Uma trajetória de amizade, êxito e crença em Deus e no ser-humano!
30/08/25 às 21:38:34) Nascido em 27 de junho de 1950, José Mendes Machado é natural do Rio Novo, localidade pertencente à Reserva. Pessoa de um carisma fora do comum, vem ao Oberekando, contar sua história de amizades colecionadas, e um desempenho exitoso na área da Elétrica.
A FAMÍLIA
“Eu tenho três filhos. O José Carlos Machado, o Jonatan Marcelo Machado, e a Kelly Cristina Machado, que está em São Paulo”. O filho, Zé Carlos, inclusive, foi assessor do vereador Élio Cezar – o Fubá -, por muitos anos. “Hoje sou feliz da família que eu construí aqui na terra. Primeiramente, que Deus me deu essa oportunidade de eu construir essa família que eu tenho hoje, entre netas, noras e genros. Entre os patriarcas, eu, e minha esposa Ivone Aparecida Machado, uma leoa, companheira. E as minhas noras, um amor de pessoa! Minhas netas, meus filhos, uma bênção! Aqui na terra eu estou privilegiado por este fato, e amizade que eu construí, junto com os filhos, conhecendo um e outro, inclusive você! A gente fica muito feliz com isso, e isso vou levar em minha memória, em meu coração!”.
Na genealogia, seu filho José Carlos é casado com Milene, e são filhas, Ana Beatriz e Rafaela.
A Kelly, casada com Dr. Fábio Guimarães, tem as filhas Isabela, Gabriela e Ketlyn Chayane!
O Jonatan é casado com Geisele, que tem os filhos, José e Benjamin.
Ao falar da esposa, o fez com muito carinho e reconhecimento: “Uma mãe, avó, e esposa, completa! Eu digo pra você... tenho já, 74... 75 anos, e ela, 63, se fosse para casar (com ela), eu casava de novo!”.
A TRAJETÓRIA
Ele, que é do Rio Novo, localidade de Cobra d´água, em Reserva, trabalhou com os pais, na roça. Aos 18, ficando de maior, foi para Curitiba, e lá, começou de servente de pedreiro, mas queria fazer cursos, e na sequência, fez! “Foi subindo a vontade de aprender alguma coisa, e me interessei muito pela elétrica! Quando estenderam aquele projeto, logo eu olhei aquilo e comecei a ajudar na elétrica. E de lá, voltei com a carteira assinada, além de um curso que eu fiz na Escola Técnica Federal, vim com a carteira assinada como eletricista profissional”.
O sonho dele era fichar na Klabin, e entrou no setor de Moradia, sendo da área residencial. Passou a ser plantão que cuidava das casas, e lembra, dos Drs. Dilermando, Benetti, Marcola, e Péricles, que foi diretor geral da Klabin, além de primeiro prefeito de Telêmaco, e deputado estadual.
Ele tinha uma oficina instaladora elétrica, ao lado da Casa de Saúde Dr. Feitosa, e o hospital começou a lhe enviar serviços, bicos, logo depois que houve redução de efetivo no setor que ele trabalhava na Klabin. Nisso, eis que “uma das pessoas da Casa de Saúde chegou e falou ‘olha, o patrão quer falar com você. O Dr. Aulino!”. Fez questão de lembrar que ser eletricista é uma coisa, e consertar aparelhos médicos e hospitalares, é outra! Reatores, fios, lâmpadas de incubadoras, aparelhos de Raio X, e afins, aquilo que ele já fazia no Ormasa, Hospital da Harmonia: “Fiquei tempo ali trabalhando com o Dr. Feitosa... fiquei uns 10 anos!”.
NA PREFEITURA
Quando ainda no hospital, o médico radiologista, Erasto Juliano Melo pediu a José que fosse ajudar ele a instalar uma fábrica de material em madeira, no Parque Industrial: “Um abraço ao Dr. Juliano... um gigante de um homem!”. Externou a mesma gratidão à Família Feitosa! Erasto era médico da família do ex-prefeito Carlos Hugo, e isso ajudou para que ele entrasse na prefeitura. O entrevistado ficou nas administrações de Carlos Hugo, no quarto mandato, depois, nos dois de Dr. Eros, Gibson e foi quando pediu para sair, requisitando a aposentadoria. “Tentei fazer jus a confiança que eles me deram. Cuidava dos materiais, dos carros, dos fios, das escadas, e dos homens que trabalhavam comigo!”.
Seu José fez questão de, daqueles que lembrou os nomes, citar todos os vereadores, e aqueles que não lembrou, pediu desculpas, no sentido, de ser uma pessoa que prima pela boa amizade e a famosa ‘boa vizinhança’. Ao amigo Fubá, do qual o seu filho foi assessor parlamentar por tantos anos, a expressão de muita gratidão! “Da Prefeitura, vendi a ela meu serviço, mas ganhei amizades lá. Não tem o que pague de eu conhecer todo esse pessoal de Telêmaco Borba, porque eu lidava com iluminação pública, e eu ia nas ruas, nos bairros... nas extensões de rede!”.
