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MANSUETO POLTRONIERI: MARCA NO CORAÇÃO DOS ALUNOS
MANSUETO POLTRONIERI: MARCA NO CORAÇÃO DOS ALUNOS

Direção da Unidade Polo por um ex-seminarista deixou marcas. Cuidado de pai pra filhos!

2017-06-30 às 15:33:14) Nascido em Timbó, Santa Catarina, em 28 de janeiro de 1940, ele veio à Capital do Papel e fez a diferença na vida de tantos estudantes. Após 19 anos de seminário Salesiano, a direção da então Unidade Polo era o que lhe esperava. Em seguida transformada em Escola Presidente Vargas, o entrevistado do Oberekando foi Mansueto Poltronieri, que a dirigiu em dois momentos: de 1976 à 1982 e 1993 à 1994. Ele também foi vereador por uma legislatura e secretário municipal de Educação por doze anos em Telêmaco, além de coordenador pedagógico por um ano.

 

JORNADA INICIADA EM TB

“Prazer conversar com você sobre um período de minha vida que foi belíssimo”. Assim iniciou-se o bate-papo. Em 1973, chegando à Telêmaco, ele trabalhou no Manoel Ribas quando ainda esse era uma extensão do Colégio Wolff Klabin. Já transformado em colégio, lecionou propriamente no Manoel, além do próprio Wolff.

Nem faziam 60 dias estando em Telêmaco, já montou um curso de madureza ginasial em regime de turnos para os operários da Klabin, onde tinha 260 alunos. Depois comprou a escola de Datilografia do advogado Ivo Bona. “Neste ano que eu cheguei, eu quis chegar e participar!”.

Em 1975, fez o curso para vice-diretor das Unidades Polos. Ele lembra que a professora Laerce Lessa Cotrin foi a primeira diretora, mas com a saída dela, assumiu o cargo de administrar o hoje colégio. “Ela teve o mérito de iniciar a Unidade Polo!”. No dia 10 de agosto de 1976 Mansueto foi à Curitiba para assumir a instituição.  O local teria que ganhar um nome, conforme exigência legal, e foi ele quem escolheu ‘Getúlio Vargas’, mas os colegas dele (professores) disseram que queriam Escola Estadual Presidente Vargas.

 

JEITO MANSUETO DE DIRIGIR: “COMO UM PAI EXIGENTE, QUE QUER O MELHOR AOS FILHOS”

“Quando eu assumi a Presidente Vargas, eu assumi sabendo o que eu queria. Eu tinha um conjunto de ideias e princípios”. É com carinho que ele lembra dos três pilares desenvolvidos: com os professores, as famílias e os filhos aos quais os pais o dariam para ele cuidar. Da filosofia de trabalho, “o princípio básico disciplinar era nunca castigue um aluno se você não o avisou antes”. As reuniões dos pais tinha o saguão lotado e pessoas até em pé nas escadas: “Toda vez que fazia uma reunião eu voltava pra casa realizado”.

Ao esse jornalista elogiar - sendo esse que aqui escreve, também ex-aluno de Mansueto, - a forma dele dirigir a escola e a disciplina aplicada, Poltronieri lembra que cada indivíduo reproduz a educação que carrega na vida.  Ele confidenciou que em uma conversa com amigos dele da época de seminário, falava com bom humor a alguns: “Olha, eu acho que sou mais Salesiano que vocês, porque vocês trabalham com 100, ou 200 (pessoas) e eu com 1400”. Ele comenta que sua forma de ação era “um assistente em todos os lugares”. Nesse sentido, recordou: “Eu estava em todos os lugares. Eu estava no pátio e ouvia a todos eles! Então era essa assistência, era essa convivência, de um pai que vê o filho toda hora, que eu implantei, que eu vivi!”.   Ao hoje e novamente bem humorado, e com todo respeito devido pois essa forma é que fez serem os então alunos, hoje cidadãos que fazem a diferença em seus meios, relembrar que os estudantes tinham receio de serem chamados na diretoria porque ele era exigente, confessa que se soubesse disso, teria mudado, porque não é assustando que se educa: “A gente educa é conquistando o coração!”. Ele lembra que os pais delegavam à escola cuidar de seus filhos. Por vezes esses até não obedeciam tanto na casa, mas seus pais já orientavam: “´Olha, o professor lá é bravo’! A gente já é visto sob um ponto de vista um pouco mais elevado, de rigidez e seriedade”.

 

MISSAS E CÂNTICOS DO PADRE ZÉZINHO

Relembrando as missas e momentos que emanavam espiritualidade, as músicas do padre Zézinho eram constantes. “Tarefa escolar para cumprir: a gente educava até na hora de rezar e até na hora de cantar. A gente fazia o que podia”, lembrando o hino “Amar como Jesus amou”.

O professor Erwin, foi outra citação no diálogo, pois é também da época e estilo de Mansueto, informou o entrevistado que Erwin fora seu aluno no seminário de Ascurra, em Santa Catarina. “O sistema era Salesiano. Eu e ele éramos uma alma só, por causa do sistema educativo que fomos formados”.

 

REALIDADE ATUAL NAS SALAS DE AULA

O professor, ao ser perguntado como encara a realidade de hoje, onde por vezes o docente se amedronta em estar em sala de aula, citou ser necessário observar alguns aspectos, e nesse caso, o momento, “e que vivemos numa sociedade hoje que pede democracia, pede participação, pede diálogo, e humanidade. Hoje é esta a orientação”. Ele continua: “Não se admite mais gritos! Raciocine, mas não grite. É só pegar os princípios antigos e adaptá-los!”. Por outra vertente ele comenta também a existência de pessoas nos Estados Unidos, por exemplo, causando tragédias com professores e alunos, e em nossa cidade professores sendo ameaçados. Para ele tudo isso tem que ser analisado pela escola, pela direção e pela sociedade.

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Atualmente o hoje Colégio Presidente Vargas tem a direção de Maria Aparecida Gomes, que tem feito um trabalho de resgate dessa instituição. Em se tratando de marcas do Presidente Vargas, se Mansueto tem seu nome pra sempre gravado no coração dos alunos, na área esportiva coube à atual diretora ser uma das condutoras da Tocha Olímpica, na Rio 2016.

 

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