Angiologista e cirurgião vascular, falou com o Oberekando sobre Varizes
2019-01-31 às 12:22:21) O angiologista e cirurgião vascular, Dr. António Zattar, que também agrega aos quadros do Instituto Dr. Feitosa (IDF), foi entrevistado durante esta semana, e enfocou especialmente o tema Varizes e Varicozes.
“Como eu sempre falo: a Angiologia e a Cirurgia Vascular são uma grande forma de eu cumprir uma missão. É uma coisa que eu adoro fazer, que é cuidar das pessoas”, e isso, tanto nos aspectos psicológico, mental, pois se trabalha muito com estética, como global, como um todo.
Ele analisa que uma mulher, por exemplo, através do tratamento de uma varize ou varicoze, pode sim atingir um objetivo maior, que é melhorar a autoestima, e assim, gerando seu empoderamento, “mudar a própria vida, e as vezes, isso é a porta de entrada para um círculo virtuoso”. Com o surgimento desse problema, pode acontecer até seu afastamento do meio social, onde se entra num “círculo vicioso” com um certo acarretamento de situações.
Exemplos diversos acontecem no consultório de Zattar, como da paciente que saiu da área de conforto e procurou tratamento à varize. Depois disso, viu que suas pernas, por exemplo, estavam um pouco finas, e aderiu ao Crossfit. Eis que esta manda ao Dr. uma foto, tempos depois, com as diversas medalhas que ela conquistara em seu novo estilo de vida e adesão: “A alma dela transformada, a autoestima, o relacionamento familiar. Acabou sendo legal, porque o esposo dela veio também consultar!”.
NOVAS TECNOLOGIAS E SEDENTARISMO
Um paciente, aos 15 anos de idade, foi levado pela mãe dele a procurar o cirurgião, por conta de uma alteração na perna. A surpresa não favorável foi a detecção de alterações graves de insuficiência venosa, chamada de dermatite ondurada. Ao fazer o tratamento, olhar também todo histórico familiar, hoje a realidade é bem diferente, com ele atuando profissionalmente no Basquete.
A obesidade infantil, muitas vezes pelo sedentarismo, é também um sério problema. Esse campo é mais voltado à pediatria, por vezes, mas, conforme Dr. António, o que perdeu-se foi o contato com brincadeiras normais no passado, como carrinho de rolimã, dentre outras. Quando ainda eles estão fora de seus quartos ou longe de aparelhos eletrônicos, usam, nas ruas, equipamentos automáticos, que não requer deles, nenhum esforço.
Visando auxiliar seus seguidores em redes sociais, diz que sempre alerta à adesão a atividades físicas como melhor remédio para afastamento de sintomas de doenças venosas.
FATORES QUE TRAZEM AS VARIZES
Dentre eles, o cirurgião enumera que o fato de ser mulher, na proporção 3 por 1, em relação aos homens, por conta do fator hormonal, o estrógeno; ganho de peso; gravidez; vida sedentária; tabagismo; uso de anticoncepcional. “Então são uma série de fatores que fazem desencadear e piorar as varizes, e que a maneira de se prevenir seria controlar isso. No público feminino, 80% são portadores de varizes. No conjunto homens e mulheres, a porcentagem continua expressiva, em 50%.
HUMANIZAÇÃO DO PACIENTE
Ao invés de atribuir os diversos passos do tratamento a uma cadeia de profissionais, Dr. Zattar adere à verticalização do atendimento, quando ele procura, ao ter todo o ciclo, também dar ao paciente todo tempo necessário no processo, ao invés de acumular um número maior de pessoas atendidas: “Ele está te confiando o bem mais precioso que tem, que é a saúde, então você tem que devolver a ele essa dedicação e esse fácil acesso”, tanto assim, que faz questão que todo seu paciente tenha porte do número de celular particular dele, por exemplo, além, claro, de um acompanhamento pós-operatório.
O especialista lembra que desde o ocorrido com a cantora Clara Nunes, que acabou morrendo a muitos anos atrás, devido a um tratamento de varizes, essa cirurgia é muito estigmatizada. “Dentre os procedimentos, principalmente hoje, com o advento do lazer, do endolazer, do lazer transdérmico, dos recursos sejam de anestesia, como hospitalar, a taxa de risco é muitíssima baixa. Concluiu o Dr. António Zattar: “Fazem 15 anos que a gente opera aqui (no IDF) e nunca houve um problema! Hoje em dia o tratamento de varizes é muito seguro!”.
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