Dra. Ana Paula Musial falou ao Oberekando
2018-08-31 às 07:05:40) A médica pediatra Ana Paula Musial, do Instituto Dr. Feitosa, foi a entrevistada do Oberekando. Ela traz importantes dicas a pedido deste jornalístico online, que, no dia a dia, ajudarão ainda mais, seja para detectar sintomas, ou mesmo, melhor adaptação com a rotina dos pequenos que tantas alegrias trazem aos lares. Ela atende no IDF desde janeiro, residia em Ponta Grossa e agora fixou residência entre os telêmacoborbenses.
Musial disse que tem a agradecer pela boa recepção na cidade e ótima aceitação, que está muito feliz com o consultório e com as mães, que tem gostado bastante, “e tenho sido elogiada e bem indicada”.
DOENÇAS DE INVERNO
O clima atual, inverno, é também suscetível ao acúmulo de muitos vírus e bactérias e uma pessoa acaba transmitindo para outra, em detrimento de ter-se, pelo frio, essas mais próximas as outras. É mais comum, até pelo clima mais seco que fica, resfriados, pneumonias, e bronquites. Neste caso, orienta-se por espaços ventilando, com janelas, e que é melhor ter um aquecedor que estar tudo fechado. Em escolas, por exemplo, é mais interessante agasalhar melhor os alunos e deixar uma ventilação no local, que estar tudo abafado e com isso, se aumentar a transmissão. O uso do álcool em gel deve ser uma constante: Isso virando um hábito, já ajuda bastante!
CUIDADOS E SITUAÇÕES ROTINEIRAS
BEBÊS NO CARRO: Algumas tragédias têm sido noticiadas de pais, em âmbito nacional, que esquecem crianças em carros. Situação menos trágica, o fato de deixar criança por muito tempo no carro, achando que se vai em algum local e volta-se em questão de pouquíssimos minutos. O calor do ambiente faz mal a ela. “Não se deixa cachorros no carro, quanto menos uma criança!” E no caso em se tratando de alguma já maior, o perigo de se mexer em algo e fazer o carro bater, e ter-se um acidente.
RECÉM-NASCIDOS, ONDE DEVEM DORMIR? Sempre dormir de barriga para cima, conforme recomendação da Sociedade de Pediatria, especialmente Americana, especialmente devido à morte súbita, que ocorre durante o sono deste.
Anteriormente havia uma recomendação que as crianças dormissem no quarto dos pais até o sexto mês de vida, e agora, com mudanças, recomenda-se esse período até que se complete um ano. Ela comentou as razões para que criança não durma na mesma cama que a mãe, e sugeriu diversas alternativas.
REFLUXO EM BEBÊS
Muitas mães, disse ela, pedem que seja dado tratamento aos filhos devido a refluxo, mas na maioria das vezes não o é. O refluxo fisiológico é normal, porque o esôfago e estômago está aprendendo a funcionar, e por isso é muito comum o uso do paninho de boca, nos enxovais. Ela explicou (Entrevista na íntegra) o refluxo doença e como o perceber, mas incide com muito vômito e quando a criança está chorosa e com irritação para mamar, e perca de peso.
NO PASSADO SE BRINCAVA NA TERRA, E NENHUMA CRIANÇA PASSAVA MAL, E NO ATUAL CONTEXTO?
Isso, segundo ela, sempre se escuta de avós, e ela respeita a maior experiência dessas, no entanto, houve um grande avanço, e a médica vê na Pediatria uma das áreas que mais evoluiu, “porque no Brasil a gente tinha uma mortalidade intensa. Uma diarreia matava uma criança, uma pneumonia e hoje isso é inadmissível”. Isso acontecia muito em partos, bem como vitimando as próprias mães, também.
MANHA OU DE FATO MEU FILHO ESTÁ ADOENTADO?
Perguntado quando de fato se sabe o momento em que o filho está adoentado ou por vezes, até fazendo certa manha, Ana Paula disse, primeiramente, que cada mãe conhece seu filho. “Nunca pode-se duvidar totalmente quando uma criança fala. Claro, a gente pode questionar, investigar, mas a gente não pode ignorar”. Evitar-se a automedicação é a principal medida: “Eu mesmo pego muita medicação que não podia ter sido dada à criança ou que só poderia para aquelas acima de 12 anos, ou que não pode abaixo de 2”.
ACIDENTES QUE PODEM ACONTECER NA ROTINA DA CRIANÇA
A Dra. lembrou uma criancinha que morreu em Ponta Grossa com queimadura intensa, porque puxou uma panelinha de óleo. Ao cozer alimentos, panelas sempre com cabos para o lado de dentro do fogão. Protetor de tomada é outra necessidade dentro da casa. Grades ou redes nas janelas é outra premência. Na correria, se você sabe que não vai poder ficar 24 horas por dia olhando (a criança) você deve evitar tudo o que possa a prejudicar.
Guardar remédios em locais altos, bem como inseticidas e produtos de limpeza.
Crianças que tomam remédios da mãe são algumas das incidências nos consultórios: Numa situação desta, a primeira providência é levar-se imediatamente ao hospital, e com a cartela do remédio ingerido.
CRIANÇAS QUE TUDO QUE VEEM LEVAM À BOCA
As crianças, é importante, por exemplo, o contato com terra, mas diferente disso, é a ingerir, bem como outros objetos, como tampas, sapatos, um plástico: Trata-se da fase oral, mas há de se ter todo cuidado: “Acompanhamento, ela às vezes vai ter que tomar remedinho de verme e o pediatra vai acompanhar isso para ela também não precisar ficar medicando à toa”.
SOBRECARREGAMENTO DA CRIANÇA À EMOÇÃO
Criança tem que ser tratada como criança. “Tem sim que poupar, por exemplo, quando a criança é muito pequeninha: Não tem o por que você falar sobre morte de parentes”, também a exemplo de com seis anos, falar de problemas de contas e também pais e mães brigando: “Tudo isso deve ser poupado. Criança tem que brincar, estudar, e serem essas as preocupações”. O sobrecarregamento com excesso de pressão sobre a criança e metas que ela tenha que atingir, podem gerar sérios problemas, e por vezes, devido a isso, ela necessitou encaminhar a profissionais especialistas de outras áreas, que auxiliassem essa criança.
CRIANÇAS HIPER-ESTIMULADAS OU HIPERATIVAS?
Hoje muitos pais cobram até mesmo de professores e mais ainda de médicos, que seus filhos são hiperativos, e em muitos casos, trata-se de sim, hiper-estimulados. Não cabe aos pais, e escolas, mas sim profissionais médicos especialistas para isso detectar. Nessa alegação de hiperativos, pais estão exigindo medicação a seus filhos, e não é o caso. “A criança ser ativa, brincar, pular, correr, não é hiperatividade, da mesma forma que falta de educação, também não é hiperatividade”.
O MEDO DE INJEÇÃO, É TAMBÉM CULPA DOS PAIS?
De uma forma bem extrovertida, veio a resposta de Dra. Ana, se hoje se tem mais medo de injeção que no passado foi que as vezes esse medo vem daquilo que os pais fazem em casa, de que se as crianças não fizerem tal coisa, como se alimentar corretamente ou não escovar os dentes, vão as levar no médico para tomar injeção!
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