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MÚSICO, PADRE ROQUE FALA DE VOCAÇÃO
MÚSICO, PADRE ROQUE FALA DE VOCAÇÃO

Ele é pároco em Sapopema e compartilhou sua história

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2020-02-18 às 11:13:20) Um diálogo com direito a ser chamado de cantante, pois padre Roque Lourenço Filho mostrou seu talento também como músico, foi o ocorrido na sexta-feira passada, com o pároco de Sapopema, da Paróquia Sant´Ana.

Nascido em 05/05/1975, em Nova Fátima, de onde saiu em 1979, e cresceu em Santo António do Paraíso. “Papai e mamãe tiveram 10 filhos, e eu sou o décimo. Cinco faleceram ao longo do caminho, inclusive meus pais também, e na verdade estamos em seis, pois meu pai voltou a casar novamente e teve mais um filho, que já é adulto e tem filhos”.

Quem entregou os paramentos para ele, na ordenação sacerdotal em 11/02/2007, pela Diocese de Cornélio Procópio, fora seu irmão, Izael.

 

COMO COMEÇARAM OS SINAIS DA VOCAÇÃO?

Na verdade, disse ele, entende como mistérios de Deus, porque confessou não era adepto a ir à igreja quando criança. “Dava trabalho! Fui pra catequese, minha mãe tirava de novo, porque na mentalidade dela, e não era errado, escola e igreja, são lugares de respeito, e não de bagunça. Não vai ficar... se é pra fazer bagunça, melhor sair!”.

A família dele, do lado paterno, é da Congregação Cristã, o que o fez quando criança, frequentar esta igreja, e sempre manter um respeito muito grande por esta comunidade e pelas demais. Na adolescência, começou a frequentar o grupo de jovens, impulsionado pelos amigos da escola, e somou-se a isso, o fato de ser músico, começando a ajudar neste sentido a igreja. Fez o Cursilho em 1992, quando despertou, também por testemunhos de padres. No ano seguinte, após ter feito estágio no seminário diocesano aos 17 anos, ali permaneceu por seis meses, e saiu. Quando então, já engrenado nos movimentos da igreja, e catequista inclusive, amigos que conquistou na época de seminarista foram fazer um trabalho na área rural de sua cidade: Ali voltou-lhe a despertar seu desejo e retornou ao seminário. Lembrou nesse momento, do padre Alcides, hoje em Curiúva, que era seu pároco, e o ajudou.  Já se passaram 13 anos de sua ordenação.

Inclusive neste ano, nas férias de janeiro, teve, e fez a intenção, de um tour na região de Apucarana, onde trabalhou como seminarista e fez amigos, “e reagradecer pelo meu ministério, e tudo que eles ajudaram”.

 

VOCAÇÕES E A MODERNIDADE

“É muito bom especificar, que vocacionado, todo mundo é, a algo ou alguma coisa. Uma atividade, um vocacionado, é um chamado. E não é um chamado mágico, e sim do olhar da realidade. Com esta, nós modificamos o ambiente em que estamos, para melhor, e isso é responder o chamado”. A mídia, ou a media, chegou ai para auxiliar, disse, “porque se eu olhar a internet só com o viés dos prejuízos, eu deixo de valorizar o que é de positivo”, referindo-se a diversos canais que trazem realidades, enquanto que se ligam em grandes canais da mídia tradicional, o que se vê são sempre notícias ruins, ou meramente persuasivas. “Quando a gente vê um padre, ou outras tantas igrejas, levando a palavra do Senhor, isso é muito bom”. Relembrou que cada padre tem seu carisma, sejam os comunicadores, ou no caso dele, como também terapeuta, que gosta de trabalhar nas questões emocionais.

 

SUA RELAÇÃO COM SAPOPEMA

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“Gosto muito de Sapopema. Eu não posso falar dos outros lugares que eu morei, depreciar, até porque em todos os lugares fui muito bem recebido, e eu parto da primícia e você também deve saber; que o lugar é a gente que faz. Você investe as suas energias e aquele lugar se torna também o seu lar. De fato, o povo de Sapopema é acolhedor e amoroso. É um lugar turístico, com muitas maravilhas naturais. Eu gosto de partir pra um grupo de ciclismo”. Ele observa que Deus fala muito, pela natureza. Disse sempre lembrar do padre Pedro Geminski, que foi de São Jerônimo da Serra, que dizia que nada é mato, e tudo tem um porquê.

Sapopema tem todos os problemas de qualquer cidade, “mas a valorização. Nós temos ai graças à Deus, uma boa administração, o senhor prefeito, os senhores vereadores, que procuram fazer um trabalho bem carinhoso em benefício de fato ao povo, claro que com todas as limitações que todo município pequeno tem, mas sempre com portas abertas para ajudar o povo”, citando também os pastores de outras igrejas, ele mesmo, e o padre Osvaldo que com ele trabalha. Declarou seu carinho a esta cidade, onde já está por quatro anos, e pelo Direito Canônico, tem direito a mais dois, entre os sapopemenses.

 

CAMPANHA CONTRA O EXCESSO DE PALAVRÕES

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“Nós vivemos, e somos o que somos, pelo contexto também, e até cultural, pelo que viemos, de algumas gerações, trazendo. Algumas vezes a gente encontra sim, pessoas que usam de palavras de baixo calão, para colocar a sua ideia. Na verdade é sempre bom entender, que até quem diz um palavrão, está querendo passar uma mensagem. E as vezes para ele, a forma de passar isso, é natural. Eu quero passar isso, porque eu aprendi lá na minha casa ... meu pai fala, briga com minha mãe... às vezes não é nem por maldade, né?”.

 

O PADRE MÚSICO

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Pedido para dar uma “colher de chá” com canções ao violão, relembrou padre Zezinho que considera seu melhor cantor e compositor, e respeitando aos demais padres cantores, os que vieram depois, “vieram depois”. Cantou um pouco de “Águia pequena”. Uma outra composição, que é de Elias Munis, cantada por Daniel, ele também presenteou aos seguidores do Oberekando. Aproveitou-se este momento para se falar deste artista nacional, Daniel, e sua religiosidade, e Roque foi elogios da postura ética dele, como grande influenciador e com atitudes diferenciadas quando se fala em comportamento e uso consciente da fama.

Antes de ser seminarista, ele já fazia parte de uma banda, que até hoje existe. Músicas de flash-back, anos 60, a 90. “Às vezes a gente faz uns shows em alguns lugares: Eu deixo aberto a quem quiser fazer um baile pra família, às vezes padres podem contratar, não tem nenhuma música de nosso repertório que seja agressiva a ninguém. Sou um membro da banda! Não sou o dono!”.

A entrevista teve seu encerramento com uma bonita bênção, a todos.