Ele foi do tempo que, ao invés de dar start na energia, em painéis, era feito giro em algo igual a volante, e não em botões que hoje se apertam. Lembrou do professor Nemésio, da época de cursos do Senai.
MOMENTOS INESQUECÍVEIS E DEMONSTRAÇÃO DE HUMILDADE
Da época em que era eletricista na Moradia da Klabin, recordou do Dr. Dilermando, que “era tão humano, mas tão humano, muito abençoado. ‘Dr. Dilermando, eu estou meio resfriado, e vou entrar em sua casa’. Ele tirava a pasta dele, e fazia a receita, no meio da grama, atrás daquela escola, na Avenida Brasil”. Quando chegava na casa dele, antes de começar a trabalhar, pedia ele, para a funcionária: “Dê o café, primeiro ao Seu José, antes dele começar a trabalhar! Na casa do Dr. Marcola, quando eu estava chegando um certo dia... eu cheguei tímido porque eu estava entrando na casa de um doutor, dono de garimpo, de diamante, ele foi diretor do Hospital da Harmonia, era sócio com Dr. Lineu... ele dizia assim: ‘venha aqui na mesa, comer com nós, tomar café com nós!’. Não, doutor, eu vim trabalhar... Eu despistei pra tudo que é lado para não comer com Dr. Marcola, porque eu fiquei tímido aquela hora! Então ele fez o seguinte... ele abriu o pão, pôs linguiça e disse... sente com nós, porque você é tão importante quanto a minha pessoa! O Dr. Na minha casa hoje é você! Você é o Dr., porque eu não sei fazer o que você está fazendo aqui!”. Disse da gratidão dele à família do Dr. Marcola, Dr. Dilermando, Dr. Lineu, Dr. Benetti... um espetáculo!”. Ele lembrou de Dona Maria Antónia, esposa de Dr. Lineu, pois este médico, indo o entrevistado de bicicleta, ganhou carona de carro para ir até a casa do juiz de Direito, Dr. Virgílio, e naquele tempo, isso era raro, e louvável, era sinal de confiança, por parte do trabalhador, e humildade por parte do médico!
SEU JOSÉ... RECORDAÇÕES
Perguntado qual foi o presente que ganhou dos pais, e se tornou inesquecível, sendo da roça, e os rendimentos da família serem bastante modestos, respondeu ter sido uma calça, e boca de sino! “Eu errei tanto naquela ocasião. Comecei dizer o nome, não consegui guardar as palavras, chamei de boca de cinto!”. Disse ele, do estilo da roupa dos tempos áureos de Roberto Carlos, e ‘varrendo a rua’, porque era muito tecido, encostando no chão, que compunha a barra!
COMO FOI QUE CONHECEU A SUA ALMA GÊMEA?

Trazer curiosidades pessoais, mas de forma respeitosa, é um costume nas entrevistas especiais do Oberekando, e claro, saber como foi que encontrou, José, sua alma gêmea, Dona Ivone, é uma delas: “Quando vim, que eu falei que estive em Curitiba, na firma, comecei como pedreiro, e vim com a carteira assinada de eletricista profissional, e vim pra procurar serviço na Klabin, e eu vi aquela menina morena, aquela moça morena, andando pelo bairro da Santa Rita, meu pai morava lá... meu pai, meu sogro, e a primeira morada minha foi lá!”. Viu que não poderia deixar passar, e procurou namorar, e concluiu que isto se deu no casamento. “Aquele tempo era cartinha... não tinha celular ‘o amor, que bom que você ... amor, amor... você vai pra escola?”. Disse que foi muito lindo: “Revolucionou a vida da gente!”.
Ele, como chefe municipal da elétrica, atendia a cadeia, o quartel, o tiro de guerra, o fórum. Um fato interessante nessa época, é que no final do último mandato de Carlos Hugo, houve um motim na cadeia, e colocaram fogo em colchões, e ele fora chamado para restaurar a parte elétrica. A RPC estava lá fazendo matéria, e numa determinada sala que José estava trabalhando, ao subir uma escada, uma rede que já estava danificada, teve um fogo a mais por curto-circuito, e só se viu a equipe, com repórter e tudo, saindo à jato, daquela dependência! A reportagem veio nele, questionando o que estava sendo feito, e na verdade tinha ciência, o entrevistado, de que quem teria que ser ouvido, não era ele, e sim, o diretor... o delegado! “Fui muitas vezes lá... e não só uma. Aliás, meu abraço ao Dr. Ari! Fizemos chimarrão muitas vezes com Dr. Ari, e outros amigos! O Torresilha... que hoje está na reserva. Um abraço, Torresilha!”. Dentre outros momentos, lembrou da cuia e bomba de chimarrão, que ganhou do major Antunes.
Ele encerrou a entrevista deixando como mensagem final, “um abraço a todos os munícipes, todos, todos, todos... eu amo vocês de coração! Eu amo a minha cidade... todos vocês! Desculpa se eu não... não dá pra falar o nome de todos... tem tanta gente maravilhosa nessa cidade”. Exaltou que não nos esqueçamos de pedir todos os dias, a bênção de Deus, para nós seguirmos nossa caminhada, até o fim!
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