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ACREVE, EM CURIÚVA, É EXEMPLO EM RECICLAGEM

Associação de Catadores salva o descarte de 30 toneladas mensais de lixo que não é lixo

2019-02-20 às 07:36:11) Numa entrevista com o presidente José Erivaldo dos Santos (72), e o coordenador geral, Reinaldo de Almeida Franco (29), o Oberekando traz com mais detalhes o importante papel desenvolvido pela Associação dos Catadores de Recicláveis da Vila Esperança, a ACREVE, em prol do meio ambiente e de uma cidade mais limpa, em Curiúva. Esta foi iniciada em 2012. Hoje conta com 22 membros e chega a recolher 30 toneladas mês.

O presidente iniciou o bate-papo, elogiando a seriedade e lisura do trabalho de Reinaldo: “Quando nós pegamos a Associação, a pegamos endividada e ninguém queria trabalhar com nós!” e o fato de Reinaldo já ser do ramo, faz acontecer o atual franco desenvolvimento. Ter a sede própria é um privilégio de poucos no setor, no próprio Paraná. O auxílio do povo e da Prefeitura com caminhão e motorista, são fatores essenciais, assim como o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

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RESPEITO E HUMANIZAÇÃO COM OS ASSOCIADOS

“Através de muito trabalho e respeito ao próximo”: Ao iniciar, lembrou ele que se tinha apenas um carrinho para coleta. “Hoje com a graça de Deus temos 26 pessoas. Uns tiram mais outros tiram menos, mas o pagamento é em dia”. Independente do montante que se consegue coletar, o tratamento, - explicou -, é igual a todos. Toda manhã é servido café e todos possuem uniforme”. O objetivo, de acordo com Reinaldo, é mudar a qualidade de vida das pessoas, e terem o respeito da sociedade e crédito no mercado e nas lojas. Um projeto para março, informou, deve oferecer almoço para todos os trabalhadores do local.

 

COLABORAÇÃO DA POPULAÇÃO: PACIÊNCIA E COLETA ADEQUADA

Reinaldo pediu que a população continue a ter paciência com os catadores, porque as vezes, ao eles estarem parados em pontos da cidade, pode dar a impressão que estejam atrapalhando: “Eles estão ajudando... eles estão limpando a cidade!”. Um amigo dele uma vez disse que o nome mais humanizado aos catadores deveria ser “bombeiro do meio ambiente” porque eles salvam o planeta.

Um importante alerta é que a cidade paga o aterro sanitário junto com outros municípios, no sistema compartilhado, mas o diretor informou que 90% desse lixo poderia ser reciclado: “Quanto mais reciclagem, as pessoas que catam com carrinho vão ter mais renda, e o aterro sanitário vai ter muito mais vida útil!”.

O presidente também fez seu apelo aos donos de lojas e mercados, e ao povo de Curiúva, para que tenham paciência com os catadores. Pediu para que as pessoas separem adequadamente o seu reciclável, pois muitas vezes mesmo naquilo que é guardado com carinho aos catadores recolherem, se encontra lixo orgânico no meio, como alimentos e líquidos.

José Erivaldo informou que alguns donos de mercado estão guardando o seu reciclável para vender a outros. Nesse caso, pediu que eles liguem à cooperativa, que ela compra, e que, dessa forma, o lucro desse fica em Curiúva mesmo. Alertou ele também que qualquer reclamação que possa surgir com algum catador, que não os ofenda, e sim, se dirijam ao coordenador e ao presidente, para que tudo seja sanado.

 

TELEFONE PARA DOAÇÃO DE GRANDE QUANTIA DE RECICLÁVEL, LIGUE (43)99190 – 8468

 

O QUE DIZ UM CATADOR, DA ACREVE?

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Altamiro Borges da Rocha, um dos catadores de reciclável, tem 64 anos, elogiou a ACREVE, especialmente por nunca ter recebido pagamento com atraso. Em outros locais que trabalhou, citou de desconto na hora de vender a mercadoria e sem dever nada, enquanto que onde hoje por vezes tem bônus, com alguns brindes, como o panetone no Natal: “Aqui eu vendi carga da metade que antes e o valor foi o mesmo!”. Mesmo ainda não sendo um associado, disse que tem muita estima pela instituição e elogiou os responsáveis por ela, também o prefeito e Administração da cidade e os fiscais da limpeza. Até mesmo do policial que passa por eles e os cumprimenta, ele citou. Mensalmente, Altamiro, com seu esforço, chega a faturar de mil a mil e duzentos reais. Mas o melhor, é que ainda lhe sobra tempo para trabalhar para terceiros, como lavrador.