A queda dos índices de homicídios é algo a ser comemorado
2017-12-22 às 18:27:07) O delegado adjunto da 18ª SDP, Dr. Amarantino Ribeiro Gonçalves Neto, fez um resumo das ações neste ano de 2017, comemorando a queda do número de crimes com morte no município e os progressos conseguidos, no que se almeja em segurança pública para Telêmaco Borba e os municípios que pela instituição são atendidos.
COBERTURA PELA IMPRENSA: “Quando acontece um fato, a população fica sedenta por uma notícia. Acontece um crime ela quer saber quem, quando, como e porque que a pessoa foi presa e muitas das vezes a investigação têm que ser tida com muita responsabilidade porque uma informação colocada pela autoridade policial pode desviar o rumo, que vai ensejar por exemplo, a prisão da pessoa quando cabível. A gente tem suspeito? Tem! Mas se você vier aqui e perguntar doutor a gente tem suspeito, por óbvio que naquele momento que eu ainda estiver elaborando um conjunto probatório, para pleitear uma cautelar no Poder Judiciário, por exemplo, uma prisão preventiva, desse cidadão... se eu divulgar isso pra você, vai se desmontar uma operação. Por vezes, quando a gente pode falar a gente fala. Quando você me pergunta como está, muitas vezes só posso dizer que estamos com a investigação e que temos algumas linhas investigativas que estão sendo traçadas”.
Tanto ele, como adjunto, quanto Dr. Nilson Rodrigues, titular da 18ª, quando assumiram em T. Borba em 2015, a cidade contava com uma criminalidade muito alta em termos de número, e uma série de fatores levavam a isso, mas segundo ele, o Estado não consegue acompanhar essas demandas. Uma peculiaridade abordada em relação à Capital do Papel é a não falta de empregos, quando sim, absorção de muita mão-de-obra: “Aquele desenvolvimento que por um lado traz riqueza, traz asfalto, saneamento, e uma série de benefícios, traz algumas mazelas e a que mais sofre com isso, seguramente, é a segurança pública”. Um grande benefício no ano passado citado por ele, foi a instalação do 26º Batalhão da Polícia Militar, “que foi conseguido por uma demanda insistente da comunidade de T.Borba, porque estava-se com um índice estratosférico de crimes. Aconteceu isso na esfera da PM, ótimo, ficamos felizes, mas a Polícia Civil não acompanhou! Quando se há expansão da estrutura da PM, tem-se que acompanhar quanto à Polícia Civil”, mas Ribeiro disse que no caso telêmacoborbense se deu o inverso: “Ao invés de ganharmos servidores, perdemos vários deles!”.
MÉDIA DE 20 BO´S POR DIA E LEI QUE AUTORIZA PODER MUNICIPAL AUXILIAR AS POLÍCIAS
Telêmaco Borba teve, registradas na 18ª, 7.215 ocorrências em 2017, até ontem quinta-feira (21) quando fora feita a entrevista. Essa demanda, tanto feitas pelas polícias Militar como Civil, inclui as mais diversas situações, como por exemplo, perda dos documentos. Este BO, por exemplo, de um furto, tem o caso ensejando um trabalho investigativo policial, que por vezes vai se arrastar por meses: A cada dia são absorvidas em média 20 novas ocorrências. As investigações para as operações policiais que aconteceram no ano passado e neste se arrastraram por no mínimo sete meses, informou ele, relacionando ele a esses casos específicos, com o montante diário que chega até a delegacia.
Em Telêmaco Borba, as operações são direcionadas para fins estrategicamente planejados, com ataques pontuais.
Foi lembrado a aprovação e de forma pioneira para Telêmaco, de uma Lei que possibilita que a Prefeitura arque com uma série de demandas emergenciais, tanto da Polícia Civil, como da Militar, como o conserto de uma viatura, a mudança da estrutura de uma repartição, e aquisição de materiais diversos. “A Polícia Civil trabalha muito mais com a inteligência tecnológica, e nós não fazemos uma investigação de qualidade sem tecnologia. Nós apresentamos ao prefeito o que nós precisaríamos para prestar um serviço de excelência para a comunidade”. Ele ouviu de Dr. Márcio que o processo licitatório final pode ter a conclusão em janeiro.
