deputado, seja ele, estadual ou federal, é investimento da comunidade, para retorno, em benefícios extraorçamentários!”.

 

OS PRINCIPAIS DESAFIOS QUE O NOME ESCOLHIDO À PREFEITURA TERÁ

Entre os principais desafios que o nome que for escolhido para o Poder Executivo terá, fora, perguntado à Coraiola na entrevista gravada antes do já anunciado curso de Medicina que virá a UniFateb, se Telêmaco teria o curso, e ele, enfaticamente já se antecipou e assertivamente respondeu, se a Instituição teria ou não: “Vai! É só questão de tempo! Pode ter quem seja contra, pode ser que falem... pois falam um monte de coisas que não sabem! Não é que vai ter... precisa e tem que ter!”. Citou isto, assim como ele próprio disse, como tantas outras coisas que se necessitam, colocando de forma muito positiva, a recém criação da Guarda Municipal, que pensada em gestões anteriores, apenas foi possível agora, por exemplo, devido a legislações que somente atualmente, deram a ela, poderes que na época, não se permitiam, e que hoje, se pode agir com poder de polícia, como o uso de armamento.

O excesso de carteirada por vezes partindo de mandatários, e o perigo de loteamento pré-maturos, de cargos públicos, em troca de apoio no pleito eleitoral, que são vícios brasileiros não tão raros quando se tratam de eleições, foram outros assuntos abordados, e que claro, esperam-se ter sido práticas espúrias, vencidas.... superadas, nas eleições vindouras neste 2024!