Alerta foi do presidente do Conselho de Saúde de TB, Dr. André Coraiola
2021-01-12 às 07:56:26) A conversa de ontem do Oberekando fora com o Dr. André Miguel Sídor Coraiola. Ele é presidente do Conselho Municipal de Saúde de Telêmaco Borba. Cabe a ele também a presidência do Instituto Dr. Feitosa, o IDF. Na pauta, a preocupação por um possível relaxamento da prevenção quanto ao Covid19, pela população, tão somente devido ao “anúncio”, de aquisição de vacinas. Um prazo vai ser seguido, e até que haja a imunização, todos os cuidados devem ser observados, evitando-se que se dê um estado de calamidade com ampla contaminação e falta de UTI´s para atendimento hospitalar.
CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO DO COVID SERÁ DIFERENTE DO CICLO VACINAL HABITUAL
“A população tem a ideia de que a vacina é uma coisa simples e que você vai no postinho e toma, como aquelas vacinas do calendário normal! Não... a vacina do corona é um pouco diferente, em que pese ser aplicada como injeção, no braço, daquele jeito que todo mundo conhece. A dinâmica, vamos assim dizer, de campanha vacinal para o Covid19, é muito diferente”
Disse das várias fabricantes, porque uma só não venceria atender a demanda de pedidos que serão feitos, e que no Brasil, deverão ser 300 milhões de doses adquiridas.
CHEGAR A VACINA E TER ESSA JÁ SIDO APLICADA
O principal alerta de André, no caso frente ao Conselho Municipal de Saúde de Telêmaco, é justamente que mesmo que se possa ter a chegada das doses ainda em janeiro, a vacinação em massa vai demorar. E nesse aspecto, solicita ele encarecidamente, que não haja o relaxamento por parte da população, quanto aos cuidados na prevenção ao Covid, que são o uso de álcool em gel, a não aglomeração e a lavagem constante das mãos. Esses hábitos, analisa ele, se tornarão corriqueiros e adicionados à nova rotina. Antes que se chegue à população em geral, as doses focam os grupos prioritários, como os profissionais da saúde, e as pessoas dos grupos de risco.
SE NÃO HOUVER CONSCIÊNCIA, NÃO HAVERÁ LOCAL PARA INTERNAÇÃO
A preocupação de quem preside uma essencial unidade hospitalar, o IDF, é que pode ter falta de local para que sejam atendidos pacientes, e de que esse ano poderá ainda ser tenebroso, pois os reflexos do relaxamento do período de Natal e festejos de fim de ano podem se dar. Ele vê também, que por mais que não haja festa com públicos neste carnaval, acabam que isoladas, estas acontecendo, e que se sim, trarão mais ondas de crescimento de casos, e causados pela insensatez das pessoas.
Pensa que 70% da população deverá estar vacinada no final do segundo semestre de 2021, e com isso, haveria a imunidade de rebanho, que deixaria o corona fraco demais, ou ao menos, com pouca gente capaz de contaminar outras pessoas pela quantidade de imunizados.
“EXISTE UMA DISPUTA QUE TORNOU POLITIZADO O ASSUNTO VACINA”
Na polarização neste sentido, disse Coraiola, como é vista entre o Governo Federal e Governo de São Paulo, analisa que “ambos estão certos, e ambos estão errados!”, pois, continua ele: “o Governo Federal dá a impressão de diminuir a gravidade do que está acontecendo, e o Governo de São Paulo, por seu turno, agrava demais o que está acontecendo”.
A condição logística no caso das doses, é muito complicada, pois como, por exemplo, usar a vacina da Pfzier que exige acondicionamento à – 800 numa região como Mato Grosso ou Nordeste... “de conservação, e não de vacinação, porque a rede vacinal é muito bem organizada no país”, observou o entrevistado.
Para ele, a politização desta questão no Brasil, dá duas falsas impressões, sendo a primeira de que se imuniza-se muito rapidamente, o que não é verdade. Já, a segunda, é que há a protelação da vacinação.
Por outro lado, citado por este jornalista e comentado por André, a pregação de se estar evitando a vacinação, por se temer que uma contra indicação possa se mostrar, apenas num futuro, de 5, 10 ou 20 anos, e ele rebateu como “crença limitante”, e disparou que hoje, o adiantamento na fabricação e aprovação de uma vacina pode ser satisfatória, pelo grau de avanço da tecnologia”.
Neste viés, disse que seria uma grande estupides, recusar-se a receber a dose da vacina: “Você está louco. Está voltando para a pré-história da humanidade!”, onde este que agir assim poderá ter a capacidade de contaminar o próximo, justamente por não ter se imunizado.
CORONA: UMA PANDEMIA PELA INSENSATEZ DAS PESSOAS
O presidente do Conselho de Saúde disse que o problema virou pandemia, “pela insensatez das pessoas. As pessoas têm a informação, e não creem na informação!".
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