Ela teve 46,32% dos votos na corrida pela prefeitura em Sapopema
(A foto, sem máscara, foi solicitada, de forma rápida, pelo Oberekando)
2022-02-16 às 09:28:08) A entrevista de ontem, em Sapopema, foi com Adriane Maria Gomes Guerreiro da Silva. A advogada, na última legislatura da Câmara Municipal, foi presidente no biênio. Marcado em seu desempenho político, teve uma surpreendente votação nas últimas eleições para a Prefeitura, aonde todo discurso quase que permissível na cidade, era que o pleito já estivesse decidido, e ironicamente, faltou-se só a alegação que nem se necessitasse haver o processo eleitoral: As urnas urgiram com ela tendo 46,32% dos votos, sendo a escolhida por 1.949 eleitores, e 249 votos a menos que o eleito.
Nascida em 03/11/1983, ela é casada com José Augusto da Silva, e mãe de 2 filhas - Helena e Alice. Suas graduações são em Direito pela Unopar, em Londrina, e atua na área desde 2006. Acrescente-se também, História. Tem Especialização em Direito do Estado com ênfase em Direito Administrativo, MBA em Gestão Financeira, Contábil e Auditoria; é especialista ainda em História, Arte e Cultura. É servidora pública do município de São Jerônimo da Serra desde 2012.
“A gente ainda, por ser cidade pequena, tem dificuldade em relação à imprensa. A gente entende as dificuldades que os municípios menores têm, em relação à divulgação dos atos, e em relação à atenção que a população precisa, para que a democracia aconteça”
E O PLEITO À PREFEITURA... GRATIDÃO?
Ela, perguntada se tem uma palavra de gratidão, ainda já passado quase um ano e meio do pleito, em que obteve apenas 249 votos a menos que o atual prefeito eleito da cidade, disse que sim: “Sapopema é a minha cidade, é a cidade que eu amo. Eu só saí de Sapopema para estudar, para me qualificar, mas tudo que eu consegui adquirir de conteúdo e de coisas positivas, eu quero que aconteça aqui, porque às vezes a gente vê as facilidades de uma cidade grande e a gente acha que é mais fácil a gente migrar pra lá, que a gente trazer pra cá, algo que seja bom e possa desenvolver as cidades menores”. Quanto às eleições: “Eu sou muito grata. Têm pessoas que falam, mas como... (essa gratidão, se) você perdeu as eleições! Mas a questão de ganhar ou perder é muito relativa, com muitos pontos de vistas. Eu vejo que eu ganhei as eleições, pois eu ganhei muito apoio, muitos amigos que eu não esperava, e que não concordavam com uma política diferente a qual eu acredito, e por isso, estiveram juntos. Eu sou uma defensora nata, da democracia. Vejo que as pessoas têm direito a escolher seus governantes, respeito muito isso! Respeito o resultado das eleições... perdi sim, por 249 votos, que em Sapopema é uma diferença mínima. Isso quer dizer então, que nós temos sim, força política, nós temos muitas pessoas que compactuam com o mesmo ideal que nós temos. Isso é positivo: você perceber que as pessoas não estão satisfeitas com uma gestão, que talvez, não priorize a democracia”.
De possíveis conchavos que poderia ter feito, para o pleito, disse que até escutou que era muito teimosa, mas que por convicção, se juntaria apenas, com pessoas da confiança dela. Esclareceu, que não depende da política, pois, “graças à Deus, sempre lutei, desde pequena, tive muitas dificuldades sim! Tive que trabalhar em dois locais diferentes quando morei fora, para ajudar nas despesas, para ajudar a família. Nunca tive nenhuma regalia, assim que dissessem que ‘ela nasceu em berço de ouro, como se diz por ai’”. Sempre lutou muito pelo que acredita, e pensa que essa deva ser, a essência do ser humano. Vê que, não é por uma convicção ou facilidade, que se mude de lado político ou ideal político, só porque está mais fácil de ganhar as eleições.
ESPAÇO AO RESPEITOSO CONTRADITÓRIO É MATURIDADE
O respeito às pessoas, o poder de escutar, mas se não concordar, ao menos respeitar opiniões contrárias, o não autoritarismo, e no caso dela, que fora vereadora e presidiu a Câmara na última gestão, entender a importância do vereador, como fiscalizador, e por vezes sim, como complemento à uma administração que possa ser positiva. Jamais, como imposição das vontades do Executivo sobre o Legislativo, o que descartaria, inclusive, a razão de existir, dos vereadores, e acaba dando razão à crítica por vezes difundida, de que ‘vereador não faz nada’, foram temas também por ela, elencados.
Vê a rede social, quando bem usada, como fato positivo, e por vezes, como válvula de escape quando o diálogo com uma autoridade ou uma solicitação insistentemente feita, não é atendida, mas, também, com lástima, quando se é necessário chegar a esse ponto, ao invés de se ter uma gestão ‘antenada’, e a par das necessidades do município.
Ao comentar da importância do canal aberto para a entrevista, lamentou que algumas coisas quando acontecem por meio de pessoas que não sejam o gestor, não possam ser divulgadas, “e isso é muito triste”, quando citou a parceria que tem com os deputados, federal, Toninho Wandscheer e estadual, Tercílio Turini, que trouxeram, segundo ela, muitos recursos para a cidade, da qual são parceiros da localidade, há vários anos. Lembrou Guerreiro, que no dia 31 de dezembro, quando podia estar apenas usufruindo da chegada do Novo Ano, Toninho ligou para ela quanto aos recursos da ampliação da Escola Maria Elias Fabel. “E quando o prefeito é incapaz de falar um ‘muito obrigado’ pro deputado, a gente fica sem saber o que pensar, e na verdade, o que se passa na cabeça de uma pessoa, que não pensa, de forma coletiva”. Analisa ela, que não importa da onde veio, ou quem conseguiu o recurso, mas sim o que importa é que quem vai ganhar, seja a população. Comentou neste sentido também, de um recurso quanto ao saneamento, conseguido ao bairro Mambuca, de 300 mil reais, (com Wandscheer), aonde ainda pessoas não tem água nas torneiras, e que a obra não fora concluída até agora.
O diálogo foi encerrado, com Adriane agradecendo à população pelo carinho, à família, e também, pedindo que todos se cuidem, quanto às prevenções ao Covid.