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REENCONTRO: TÉCNICOS DE PAPEL E CELULOSE DE 1978

Entre os amigos estudantes, de TB, Ivo Soczek 

2023-01-31 às 08:37:45) Na semana passada, uma conversa com o estudante da Turma 1978, do Curso Técnico de Papel e Celulose, do Senai, Ivo Soczek, revelou que eles farão, após tantos anos, uma confraternização e um reencontro, que contará com o maior número deles, após cada um ter seguido o seu caminho. Dos dias 23 à 26 de março, esse matar saudades e colocar a conversa em dia, em Telêmaco!

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“O encontro começou a ser articulado por Amauri, que é do Rio Grande do Sul, que está em Bento Gonçalves, agora. Quando ele fez o curso, morava em uma outra cidade próxima ali, em Veranópolis, e o Constantino, que mora em Morretes, e eles começaram a articular, e ai foi juntando toda a turma através do Whats App, e foram programando, programando, e devido à Covid, postergado, e agora eles vão chegar dia 23 de março”, indo até dia 26. De 30 alunos era a turma, e citou ele, que quatro já estão falecidos. Observou, que de todos os integrantes, Onofre Ageu Pinheiro, que é de Telêmaco, não foi localizado, e se alguém souber dele notícias, que entre em contato com este Site, inclusive.

O encontro no Senai, escola que fora a razão desta profícua amizade, será a primeira atividade, além de outras mais.

 

DO SÍTIO À ENTRADA NO CURSO

Naquele ano, de 1978, existia para quem conseguisse estágio, por empresas de fora de Telêmaco, a oferta do curso de Técnico em Celulose e Papel, mas intensivo, ou seja, durante o dia todo, e com duração de exato, um ano. Ao jornalista comentar que tinha que haver uma irmandade, especialmente pelo grande tempo diário juntos, ele complementou: “E muitas vezes a noite, a gente ia fazer trabalho no laboratório do Senai”, por vezes também no sábado. Este, era feito em fases, e de dois em dois meses.

No Supermercado Spinardi, no Socomim, foi montada uma pousada e que abrigou aqueles que não moravam em Telêmaco.

O estágio dele se deu pela Cocelpa, de Araucária, pois numa visita a familiar nesta cidade, viu o anuncio do curso, e se perguntou... “por que não fazer?”

Nascido em Contenda, em 06 de janeiro de 1953, sempre trabalhou no sítio. Veio pequeno para Telêmaco, com quatro anos, quando a cidade pertencia ainda à Tibagi, e se estabeleceram num sítio próximo ao Imbaú. Fez escola normal e ajudando os pais na lavoura, até parou uma época de estudar. Pelas dificuldades que estava continuar no sítio, foi perguntado o porquê não fazer o curso, e quando entrou: “Já tenho 66 anos de Telêmaco!”.

Depois de seu ano de estágio em Araucária, resolveu voltar e ficar um ano e meio ajudando no sítio, e em junho de 1981, foi admitido pela Klabin. Também junho, mas de 2019, foi seu momento de descansar, da profissão! “38 anos e um mês de empresa!”. Ao comentar essa vida que teve na fábrica, recordou do excelente período lá trabalhado, e também em suas palavras, de um dos melhores chefes que teve lá, “que foi o Elias António Zattar”, mais adiante, afirmando: “e quando ele faleceu, eu senti, muito, muito!”

Ivo disse que as festinhas de final de semana, - como parava na casa de sua irmã, Vanda, aqui em Telêmaco-, justamente acalhavam na ajuda que dava ao pai, no sítio. Os locais mais frequentados pela turma, nas folgas, eram o CAMA (Clube Atlético Monte Alegre – Sede Social), uma outra lanchonete na Avenida Paraná, e a Xodó, que hoje seria em frente à Copel.

 

NA KLABIN

Alguns fatos curiosos da Klabin que ele citou, que além de fabricar Papel Imprensa, também a empresa vendia para a lista telefônica oficial e nacional, na época, a LTB. Quando em uma época, houve o incêndio de parte da Expedição, na Klabin (que preparava o envio de pedidos às empresas), a Folha de São Paulo – importante cliente – teve até redução de páginas, em edições. Neste episódio, Ivo foi surpreendido, pois o fato se deu, e os seguranças, na portaria, eram os próprios bombeiros da Klabin, e o trabalho foi intensificado.

Já, da gratidão à empresa, sempre!

 

NO SENAI, ERAM A TURMA DO BARULHO?

Ao solicitar que relembrasse algum fato engraçado da rotina na sala de aula, lhe veio a cobrança do diretor Onemésio Boska, que inclusive fundou o curso e era um dos diretores da Klabin; quando alguns deles, se atrasavam: “Como você vai ser um bom profissional em sua empresa, se na sua aula você chega atrasado?”

Já, quanto ao Senai, e a significância da Instituição em sua história: “O Senai foi excelente, não é, porque deu a partida, para a minha vida profissional, porque eu trabalhava só com a lavoura, e ainda era excelente, porque quando a gente fez o curso intensivo, ele tinha uma bolsa de estudo do Governo Federal”.  Detalhou que o curso intensivo foram por quatro anos, sendo o primeiro em 1977, e o noturno, para pessoas de Telêmaco, na Klabin, de dois anos e meio.

 

DAS AMIZADES FEITAS NA SUA ÉPOCA DE ESCOLA

Eram tempos diferentes, e os valores eram mais evidentes. Hoje por mais que na formatura se tenham juras de amizades eternas, ou ao menos, duradouras, poucas são as que permanecem. O entrevistado vê que também naquela época, não se tinham tantos meios sociais (facilidades tecnológicas como as atuais): “As brincadeiras da criançada eram diferentes, tudo era diferente... Eu tenho saudades daquela época, eu tenho saudades, porque era um negócio mais sincero, não é? Inclusive tem muitos amigos... amigos que a gente estudou no segundo ano, terceiro ano do ginásio, que a gente se encontra e a gente conversa e bate papo, né?”

Aliás, em uma das fotos que ele guarda com muito carinho e cuidado, daquele tempo de Senai, o amigo de Castro, Francisco Stori e ele, em Aparecida (do Norte), que ao terminarem o curso, já na condição de estagiário da Cocelpa em Araucária, pegaram o ônibus de linha, e foram à Basílica Nacional, em ato de agradecimento pela conclusão do curso.

Hoje, torna-se até fato curioso explicar ao filho Pedro, de 16 anos, estudante do Colégio Adventista, que o Exame de Admissão no passado para entrar no ginásio, corresponderia ao atual vestibular: “Eu chateio que era o vestibular, e que se você não passasse... você não entrava!”.

Na época, o professor de turma homenageado foi Onemézio Boska, na qualidade de diretor, e também os professores Valter Bosma, o Prestes, e Jasson.