PEQUENOS CONFLITOS NÃO EVITADOS PODEM SE TORNAREM TRAGÉDIAS
Desestrutura familiar: “Os valores que estão sendo ressaltados hoje já não condizem com os que nós tínhamos no passado, e não estão ligados à coletividade. Toda vez que uma coletividade não consegue se entender isso gera conflito, e quando você não tem valor trazido de dentro de casa, e o que para o seu internauta possa ser um absurdo, para aquele que não tem valor, é normal!”
Amarantino lembra que para se viver em coletividade é necessário ceder para que o outro também possa viver. Às vezes, entre os policiais com a experiência que têm na área, existe o diálogo de que se haveria, de fato, necessidade de procurar a delegacia para problemas, por vezes, tão banais, como exemplo, as brigas de vizinhos. Nesse sentido, comenta: “Você imaginar que uma briga de vizinho vai levar alguém pra cadeia, é de um egoísmo...!”, apontando que se enseja que se coloque em ação toda uma estrutura de Estado para um problema que não é de crime, mas sim de desestrutura.
Um exemplo, colocado por ele, e que já se passou na delegacia, foi da pessoa que tem um cano que joga a água da chuva e passa no lote do vizinho e está causando problema: “O que você tem que arrumar é a passagem da água e não é colocar a pessoa na cadeia! O direito penal, que nós lidamos aqui na delegacia, não é a forma de solução eficaz para a maioria dos problemas de vizinhança ou de família”.
NÚMEROS, REDES SOCIAIS E FAKES
Das 7.215 ocorrências de 2015, excluídas as de maior vulto, como roubos, furtos, homicídios, estelionatos e extravios de documentos, todas as demais são de casos como o logo acima citados: 4.289 foram relacionados a crimes de menor poder ofensivo... relacionados à convivência. Hoje as principais redes de conflito são as redes sociais.
FACEBOOK E WHATSAPP: Uma curiosidade explicada pelo delegado é um afunilamento que se dá a cada ocorrência que chega até eles, especialmente quando ao primeiro a denunciar, achando que na delegacia “é a lei de quem chega primeiro, mas não é”, é pedido os prints do conteúdo ao qual ele tenha se sentido ofendido, mas se é buscado o que causou tal ofensa: “Quando ele vê que esse material vai ser impresso, e ele tem que se explicar, e que vai aparecer a fala dele também, na maioria das vezes ele não volta à delegacia para poder confirmar, porque o print não confirma aquilo que ele está falando. Quando a pessoa traz, traz aquilo que interessa pra ela, e quando vamos buscar outras conversas, vemos que as ofensas são mútuas!” Ele apontou: “As pessoas não conseguem conviver quando estão próximas. Na rede social é pior ainda!”
Nesse viés, uma importante lembrança feita foi de que não é proibido criticar, quando necessário, mas o que não se pode, é ficar no anonimato, a exemplo dos tão famigerados fakes - que Telêmaco tem de sobra. Está sendo visto para este município um nuciber, que é um núcleo especializado em crimes cibernéticos.
HOMICÍDIOS - MORTES EM TB
2014: 36, 2015:40, 2016:33, 2017: 15. Destaque-se que quatro das mortes aconteceram no mês de dezembro. Duas no início e agora mais duas ao final. “Até, menos de 30 dias, nós tínhamos 11 mortes e Telêmaco Borba estava entre os municípios de maior redução de homicídios no Estado do Paraná. Dr. Amarantino disse da importância em se destacar essa queda, porque, lá fora, Telêmaco ser taxada como a cidade com maior número de homicídios do Paraná não traz nenhum benefício para o município.
A inauguração da Praça da Família foi vista como de grande avanço naquilo que visa a segurança pública.
FIM DE ANO: DICAS E ORIENTAÇÃO DE SEGURANÇA
“Se você vai viajar, o seu patrimônio que está na sua casa vai ser alvo se você não cria situações impeditivas para que o autor do furto acesse a sua casa”. Devido a isso as dicas são não deixar facilidades e circunstância de acesso deles, à casa. Se você vai viajar converse com o seu amigo, parente ou vizinho que veja a sua casa.
Assista a entrevista abaixo, na íntegra!